Rodolffo
R: amor um menino, oce tem noção?! Meu menino!
J: tu acertou, vai ser um mini Piruca.
R: eu sabia desde o momento que descobri que estava grávida.
J: oxe, ta doido homi? Como sabia?
R: Porque já sonhei com ele. Sonhei com o seu parto também.
J: tu é muito babao visse, já vi que perderei parte dos meus mimos quando ele nascer
R: Juuuuu do céu, ocê falava essas mesmas palavras no meu sonho.
J: virou sensitivo Piruca?
R: sonhei com nome também bastiana...
J: qual?
R: Rafael!
J: é bonito o nome, mas depois a gente decide sobre o nome, mas é lindo Rafael!
Eu não conseguia parar de pensar no meu sonho, no meu menino, aaahhh, tentei concentrar no trabalho mas não consegui, resolvi parar um pouco até me acalmar, adrenalina presente não permitia. Me permitir a curtir o momento, fui buscar- lá para almoçar e ficar perto dos meus amores . Ela amou , o almoço foi maravilhoso, ela ja estava mais alegre, faltava um pouco pra arengueira de sempre, mas já era um caminho andado.
Os enjoos tinham melhorado muito, eram poucos episódios, estávamos curtindo a gravidez de verdade, a custosa insistia em se aventurar fazendo coisas que eu poderia fazer.
R: Juli, já disse para ocê que quando for fritar alguma coisa eu faço.
J: e eu já disse que fiz isso minha vida toda.
R: mas sua vida toda oce num tinha meu filho na sua barriga, e se queimar sua barriga?
J: cê bexta homi, te aqueta.
Eu sempre queria ajudar em tudo, afinal carregar a barriga, mesmo que ainda pequena não deve ser fácil, não ia deixar ela passar sozinha . Fazia sempre com muito amor, ela nem sempre gostava dos meus cuidados, mas eu não ligava, queria ajudar sempre que estava por perto.
No fim de semana já não estaria com ela, meu peito doia sempre que pensava em ficar longe, era uma tortura. Dormia mal, tinha pesadelos, ficava de um mal humor que eu mesmo não suportava, se eu pudesse sempre a levaria comigo, para proteger de qualquer mal que possa acontecer, minha Pitica era tão pequena, sei que não é indefesa mas dá uma vontade incontrolável de cuidar...
......
R: Princesa, tem certeza que oce não pode ir comigo?
J: nao posso amor, queria, mas não dá, tenho muita coisa para fazer, aproveitar que não tenho passado mal e vou trabalhar.
R: poxa, mas se precisar de alguma coisa oce me liga.
J: e tu vai fazer o que de longe Piruca?
R: posso te acalmar e também fico sabendo do que está acontecendo, de algum jeito eu ajudo
J: não vai acontecer nada, vai em paz.
R: me dá um beijo!
Tomei em meus braços, nossos corpos conversavam de maneira que so podia sentir, não tem como explicar.
R: pode ligar a qualquer hora tá? Te amo.
Juliette
Toda vez que nos despedimos parecia que íamos passar 1 ano longe, assim parecia os dias e as horas que ficávamos separados, parecia não passar, as horas eram longas e os dias intermináveis .
Ele queria que eu fosse todas as vezes, mas não era possível, e teríamos que acostumar com isso, pois logo nosso filho nasceria e não poderia levar ele para os shows. Ao menos não ele pequenino.
J: tchau amor, te amo! E toma cuidado.
Bela fica de olho pra mim, e me avisa qualquer coisa
B: fico sim, pode deixar.
R: agora pronto, não preciso disso. Falou bufando
Foi um fim de semana tranquilo, porém longo, ficar sozinha na casa enorme era um pouco assustador, chamei preto para dormir comigo, durante o dia do domingo seu Juarez me visitou e me fez companhia, Rodolffo tem a quem puxar, ele também era super protetor, chegava ser engraçado, reclamou até de Piruca, segundo ele não estava cuidando direito de mim, pois uma mulher grávida não podia ficar sozinha, que ele tinha que ter pedido para Lúcia vir . Eu explicava que não era problema, que Lúcia precisava descansar e o dia passaria rápido, mas ele dizia que Rodolffo ia escutar.
Estava deitada tentando dormir, sempre era difícil dormir sem os braços de meu Piruca. Preto estava reclamando do tanto que me mexia na cama. Meu celular toca, era Piruca.
R: Oi amor, já tava dormindo?
J: estava tentando, mas sem seu cheiro e chamego é difícil visse!
R: amanhã cedo chego, e a gente mata a saudade. Só liguei para saber como estava e dizer que já estou no hotel.
J: to bem amor, preto ta aqui comigo. Se comportasse esse fim de semana?
R: uai, sempre me comporto!
J: entao vou trocar a pergunta: alguma assanhada tentou te passar a mão?
R: nenhuma Juli!
J: acho bom.
Ficamos conversando, nem lembro de ter despedido, acho que dormi quando ele estava cantando pra mim.
Parece que nem tinha fechado o olho ele me acorda com um beijo na cabeça.
R: Bom dia princesa!
J: humm... Bom dia amor! Que bom que chegou!
R: vamos pro outro quarto. Ele falou apontando para preto, eu ri alto.
J: oxe Piruca tu já chega pegando fogo?
R: eu sai pegando fogo Juli!
J: eita gota! Vamos.
....
R: estava com muita saudade ! Te amo a cada dia mais!
J: gostoso! Tu me deixa louca! Vem cá mais um pouquinho vem!
