Capítulo 39

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PRISCILLA NARRANDO...

A gente conversou, e a gente se entendeu da nossa maneira. Eu a amava e ela me amava também. Depois de 15 dias eu achei que tudo ia desandar. Foi quando minha mãe a convidou para almoçar na casa dela. Meu padrasto quem comprou o apartamento a meu pedido e vendeu num preço que ela poderia pagar a meu pedido. Ou melhor, ele fez a transação com ela, mas quem comprou em primeiro lugar foi eu. Ela o reconheceu na hora e eu abri o jogo, disse que eu queria ajuda-la de alguma forma e eu não queria que ela se sentisse ofendida então pedi ajuda do meu padrasto porque eu sabia que era importante pra ela. Esperei que ela fosse sair de lá com raiva e brigar com a gente e principalmente comigo e ela só me abraçou forte e me agradeceu. Disse que se não fosse por mim, desde o inicio a filha dela não estaria com ela e ela não teria conseguido comprar o apartamento. Fiquei aliviada demais. Falei pra minha mãe das histórias que meu pai escrevia sobre os hóspedes e ela ficou fascinada, porque ela não sabia disso. Passamos um dia todo na casa dela, meu irmão estava encantado com a sobrinha emprestada como ele dizia. Natalie foi dormir lá em casa aquela noite. Ela se sentia um pouco sozinha, a irmã já tinha mudado e o apartamento parecia grande demais para as duas. Depois do banho eu sentei para checar meus e-mails e a Natalie foi colocar a Luísa para dormir. Quando abri fiquei surpresa com tanto e-mail que recebi referente as mensagens. Fui lendo um por um, e logo fui checar o Instagram que eu não mexia a algum tempo e tinham algumas mensagens lá dizendo que iriam responder o e-mail. Eu recebi 35 e-mails.

Nat: Ela apagou, brincou tanto hoje.

Eu: Amor?

Nat: O que foi?

Eu: Trinta e cinco e-mails.

Nat: Do que?

Eu: Das histórias do meu pai... As pessoas responderam. – sorri.

Nat: Jura?

Eu: Sim... Todas mandaram suas histórias da estadia lá, e de como estão hoje e uma foto. Baixei as fotos, baixei as histórias, vou imprimi-las – coloquei para imprimir e fui até o escritório e peguei todas as histórias. Eu e a Natalie passamos a noite toda lendo cada história. Choramos... Eram histórias lindas.

Nat: Amor, precisamos mandar as histórias para eles, que seu pai escreveu.

Eu: Preciso encontrar alguém que digite essas histórias pra mim, eu não vou ter tempo de fazer tudo.

Nat: Eu te ajudo. A gente pode fazer um pouquinho a cada dia. Seu irmão pode ajudar também, a Liz, minha irmã. – eu não dormi direito a noite pensando naquilo tudo. Meu coração estava disparado. Eu trabalhei no dia seguinte muito mal. Era segunda feira e eu estava um caco. No fim do dia, eu respondi todos os e-mails agradecendo o contato e dizendo que estava honrada pela permissão da publicação da história e que em tempo hábil mandaria o que o meu pai escreveu sobre a história de amor de cada um ali. Na manhã seguinte eu tinha hora com a minha terapeuta, eu estava tão arrasada. Eu fui invadida por um mix de sentimentos bons e ruins. Eu chorei muito e depois fui trabalhar. Trabalhei a tarde toda estava um pouco aérea quando a Natalie me ligou.

XX: Priscilla, seu celular não parava de tocar na sua sala. – me deu o celular.

Eu: Obrigada Sabrina... – sorri de leve. – Nossa, tem um monte de chamada perdida da Natalie. Ela nunca liga assim. – retornei a ligação.

Nat: Pelo amor de Deus você está morta em algum canto? – falava nervosa e chorando.

Eu: O que foi? Por que está chorando assim? – sai do estúdio.

NATIESE EM: NOSSAS VIDASOnde histórias criam vida. Descubra agora