NATIESE EM: NOSSAS VIDAS

Capítulo 31

Acordei na manhã seguinte tomei um banho com a ajuda da enfermeira, ela lavou o meu cabelo coisa que não fazia desde o acidente, secou um pouco, me ajudou a me vestir. Perguntaram se eu queria o café da manhã antes de ir e eu disse que não que eu ia comer em casa com a minha família. Fui examinada, recebi as receitas médicas, logo vieram os papéis da alta a Priscilla assinou tudo, já que ela assinou minha internação e minha cirurgia. Eu me sentei na cadeira de rodas e uma enfermeira me empurrou até o carro da Pri. O banco de trás tinha uma cadeirinha pra Lulu, tinha alguns brinquedinhos, estava típico carro de mãe. Eu comecei a rir. – Do que está rindo?

Eu: Seu carro parece o meu carro. Cadeirinha, brinquedos...

Pri: E no DVD aqui no encosto do meu banco certamente tem um desenho e no meu rádio – ligou – A galinha pintadinha.

Eu: Meu Deus, o que a maternidade fez com você? – gargalhei.

Pri: Pois é... – desligou o rádio e fomos pra casa. Eu estava feliz de poder ir pra casa finalmente. Ela me ajudou a descer do carro, pegou minha mala. Ela estava deixando o carro dela na minha vaga. Ainda preciso resolver as coisas do meu carro.

Eu: O que deu o meu carro?

Pri: Perda total. A Liz já cuidou de tudo com o seguro, e ela pediu o dinheiro, já que você falava em comprar um carro maior, ela achou melhor restituir o valor e você decidir qual carro comprar.

Eu: Ah sim. E esse carro aqui? – era minha outra vaga na garagem.

Pri: É meu, sua irmã está usando ele. Mas ela já comprou o carro dela, chega na segunda. Vamos subir?

Eu: Vamos – me apoiei nela entramos no elevador e subimos. Ela destrancou a porta e entramos ouvindo a falação que vinha da sala de jantar. Liz, Lucas, Emily, Gabriel e a Luísa.

Liz: Olha quem chegou Lulu...

Lulu: NANAY... MAMINHAAA... – gritou feliz. Eu abri os braços para pegá-la.

Pri: Opa... Não pode pegá-la em pé ainda esqueceu? – me sentei no sofá e a peguei. Conversamos um pouco ali na sala e fomos tomar café. A mesa de café da manhã estava linda. A Pri pediu nosso almoço num restaurante que ela gosta muito então minha irmã colocou a mesa para o almoço e ficamos o dia todo juntos, conversando bastante. Eu tinha uma família diferente agora, não de laços sanguíneos, mas de amor, de amizade, de companheirismo. A noite a Liz e o Lucas já tinham ido embora, minha irmã e meu sobrinho foram dormir, a Pri colocou a Luísa pra dormir também eu tomei um banho e me deitei e ela logo veio se deitar.

Eu: Vamos conversar?

Pri: Vamos... – suspirou.

Eu: Meus pais são políticos como você sabe. Minha casa sempre foi cheia de gente e principalmente políticos importantes. Um certo político amigo do meu pai estava sempre lá e ele me assediava sempre que podia sempre que alguém não estava olhando. Num churrasco que meus pais fizeram para a cúpula da falsidade deles como eu chamava, eu estava muito brava, com muita raiva dos meus pais, porque minha irmã não tinha ninguém além de mim e do filho dela, porque ela engravidou e foi expulsa da família como uma imoral e naquele dia era aniversário da minha irmã e eu não queria estar naquela festa ridícula e sim com ela. Eu já morava sozinha, tinha meu carro, meu apartamento, mas sempre fui obrigada a participar desses circos montados pelos meus pais. – suspirei – Eu estava bebendo no barzinho que foi montado no jardim da casa deles e depois de muitos drinks esse político nojento se sentou ao meu lado e pediu dois drinks, um pra mim e um pra ele. Eu estava de cabeça baixa então não prestei atenção em nada. Ele me deu o drink falando que eu era linda que queria uma chance de ficar comigo.