CAPÍTULO 26

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P.O.V SERENA
Nós dois ficamos quase uma hora na estrada em silêncio. Diego não tentou enfaixar os meus olhos ou tampar a minha boca, como se tivesse seguro que nada ia acontecer com ele. Mal sabia que nós estávamos sendo rastreados.

"Para onde estar nos levando?", perguntei logo de uma vez. Precisava saber direito a nossa localização, caso eu precisasse fugir.

"Estamos indo para um lugar onde ninguém vai conseguir nos encontrar, minha princesa", se virou para mim e me mostrou um sorriso que fez o meu corpo gelar. "Quando chegarmos lá, vou poder fazer o que quiser com você", lambeu os lábios e se virou para a estrada.

Ver aquele rosto fez o meu estômago revirar. Estava me segurando para não vomitar nele.

"Vai sonhando que eu vou deixar você tocar um dedo em mim, Diego", falei com raiva e nervosa. "Juro que se você tentar fazer alguma coisa comigo, você vai perder o que tem no meio das suas pernas".

Diego começou a rir. Como se ele estivesse se divertindo com a discussão. Quando percebi, ele estava parando o carro no acostamento. Ligou o alerta do carro e se virou para mim. Eu me afastei o máximo que o carro permitia dele. O olhar do Diego parecia que iria me devorar.

"Não se atreva a fazer iss...", minha voz falhara quando senti a mão dele passando pela minha coxa esquerda. Meu corpo ficou paralisado. Parecia que todo o esforço que tive durante esses meses para poder me manter firme na frente do Diego tivesse ido embora. Tentei tirar a sua mão de mim, foi quando me lembrei que eu ainda estava algemada na porta. "Diego...".

"Shhh... Não faça nenhum escândalo, Serena", ele começou a lamber e beijar o meu pescoço. Eu estava me segurando para não vomitar e desmaiar. "Não quero machucar você. Se bem que...", seus lábios saíram do meu pescoço e foi para o meu rosto. Seus olhos me encararam fixamente. "Você foi uma garota muito má. Merece uma punição".

Diego segurou o meu rosto e me beijou a força. Tentei empurrar ele, mas não consegui, já que as minhas mãos ainda estavam presas na porta do carro. Senti que ele estava tentando abrir passagem com a língua. Quando ele conseguiu invadir a minha boca, mordi a sua língua até sair sangue. Senti o meu rosto arde de repente. Ele tinha me dado um tapa forte. Fiquei com a visão embaçada por alguns segundos.

"SUA MALDITA", ele se afastou de mim rapidamente. Cuspi o resto do sangue que ficou na minha boca na sua direção e tentei sair do carro. Diego percebeu o que eu pretendia fazer e segurou os meus braços com força. Sentia que o meu sangue estava ficando preso. "Você deveria ter se comportado, Serena. Eu estava sendo muito bonzinho com você".

"O SEU CU QUE ESTAVA. ME SOLTA, DIEGO", comecei a me balançar para tentar me soltar. Diego me segurou de novo, só que dessa vez, passou o braço pelo meu pescoço e começou a me enforcar. "Me s-solta...", eu estava começando a ficar sem ar.

"Você não me dá outra escolha, Serena", falou baixo.

Senti alguma coisa furar o meu pescoço. Depois disso, tudo ficou preto.
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P.O.V DIEGO
Depois que apliquei o sonífero na Serena, a encostei no banco do carro para poder dormir melhor. Joguei fora a seringa que usei pela janela e olhei para o retrovisor para saber como ficou o estrago que ela fez na minha boca. Minha língua e o meu lábio estavam inchados e sangrando, já que ela mordeu com muita força. Provavelmente, vou ficar um tempo sem conseguir comer e beber direito por causa da dor. Me virei para ela e vigiei o seu sono. Ainda não consigo acreditar que ela estar aqui comigo. Eu finalmente consegui.

"Não se preocupe, meu amor. Com o tempo você vai começar a se apaixonar por mim", acariciei o seu rosto com calma. "E quando esse dia chegar... Vai ser o melhor dia das nossas vidas".

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