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A morena fez uma horinha no apartamento de Sarah. Tomou o café da manhã e também um banho, com a roupa emprestada da loira, correu para o seu trabalho. Abadia se prontificou que no final do dia, iria levar a Stella até ela.

Diferente do dia anterior, o humor de Juliette estava ótimo. Atendeu as suas clientes, e nem viu á hora passar. Só parou para comer porque recebeu uma entrega com o nome de Sarah. Era yakissoba do China in Box. Sarah estava mesmo colecionando pontos para com ela, e também estava a reconquistando com a barriga.

Ligou para agradecer, e ainda conversou um tempinho com a Sarah. Ficaram de se encontrar amanhã para fazer uma programação juntas. Iriam para o cinema, assistir: A Era do Gelo. Iriam levar a Stella. A pequena era louca pelos filmes da Era do Gelo, mesmo que não entendesse nada.

No final da tarde, como prometido, a Abadia levou a Stella no Espaço. A pequena foi a tendência entre as clientes que queriam ficar com aquele pequeno pedaço de céu nos colos. Como não estava acostumada á isso, Stella estranhou e chorando que foi rapidamente para o colo da mãe. Quando se acalmou, a morena entregou a filha para a secretária e terminou as suas clientes que faltava.

No final da noite, foi para casa. Estava cansada. Mesmo que tivesse dormido á noite interior no hospital, o sono nunca era completo. Entrou e ligou a televisão no programa infantil. Colocou a Stella sentadinha no carrinho de frente para a televisão. A pequena levou o dedo na boca com os olhos voltados para os desenhos.

Juliette retirou os sapatos e foi para a cozinha preparar alguma coisa para comer. Faria uma sopa de legumes. Stella amava sopas. Da cozinha, escutava os gritos e as risadinhas de sua filha. Acabou sorrindo sozinha... Amava escutá-la. Não demoraria muito para que a Stella começasse a pronunciar frases inteiras.

Ocupou-se em fazer a sopa quando escutou um grito estranho da Stella. Assustou-se. Lavou as suas mãos ás pressas, e correu para a sala com um pano de prato nas mãos.

— Stella? O que foi meu amor? — Juliette adentrou a sala e sua pressão caiu ao ver a cena. Todo o sangue fugiu do seu corpo. Sentiu-se pálida e fria. Tremeu violentamente, enquanto, os olhos se arregalaram. — Vo... Você?

Kerline estava sentada no sofá com a posse de rainha em seu colo estava Stella que estendia os braços para a Juliette e chorava com medo. Pronunciava a palavra “mama”, o seu rostinho estava bem vermelhinho e os olhos castanhos repletos de amargura. Os olhos de Juliette também encheram de lágrimas, e ela chorou. Deu um passo em direção da filha, mas a Kerline balançou a cabeça em negativo. E Juliette obedeceu, até porque Kerline estava com um revólver apontado para a cabeça da pequena.

Uma cena forte que a Juliette nunca mais em sua vida iria esquecer. O pânico invadiu todo o seu ser. Sentiu muito medo. Se a Kerline fizesse alguma coisa contra a sua filha, morreria!

— Olá Juliette... Por que você não se senta um pouco e vamos conversar? — Kerline propôs com um sorriso cordial.

Juliette não questionou. Sentou-se de frente para Kerline. Todo o seu corpo estava tenso, sua boca amargava como fel e o seu coração estava acelerado. As lágrimas caiam, e a morena não fazia questão de limpar, não conseguia tirar os olhos de sua filha. O seu choro estava partindo o seu coração.

— Solte-a... — Juliette pediu num sopro de voz. — Por favor, não faça nada com a minha filha. Por favor! — Implorou. — Ela é um anjinho. Por favor...

Kerline sentiu um imenso prazer de ver a Juliette daquela maneira.

— Olha... Para quem era bem brava para o meu lado, você está me surpreendendo. — Kerline falou com desdém. — Incrível como as pessoas mudam do vinho para água quando tocamos na ferida. Não é mesmo?

Faz De Conta || Sariette • ADP Onde histórias criam vida. Descubra agora