-Eu não gosto muito de te dar razão mas você fez um bom investimento com a Races Bob, desde que a empresa inaugurou a três meses atrás a procura pelos carros tem sido incessante, você realmente está fazendo dinheiro.
Julian me disse enquanto me entregava o balanço mensal dos meus investimentos. - Qual a próxima ideia agora?
- Acho que me manter vivo... Por hora apenas estas sociedades estão de bom tamanho algumas sociedades e sua própria empresa é tudo que um bom empresário pode querer.
- Então está dizendo que vai voltar a se divertir Bob?
- Julian, eu não sou o mesmo que você conheceu antes do sequestro mas eu posso dizer que vou tentar ser menos obcecado.
- O que vai fazer no natal?
- Natal?
- sim, já é daqui a duas semanas mas provavelmente não se lembrava.
- é claro que eu me lembro mas gostaria de ver a sua reação, não tem como esquecer o natal quando Isabella e Nathan montaram uma árvore do meu tamanho em minha sala monocromática e refinada.
Era a pura verdade, esse ano não passaria despercebido nem se eu quisesse, o próximo passo da Isabella era levar o Nathan pra uma foto com o papai noel na decoração de natal do shopping.
Nat tinha se revelado um ótimo companheiro pra as minhas noites insones; Começou no primeiro dia em que ele chegou a minha casa, Isabella teve muita dificuldade pra fazer ele dormir e então quando ele adormeceu ela enfim descansou mas durante as minhas andanças de madrugada percebi um falatório estranho vindo do quarto do novo hóspede então ele estava lá me encarando e sorrindo, depois desse dia sempre temos essa conversa noturna e as vezes eu até deixo que ele adormeça novamente em minha cama .- Porque não chamou um decorador?
- Acho que eles não teriam a mesma experiência.
Parecia que Isaballa aproveitava cada momento ao lado do menino e ele correspondia com muita ternura.
- De certo que não mas então o que vai fazer? eu estou pensando em ir pra vegas...
- Nossa Julian, muito natalino uma ceia em Vegas.
Nós dois rimos. - Acho que vou estar por aqui, se eu viajar pra ver os meus pais terei de participar daquelas festas abertas a alta sociedade e além do mais quero montar o trem que comprei para o Nathan.
- Você se apegou mesmo ao garoto...
- É um menino especial...
Aquilo era verdade, Nathan se mostrou mais eficaz do que meu analista talvez fosse pelo fato de que ele ainda não entendia nada do que eu estava falando mas haviam se tornado corriqueiras as visitas em seu quarto entre as duas e três da manhã e eu me pergunto se Isabella realmente acreditava que ele dormia a noite inteira.
- Você sempre me surpreende Bob.
- Julian, eu tenho sobrinhos e não sou nenhum insensível.
- Eu sei mas...
- Mas o que?
- Ele é seu filho, é estranho dizer... você com um filho.
- Ele chamou a Isabella de mãe uns dias atrás, ela quase chorou ou deve ter chorado longe das minhas vistas ; Por diversas vezes encontrei Gretta tentando ensiná-lo.
- Ela deve ter ficado radiante.
- Sim, os dois se dão muito bem juntos , ele já esta bem firmado logo vai andar sozinho ... Depois do Nathan Isabella se tornou mais fácil de conviver, parou de ficar tentando me contrariar o colocar a própria vida em risco.
- Eu definiria vocês como uma família estranhamente equilibrada.
- Você é um lunático Julian.
- estou sendo realista, mas mesmo assim você ainda parece preocupado.
- Sim, Barney descobriu que ainda tem pessoas procurando pela Isabella em Chicago, o corpo do caseiro foi encontrado com um bilhete endereçado a ela tatuado nas costas.
- Que horror, ela sabe?
- Claro que não , mas não posso deixar uma brecha em aberto porque sei que da próxima vez que a encontrarem não vai ter segunda chance...
- Não vamos pensar nisso, você não deve pensar nisso.
- Tem razão, é melhor eu ir andando odeio sair na hora do rush.
No carro eu estava pensando no que Julian estava falando e meus pensamentos bons começaram a se misturar com a possibilidade de uma investida dos homens de Yaman terem sucesso, como o Nathan ficaria sem a Isabella, estava claro que ele a amava e eu me importava demais como ele para vê-lo sofrer então eu protegeria a Isabella a qualquer custo mesmo que ela não concordasse com isso.
- Senhor?
Freed chamou.
- O que ?
- O senhor está bem?
- E porque não estaria?
- Está pálido...
De repente chequei minha aparência no vidro da janela, eu realmente parecia cansado.
- Estou bem Freed.
Uma completa mentira, meu coração começou a acelerar e sentia como se alguém estivesse perfurando meu crânio com uma agulha.
Quando chegamos em casa sai rapidamente do carro querendo puxar um pouco de ar, abri a porta e vislumbrei Isabella sentada perto da árvore cantarolando algo com Nathan que estava no andador, ela usava um vestido leve demais para um dia frio como aquele enquanto o filho um pesado moletom; De repente a imagem dos dois começou a virar um borrão, o que estava acontecendo? Isabella se levantou em minha direção e tudo ficou escuro.
- Robbert, ROBBERT POR FAVOR , POR FAVOR FALE COMIGO! GRETAAAA, FREEED ! ALGUÉM AJUDE AQUI POR FAVOR!
Ela parecia desesperada , eu queria poder dizer algo mas não tinha forças. - Ele caiu, ele caiu Freed por favor ajude!
Isabella estava chorando, parecia estar chorando como uma criança desesperada.
- Gretta leve o menino pra cima !
Freed estava delegando.
- FREED POR FAVOR NÃO PODEMOS ESPERAR ELE ESTÁ PIORANDO!
De repente a voz de Isabella pareceu longe demais....
VOCÊ ESTÁ LENDO
As sombras do coração
RomanceAbandonada por sua mãe e criada por seu pai Bella Santori é uma design de moda que se esconde atrás do nome de sua marca. Após a morte dos seus únicos familiares ela encontra em seu trabalho um refugiu para resistir a solidão. Robert Baroni di...