P.O.V Diego
Acordei com o despertador do celular tocando. Parecia que eu tinha dormido só alguns segundos, mas quando fui conferir o relógio, percebi que já tinha se passado duas horas. O meu corpo estava dolorido e mole. Parecia que não queria me obedecer. Forcei o meu corpo a se levantar para poder dá uma olhada na Serena.A casa que comprei era de tamanho mediano, com dois quartos, sendo a que a Serena estar presa uma suíte, um banheiro, uma sala e cozinha. Agora é pouco para nós, mas com o tempo irei comprar uma casa enorme para podermos aproveitar melhor. O único desafio é convencer a Serena a me amar, mas eu sei que vai ser apenas uma questão de tempo. Peguei as chaves para poder destrancar os cadeados e a tranca da porta. Apesar de amar muito ela, não podia facilitar.
Abri a porta bem devagar para poder não assusta-la. Percebi que ela estava deitada, virada para a parede. Provavelmente, estava dormindo. Olhei para a escrivaninha onde deixei a comida para ela. Pelo visto, ela não tinha comido nada, apenas tomado o suco que levei. Já era um começo.
Fechei a porta com cuidado para não fazer barulho e tranquei como estava antes. Apesar do trabalho que é para abrir e depois fechar, no final compensava. Fui até a cozinha e pensei em preparar alguma coisa para nós dois comermos juntos, já que ela ainda não se alimentou direito. Claro que ela não iria deixar que eu entrasse novamente na cela, mas pelo menos poderíamos comer no mesmo cômodo.
Comecei a fazer dois sanduíches de presunto com queijo na frigideira. Tive que aprender a fazer algumas comidas, apesar de detestar cozinhar. Mas, é melhor isso do que ficar comprando comida todo dia e correr o risco de ser capturado pela polícia. Coloquei os sanduíches nos pratos e peguei dois copos de suco de laranja e uma barra de chocolate, que eu sei que ela adora, para depois colocar tudo em uma bandeja. Espero que pelo menos agora ela possa comer alguma coisa.
Coloquei a bandeja no chão para poder destrancar tudo de novo. Quando entrei, percebi que a Serena estava acordada. Ela estava olhando para o teto e não moveu um músculo desde a minha chegada. Fechei a porta e me sentei no chão perto da grade.
"Oi, amor", falei calmamente.
Nada.
"Você tem que comer alguma coisa, Serena", falei depois de ficar sem uma resposta. "Você vai ficar doente se continuar teimosa desse jeito. Trouxe até o seu chocolate favorito".
Serena se virou para a parede. Suspirei cansado da sua teimosia, já que a minha paciência estava quase acabando.
"Amor, não faça eu perder a cabeça", falei com calma para não assusta-la. De que adiantava ter a mulher que amo e não poder pelo menos ter uma conversa com ela. Será que ela não percebe que os casais precisam conversar para poderem ter uma relação boa? "Você sabe que eu só quero o seu be...", não consegui terminar de falar pois o copo que estava na escrivaninha passou perto do meu rosto e quebrou na parede atrás de mim.
"Cala. Essa. Boca", Serena estava em pé com os olhos tremendo de raiva. Parecia que quem tinha sido raptado era eu e não ela. Por um momento, parecia que eu senti... Medo dela. "Se você não me deixar em paz, eu vou fazer uma loucura".
Levantei devagar para não assusta-la. Nossos olhos não se desviaram nenhum momento.
Parece que tenho que tomar mais cuidado com ela do que imaginava.
"Não apronte nada, Serena. Eu só quero que você entenda o meu amor", me aproximei a passos lentos da grade. Parecia que estava domando um animal feroz. "Eu só quero a nossa felicidade, que possamos viver juntos para sempre".
"Minha felicidade!? Me tirando da minha família, meus amigos, minha vida?", Serena se aproximou da grade e segurou as barras com força. "Me tirou de perto do Thiago. O ÚNICO homem que amo e sempre irei amar".
VOCÊ ESTÁ LENDO
Memórias do passado
Teen FictionLivro Dois - Continuação de Marcas de Serena. Três anos se passaram desde que Serena contou a verdade para Thiago. Ela não podia pedir nada melhor. Mas intrigas do passado retornam, e ameaça separa - los. Será que Serena e Thiago vão conseguir fica...