NATIESE EM: NOSSAS VIDAS

Capítulo 77

Eu: Meu Deus – me sentei na cadeira. – E como elas estão?

Delegado: A Luísa está com alguns ferimentos compatíveis com agressão física e está passando por exames. Ela está muito assustada e os médicos estão cuidando dela. A Natalie parece que foi muito agredida ontem, tem um braço quebrado e está muito ferida. O tiro foi na barriga e na perna. Ela estava no chão da sala e a criança no sofá. – eu levantei e fui andando pelos corredores sob protestos não sei de quem. Olhei nas placas e fui até a pediatria ouvia uma criança chorar muito.

Eu: Minha filha – sussurrei. Era ela que estava chorando eu conhecia o choro dela. Fui até uma sala de atendimento e ela chorava quanto tentavam colocá-la no soro. Ela tinha um pequeno corte no rosto que aparentemente precisava ser suturado.

Lulu: MAMINHA... – gritou chorando desesperada esticando os bracinhos para mim.

Eu: A maminha está aqui filha – a abracei e beijei – A maminha chegou – meu coração batia forte.

XX: É a outra mãe dela?

Eu: Sim. Como ela está?

XX: Ela não tem fraturas, mas está com escoriações e precisa suturar o rosto e está desidratada, precisamos colocar o soro nela e medicá-la, mas ela está muito assustada.

Eu: Eu vou acalmá-la. – me sentei com ela e a abracei forte – A maminha está aqui filhinha calma...Xiii... Já passou, fica calma... – a ninei e aos poucos ela foi se acalmando, colocaram o soro nela e deram uma medicação pra ela dormir. Deram anestesia e suturaram o rosto dela.

Pediatra: Ela está na hidratação e numa medicação para administrar a dor e evitar infecção, logo ela acorda e vamos dar algo pra ela comer, ela deve estar com fome. Ela chegou gritando muito chamando a mamãe que a mamãe fez dodói que o homem mau fez dodói na mamãe. Vamos pedir uma psicóloga pra vê-la também.

Eu: Eu posso ficar aqui com ela?

Pediatra: Vamos coloca-la num quarto e poderá ficar lá com mais privacidade e a sua família também enquanto aguardam notícias da sua esposa. Um policial ficará aqui na porta.

Eu: Obrigada. – ela saiu. Eu comecei a chorar e abraçar minha filha – A mamãe te ama muito filha, vai ficar tudo bem tá? A mamãe não vai te largar nunca mais. – a beijei. Logo o Lucas e a Liz entraram e minha mãe logo chegou. Eu coloquei a Luísa na cama e subi a grade. A mãe da Natalie logo entrou no quarto.

Deborah: Como ela está?

Eu: Levou uns pontinhos no rosto, está desidratada, mas vai ficar bem.

Deborah: O médico quer falar com você sobre a Natalie.

Eu: Mãe fica aqui?

Mãe: Claro.

Liz: Eu vou com você... – saiu comigo. – Está com raiva da Deborah né?

Eu: Se ela não tivesse vindo para o Rio e nem se separado, isso não estaria acontecendo. – falei com raiva.

Liz: Priscilla, coloca sua cabeça no lugar. A Deborah não atraiu o Leandro aqui e menos ainda o Rodolfo. O processo que a ex mulher dele abriu que fez isso.

Eu: Não vamos falar disso agora, eu só quero saber como minha mulher está. – encontrei o médico que estava cuidando dela. – Doutor Otávio? Priscilla Pugliese, esposa da Natalie Smith Pugliese.

Otávio: Muito prazer, vem comigo. – fomos pra uma sala.

Eu: Como ela está?

Otávio: Está indo para cirurgia. Ela passou por uma bateria de exames. Sua esposa tem trauma de tórax, de face, hemorragia grave no abdome por causa do tiro e pelas 3 costelas quebradas por espancamento, o braço esquerdo quebrado, a perna foi trincada pelo tiro. Ela levou dois tiros a queima roupa. Ela está muito ferida e o estado dela é gravíssimo.

Eu: Faça tudo para salvar minha mulher, por favor.

Otávio: Ela está com a nossa melhor equipe. Quero informa-la que o sequestrador dela está aqui também.

Eu: O que? Ele deveria estar morto e não sendo socorrido num dos melhores hospitais do Rio – falei nervosa.

Otávio: Senhora...

Liz: Priscilla, por favor...

Otávio: Ele está com seis policiais enormes, vai ser atendido e vai ser encaminhado a delegacia.

Eu:Espero que ele morra... Estarei no quarto da minha filha e mantenham os bisturislonge de mim para que eu não enfie um na barriga dele e o abra de cima a baixo.– sai da sala dele e fui para o quarto.