Capítulo 25

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- Bella o que houve?

Perguntei quando entrei no carro, de repente ela parecia muito pálida e cansada.

- Eu não sei, só comecei a ficar cansada de uma hora pra outra.

Ela fez um nó com seu cabelo e em seguida acariciou o rosto de Nathan.

O caminho pra casa foi estranho, Isabella parecia desconfortável demais, ela estava resistindo até as brincadeiras do Nat.

- Como estão as coisas no ateliê?

Tentei extrair algo.

- Tudo muito tranquilo, começamos a trabalhar na execução da coleção de primavera e essa revista que fica perto do seu prédio nos propôs uma capa na próxima edição.

- Isso é muito bom, apesar de que sua marca já é uma autopropaganda.

Falei enquanto tirava nosso filho da cadeirinha quando  Freed estacionou na garagem de casa.

Ao entrar rapidamente Isabella desapareceu sob os meus olhos e ali eu percebi que ela não estava bem então decidi adiantar as coisas com Nathan, eu o levei pra cima, cuidei do banho e estava prestes a levá-lo pra comer quando ele adormeceu então resolvi dar um desconto; Peguei a babá eletrônica e segui para o nosso quarto.

- Eu acho que preciso levar você ao médico.

Mesmo que ela insistisse para  o contrário eu não me renderia, Bella estava enroscada nas cobertas completamente fraca.

- Não se preocupe eu só vomitei.

Falou sem nem se mover .

- você comeu alguma coisa a tarde?

Bella não se alimentava muito bem então talvez o organismo estivesse reagindo.

- Também não, provavelmente é isso.

Antes que eu pudesse responder nós dois fomos interrompidos por batidas da Gretta.

- Senhora, aqui está o chá que me pediu.

- Obrigada Gretta, devo estar ficando gripada.

- talvez a senhora deva ir ao médico...

- Foi o que eu disse pra ela Gretta...

- Ah e senhora, sua ginecologista ligou dizendo que a agenda foi remarcada por motivos pessoais.

Então Gretta fechou a porta do quarto e Isabella ficou completamente absorta por um tempo.

- Algum problema Bella?

Perguntei tentando entender a situação.

- Eu acho que não menstruei mês passado.

Ela estava totalmente contrariada.

- Você não usa nenhum remédio?

Parando pra pensar aquilo nunca foi uma preocupação pra min até agora.

- Não.

- Nós não nos protegemos em Londres e como você não ficou histérica nem nada eu presumi que fazia uso de algum contraceptivo, apesar do que não fazia sentido você usar um mas eu também tive a devida atenção com isso.

- Você acha que eu posso estar grávida?

Ela perguntou mais pálida do que antes.

- É o que geralmente acontece quando duas pessoas fazem o que a gente faz com a intensidade que a  faz sem o uso de nenhum método contraceptivo.

Acrescentei talvez não imaginando a gravidade da situação.

- E se eu estiver?

Por um instante ela pareceu uma adolescente que dependia dos pais.

- E se você estiver o que Isabella? Grávida? é claro que a gente da um jeito né!

No auge do desespero dela eu encontrei uma pontada de descontração. Não tinha como ficar indiferente a sua reação exagerada.

- Robbert, eu estou falando sério...

Ela quase chorou.

- Ok desculpe, porque não fazemos assim, eu vou a farmácia compro uns testes e a gente tira essa dúvida.

- Mas você vai chamar o Freed e ai todo mundo vai saber.

- e quantos anos você tem Isabella?

- Mas nós não temos certeza e eu não queria criar alarde...

- então eu vou pedir pelo telefone.

Levamos mais trinta minutos pesquisando e selecionando qual seria o melhor teste , no fim acabamos comprando cinco cada um de uma marca e eu aguardava impacientemente a entrega.

- Aqui estão.

Disse quando retornei para o quarto.

- vamos descobrir agora...

Ela disse se dirigindo ao banheiro sem deixar que eu acompanhasse. - Robbert se você vier vai ser constrangedor demais.

Tem ao máximo respeitar seu espaço mas desde que entrou naquele banheiro ela não dizia nem uma palavra muito menos esboçava uma reação.

- Isabella você já está ai faz dez minutos a caixa diz que só precisa de cinco.

Eu estava a ponto de tomar um ansiolítico com essa falta de respostas.

- Rob, aqui está...

Ela me entregou todos aqueles bastões e a maioria deles tinham duas tirinhas cor de rosa, eu precisaria pegar a caixa outra vez pra entender qual seria o resultado, talvez fosse melhor se tivéssemos ido ao médico ... pensando bem independente do resultado acho que seria necessário ir porque Isabella não melhorava em aspecto algum.

Aquilo estava me matando por dentro então finalmente peguei uma embalagem com letreiro digital e esta sim deixou tudo claro.

- aqui diz grávida de oito semanas.

Ela olhou pra min e depois passou a mão em sua barriga e de repente já não parecia mais tão nervosa.

- Eu vou ter um bebê.

Agora ela estava chorando.

- Não, nós vamos...

A puxei pra perto o máximo que eu podia , aquilo tudo era novo pra min mas eu não estava nervoso, pelo contrário eu estava estranhamente empolgado e feliz...

Todas essas sensações eram tão novas pra min quanto o desejo de ter Isabella incondicionalmente ao meu lado, nunca pensei que fosse ficar tão confortável e empolgado com a notícia que gerou uma criança  sem nenhum planejamento, mas pensando bem com esse bebê eu ainda teria sete meses pra aprender coisas e com o Nat foi muito pior e mesmo assim eu amo. - Aqui diz oito semanas então você ficou grávida em Londres.

Ela me encarou e eu sorri.

- Está tudo bem pra você Rob?

Que raios de pergunta é  essa que meu amor estava fazendo? Não estava claro  em minha mente ?

- Mais do que poderia estar, eu estou me sentindo em completa paz e você não cansa de me dar presentes.

Sorri pra ela outra vez e ela continuava inundada em lágrimas e sorrisos.

- Eu te amo Robbert.

Ok, Isabella Santori sabia mesmo como retirar o chão sob meus pés.

-

As sombras  do coraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora