Capítulo 45

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Ela estava calma, assustadoramente calma. Eu limpei o chão coloquei meu pijama no cesto de roupa suja e fui tomar um banho. Logo sai me troquei arrumei a cama e desci.

Eu: Oi minha princesa você está bem? – ela estava andando pela casa e estava bem. – Assustou a maminha filha – a beijei e abracei. – Assustou muito.

Emy: É o sentimento de impotência das mães, quando não conseguimos segurar nossos filhos em todos os momentos – me olhou com ternura. – Ela está bem, foi só um susto um grande susto.

Eu: Estou mais calma agora, mas nunca vou esquecer o barulho dela caindo.

Emy: O Gabriel uma dia quase me matou de susto. Ele tinha aprendido a andar a pouco tempo e eu estava no prédio de uma amiga. Eu chamei o elevador, estava no terceiro andar e o acesso as escadas era aberto com corrimão vazado que passava uma criança perfeitamente. Ele se soltou da minha mão e foi olhar pelo vão do corrimão e desequilibrou. Eu tinha me abaixado para pegar a chupeta dele que tinha caído, e foi tudo tão rápido que eu me agarrei na perninha dele a vizinha que estava esperando elevador também deu um grito de susto, se jogou no chão puxou a outra perna dele. Eu fiquei toda esfolada, toda roxa. Eu fiquei dias sem dormir de tanto pavor. Se ele caísse, ele morreria. Eu chorei por 3 dias inteiros, não conseguia comer, foi bem assustador pra mim e eu nunca vou esquecer aquele dia aquela cena.

Eu: Deus me livre é horrível mesmo. – naquele dia não fomos para a piscina e a noite fizemos um churrasco. A Lulu estava muito bem, não reclamou em momento nenhum, estava super bem e eu ainda estava com o coração na mão. Depois do churrasco eu subi troquei a fralda da Luísa escovei os dentinhos dela e a ninei até que ela dormisse. A coloquei no berço e fui fazer minha higiene e me trocar para dormir. Logo deitei e apaguei a luz, a Natalie ainda estava lá embaixo. Eu acabei pegando no sono e acordei com ela deitando do meu lado e me dando um beijo no rosto.

Nat: Amor? Está dormindo?

Eu: Estava – suspirei e a olhei. Ela me deu um beijo calmo. Eu não esperava por isso.

Nat: Está mais calma?

Eu: Sim, estou.

Nat: Ela está bem não se preocupe. E a gente precisa conversar. – eu acendi o abajur e me sentei na cama. – Eu não gostei da presença daquela mulher aqui do jeito que ela entrou e te abraçou e ainda beijou seu pescoço e você não fez nada. Mas eu sei que você quando fica em choque, você trava. Mas eu fiquei com muita raiva, eu me senti uma idiota. Ela toda linda produzida e eu sou só... eu...

Eu: Amor, você é perfeita, eu não te trocaria por ninguém no mundo. Lorena é inconveniente desde sempre e ela não vai mudar. Eu te amo e é isso que importa. Ela não interessa, ela não muda nada nas nossas vidas. – a beijei – Não se sinta ameaçada por ela, porque ela não é uma ameaça.

Nat: Eu te amo.

Eu: Eu também te amo – a beijei de novo e ela sentou no meu colo, tirou a camisola ficando só de calcinha. Ela tirou a minha também e voltamos a nos beijar. – Saudade.

Nat: Eu também... Muita... – tivemos uma noite deliciosa de sexo, que saudade que estava dessa mulher. No dia seguinte acordei com a Luísa me gritando. Eu a troquei e desci para tomar café, a Natalie ficou dormindo mais um pouco. Tomamos café juntos conversando e vi que a Emily estava estranha. Ela já estava assim antes da viagem. Lulu foi brincar com o Gabriel, Liz, Lucas, meu irmão e a filha do Marcelo foram para a piscina. Minha mãe e o Marcelo foram ao supermercado e a Emily se sentou no sofá vendo as crianças brincarem.

NATIESE EM: NOSSAS VIDASOnde histórias criam vida. Descubra agora