NATIESE EM: NOSSAS VIDAS

Capítulo 73

NATALIE NARRANDO...

Minha lua de mel foi perfeita, melhor do que eu esperava. No último dia lá estávamos fazendo as malas quando tive uma sensação ruim como se algo fosse acontecer. Nosso voo foi cancelado em New York então conseguimos trocar nossa passagem para voar na manhã seguinte direto para o Rio, sem a escala em São Paulo. Eu tive um sonho estranho com a minha filha, não foi nada bom eu não dormi quase nada aquela noite. Quando chegamos em casa todos estavam lá.

Meu mundo caiu quando disseram que minha filha foi sequestrada naquela tarde. Meu coração batia forte, minha cabeça doía muito, e ouvia tudo aquilo eu só conseguia sentir dor, e ódio dentro de mim. O celular do meu irmão tocou era aquele homem horrível que dizem ser meu pai.

Kevin: Alô? Pai?

Eu: Eu quero falar com ele... – me levantei e peguei o telefone e ele estava falando.

Pai: Kevin, eu peguei minha neta para dar uma volta e estou sendo procurado pela polícia que absurdo é esse? Você está sabendo disso? Parece até que sou um monstro. – falava indignado e meu ódio só crescia. Meu peito parecia que ia explodir.

Eu: Seu desgraçado, a minha filha não tem culpa de você ser um bandido maldito e você não tem autorização para chegar perto dela e pegar para dar uma volta com uma autorização com minha assinatura falsificada. Quem você pensa que é? Eu quero a minha filha em meia hora senão você está morto seu desgraçado. Onde ela está Leandro? – falava com ódio.

Pai: Natalie? O que faz com o telefone do Kevin? O que está acontecendo? – dissimulado.

Eu: Para de se fazer de idiota. Eu estou indo agora para a porta da escola dela e você tem no máximo 30 minutos para deixar minha filha lá, ou você faz isso ou as coisas vão ficar muito piores que já estão para você.

Pai: Natalie, eu não sequestrei a criança, eu quis conhece-la, apenas isso. Ela é minha neta....

Eu: SUA NETA O CARAAAALHO... SEU DISSIMULADO, DOENTE, FALSO, BANDIDO, CORRUPTO, SAFADO. QUERO VOCÊ MORTO SEU MALDITO... – já chorava de ódio – CHEGA DE FAZER MAL PRA MINHA FAMÍLIA, SEU MONSTRO. LEVA A MINHA FILHA AGOOOORAAAA... TEM 28 MINUTOS E O TEMPO ESTÁ PASSANDO SEU MALDITO EU QUERO QUE VOCÊ MORRA EU TENHO ÓDIO DE VOCÊ, NOJO DE VOCÊ... – gritava - AGORA TEM 28 MINUTOS QUERO MINHA FILHA AGOOORAAAAA... – desliguei e sai pegando a chave do meu carro.

Pri: Natalie... Natalie... – entrei no carro e sai rapidamente para a porta da escola, no caminho liguei para a polícia e mandariam um carro que não chamasse atenção para pegá-lo. Eu cheguei na porta da escola ele já estava lá com a minha filha no colo chorando. Eu desci do carro a peguei a levando para o carro.

Eu: Oi filha a mamãe está aqui calma vamos pra casa tá, a maminha está esperando você meu amor. – a abracei forte e a levei para o carro a colocando na cadeirinha e fechando a porta. Voltei até meu pai e o empurrei o fazendo cair no chão.

Pai: NATALIE...

Eu: Eu espero que você morra seu desgraçado, e se você não morrer, que você mofe na cadeia e sofra até o seu último dia de vida nessa terra. Não chega mais perto de mim, nem da minha filha, nem da minha mãe ou dos meus irmãos e sobrinhos ou eu mato você com as minhas próprias mãos. – o carro da polícia chegou e o pegou.

XX: O senhor está preso. Tudo que disser agora, poderá ser usado contra você. Vou ler seus direitos... Senhora precisa nos acompanhar.

Eu: Eu vou levar minha filha pra casa primeiro, ela está assustada, não vou leva-la para uma delegacia. Vou deixa-la em casa e vou a delegacia.

XX: Tudo bem senhora. – Entrei no meu carro a Luísa ainda chorava.

Eu: Está tudo bem filhinha, a mamãe está aqui tá? Vamos pra casa, já passou o susto... – liguei o carro e sai. Quando virei a esquina a Luísa não parava de chorar e não percebi que abaixado no banco de trás tinha uma pessoa.

XX: Dirige sem falar nada... – assustei.

Eu: Rodolfo? – falei assustada.

Rodolfo: Dirige Natalie... – acendi a luz de dentro do carro, meu celular estava no meio das minhas pernas, liguei o GPS dele e liguei o gravador de áudio do whatsapp quando parei no sinal vermelho, para mandar uma mensagem para a Priscilla.

Eu: Para onde quer que eu dirija Rodolfo? – tentava me manter firme sem demonstrar medo.

Rodolfo: Saída da cidade, uma casa que aluguei lá bem distante quilometro 170.

Eu: Por que você está fazendo isso? – fazia perguntas para dar o máximo de informações naquela mensagem, talvez seria minha única chance.

Rodolfo: Não acha que está falando demais não? Não foi suficiente me entregar pra polícia?

Eu: Quem te entregou para polícia e me envolveu foi a sua ex mulher, porque você é um estuprador desgraçado que estuprou a filha adolescente dela. Eu sumi de São Paulo eu tenho minha filha, minha esposa, e nem lembrava da sua existência mais. Quer acertar as contas comigo? Ok, mas deixa minha filha fora disso. Eu deixo minha filha na portaria do meu condomínio e vou com você pra onde quiser, mas a deixe fora disso. – falei firme.

Rodolfo: A pirralha vem junto. Vou matar você primeiro e na frente dela e depois ela.

Eu: Ela é só uma criança...

Rodolfo: Não me interessa. Agora cala a boca e dirige.