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Juliette estava se sentindo muito perdida com tudo. Depois de beijo que trocou com Sarah, parecia que toda a sua capacidade de se expressar e também de raciocinar tinha sido aniquilado de si. Tinha que reagir ou a família de sua suposta namorada acharia que ela tinha algum tipo de retardado mental.

Levantou-se do sofá e caminhou até a parede de vidro. Tendo uma visão do lado de fora... A piscina era realmente enorme e belíssima com os coqueiros envolta, e cadeiras de sol com guarda sol distribuídas, no canto, tinha uma cobertura média com uma churrasqueira moderna, achava que era elétrica. Tinha até uma parte com hidromassagem numa parte da piscina. A família de Sarah era realmente muito rica. Isso a deixava um peixinho fora d'água, como iria interagir com pessoas intelectuais? Meu Deus. Nem sabia como iria se comportar na mesa!

Poderia usar a desculpa que estava com dor de cabeça para ficar no quarto... O pensamento do quarto, a fez recordar que teria que dividir o mesmo quarto que Sarah. O seu corpo se arrepiou com o pensamento... Como iria suportar isso? Num ambiente aberto, sentia vontade de agarrar a Sarah, imagina entre quatro paredes numa noite longa? Isso a deixou muito nervosa. Podia sentir cada pedacinho dos seus músculos tensos.

Não sabia por que estava tão nervosa, na realidade... Já que aparentemente a Sarah não estava com esse tipo de interesse por ela. E por que estaria? Era uma simples funcionária. Na vida, ela era uma plebeia, enquanto, a Sarah a majestade. E não estavam em um conto de fadas para que a rainha ficasse com a serviçal.

Não devia estar pensando sobre essas coisas. Balançou a cabeça de um lado para o outro, escutando o seu pescoço estralar, estava realmente muito tensa.

— Inacreditável. — Disse uma voz desconhecida, que fez Juliette virar-se para a pessoa.

A mulher estava bem próxima de si. O que faz a Juliette se questionar, estava tão distraída em pensamentos que nem tinha a escutado se aproximar. Se tivesse uma definição para essa mulher á sua frente, seria: perua. A típica socialite que lidava o tempo todo na clínica. Ela usava um biquíni beirando o escandaloso, mas também... Com aquele corpo chapado, quem não usaria?

Era muito bonita. Todo o pacote era algo esplendido. Que cabelo era esse? Loiros e ondulados, tão brilhantes que poderiam cegar! A mulher á olhava da cabeça aos pés, a sua cabeça balançava em negativa como se desaprovasse completamente a Juliette. Será que era da família de Sarah? Não sabia. Os olhos eram escuros, pareciam lâminas preste a cortar a qualquer momento.

Juliette esboçou um sorriso, mas recebeu um olhar tão hostil que os seus lábios tremeram para se desfazer.

— Realmente, classe baixa. — A mulher disse ironicamente.

Precisou de alguns minutos para que Juliette entendesse o que ela estava dizendo. O seu padrão de vida não era elevado, mas a encaixaria na classe média baixa.

— Eu não... — Começou a falar, mas foi interrompida.

— Querida. Isso não foi uma pergunta. — A morena falou, voltando a olhar da cabeça para os pés. — É uma suicídio social receber uma mulher de sua classe em nossa casa.

Não sabia quem era aquela mulher, mas estava a detestando!

— Eu sou a namorada de Sarah. — Juliette falou como se aquilo fosse sua salvação.

— Acha que isso é garantia de alguma coisa? — A mulher se aproximou, como estava de salto alto, era maior que Juliette. — É apenas uma confirmação que nos longos dos anos, o gosto de Sarah decaiu bastante.

Juliette ficou pasma. Estava sendo humilhada e ainda mais sem ter feito nada para merecer isso! Choque. Nunca tinha sofrido preconceito e sentir na pele um, a deixava sem reação ao menos para se defender. Sentiu acuada e por um momento, desejou que a Sarah aparecesse logo.

— Quem é você, afinal? — Perguntou num fio de voz.

— Eu sou a mulher que você nunca chegará a ser. E logo vou avisando, queridinha... — Apontou o dedo no rosto de Juliette. — Melhor ficar fora do meu caminho e anular qualquer expectativa que tiver com a Sarah. — A olhou dentro dos olhos. — Eu não vou hesitar em passar por cima de ti, se for preciso. Estamos conversadas?

Estava tremendo! E uma louca vontade de chorar invadiu o seu ser, mas era orgulhosa demais para deixar qualquer gota de lágrima caísse por uma desconhecida. A mulher parecia estar muito feliz por ter hesito em humilhá-la, o seu rosto não negava isso.

— Juliette, por que está pálida dessa forma? — A voz tão conhecida fez a Juliette respirar de alívio, não era indefesa e poucas vezes, ficava calada diante a injustiça, mas dessa vez, falhou.

Um brilho surgiu nos olhos da desconhecida que virou como tivesse em câmera lenta, e para o horror de Juliette, o mesmo brilho surgiu nos olhos de Sarah...  Algo quente, tóxico e sufocante explodiu dentro de Juliette. Era o ciúme, isso fez com que algumas lágrimas derramassem dos seus olhos.

Lágrimas de puro ódio e também inveja, por que a Sarah nunca a tinha olhado assim, mesmo que em pouco tempo de conhecimento, e provavelmente não iria olhar.

Sarah e desconhecida se encaravam sem nem ao menos respirar, como se o mundo tivesse parado e não existisse mais ninguém no recinto.

— Kerline, achei que você estava com enxaqueca e ficaria o tempo todo no quarto para descansar. — Disse a Carla cortando o clima, ao lado de Sarah com os olhos irônicos. Porém, foi ignorada.

Uma nova cobra tinha sido descoberta no Brasil, cujo nome era: Kerline. Juliette constatou com ódio.

Vocês são mimadxs, em??

O pior é que eu continuo mimando kkk

Posso fazer uma pergunta pessoal? Vocês se preocupam com a pessoa que vocês são de acordo com a idade de vocês? Tudo bem se não quiserem responder :)

Faz De Conta || Sariette • ADP Onde histórias criam vida. Descubra agora