CAPÍTULO 25

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P.O.V SERENA
Depois que saímos em disparada do meu bairro o Diego ficou com uma aparência assustadora. Fiquei com medo de ele fazer alguma loucura e sofrermos um acidente de carro por causa da velocidade que ele dirigia.

"Se você quer nos matar, avisa logo para que eu pule do carro de uma vez", falei com raiva. Seu rosto se virou para mim na mesma hora. Diego estava transtornado, provavelmente por que o Henrique chamou a atenção da polícia para ele. "Estar me olhando assim por que? Até parece que a polícia não iria começar a procurar você depois de me sequestrar".

"Você estar muito corajosa para o meu gosto", voltou os seus olhos para a estrada. "Parece que esqueceu quem é que manda aqui. E pode acreditar, Serena. Se você aprontar alguma coisa, eu não vou me segurar".

Apesar de estar em uma condição perigosa, eu estava relaxada. Não sei se é por causa da adrenalina, se eu perdi o medo do Diego ou por saber que o Henrique estava seguro agora. Minha cabeça não parava de pensar em algum jeito de fugir do maluco que estar no volante. Se eu seguir o plano do Ruan direito vai dar tudo certo.

(Flashback on)
Depois que o Thiago descobriu tudo, comecei a me encontrar com o Ruan toda semana para poder me preparar caso o Diego tentasse me sequestrar. Nós sabíamos que poderia ter essa possibilidade, por esse motivo eu tinha que estar preparada. Nos encontramos no mesmo shopping do nosso primeiro encontro. Só tem uma pequena diferença.

"Tem certeza de que precisamos ficar usando essas coisas?", perguntei sobre a peruca ruiva que estava usando junto com os óculos. "Você não acha que o Diego não vai desconfiar de uma pessoa desconhecida saindo da minha casa, Ruan".

"Não se preocupe. Eu sei que o meu irmão não presta atenção nas outras pessoas, além de você", o mais novo estava usando uma peruca loira cacheada. Revirei os meus olhos e voltei a comer o meu salgado. "Te pedi para vim aqui porque tive uma ideia do que fazer caso o meu irmão se sequestre", ele se virou para pegar a sua mochila e pegou um envelope de papel pardo pequeno e entregou para mim.

Abri e vi que era uma pulseira de prata com um pingente verde no meio. Coloquei no meu pulso e confirmei que ela era bonita, mas não entendia como uma pulseira poderia me ajudar caso fosse sequestrada.

"Essa pulseira é um rastreador", Ruan começou a me explicar. "Se você for mesmo levada pelo Diego, vamos poder te achar por essa pulseira. Não se preocupe com a distância, vamos conseguir encontrar ele em qualquer lugar do país".

"E se ele tiver a ideia de me levar para fora do país? Pode ser uma possibilidade", falei tirando os olhos da pulseira.

"Se ele fizer isso, vamos rastrear pelo último lugar que vocês estiveram. Aí vamos ter que torcer que ele não faça isso", Ruan mordeu o seu cupcake de baunilha e tomou o seu café.

"Onde você conseguiu isso, posso saber?", já estava com essa dúvida a bastante tempo. O Ruan aparecia com alguns aparelhos de espionagem que nunca ouvi falar. Sei que a família do Ruan é rica, mas não achava que seriam tanto para conseguir esses objetos.

"Eu tenho um tio policial. Desde criança ele me mostrava algumas coisas que usava quando precisava espionar algum suspeito. Ele me deu alguns desses objetos de presente", deu uma pausa para poder comer o cupcake. "Quem diria que um dia iríamos precisar, né?".

"Verdade", estavamos mais do que preparados para pegar o Diego. Só precisávamos de mais alguns dias para terminar de pegar as provas que temos sobre ele, e finalmente, acabar essa tortura que estar sendo a minha vida. "Se ele tentar machucar alguém para poder me atingir? Não sei se vou conseguir fazer alguma coisa com alguém nas mãos dele".

"Vamos torcer para que não aconteça. Mas... você acha que ele colocaria a vida de alguém em risco para ter você?", Ruan perguntou enquanto se encostava na cadeira. "Eu não sei se ele chegaria a esse nível".

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