Memórias do passado

CAPÍTULO 5

Oi, pessoal.
O meu desaparecimento tem motivo.
No dia primeiro de junho, meu celular quebrou. E fiquei sem ele por mais de três semanas.
Então, me perdoem pela demora.
E para não deixar vocês com raiva, fiz um capítulo grande. Talvez, o maior que já fiz.
Por isso, boa leitura.
Xau.
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P.O.V SERENA

Cheguei em casa quase 19:00. Sabia que o meu pai ia brigar comigo por eu te chegado tarde. Subi as escadas nas pontas dos pés para não fazer barulho.

"Filha?", ouvi a voz do meu pai me chamando na sala. "Será que pode vim aqui, por favor?".

Tô frita. Ele vai me matar por eu ter chegado tarde.

"Sim, pai", andei até o sofá onde ele estava sentado. Meu pai via o noticiário na televisão. Sem tirar os olhos da tela, perguntou.

"Como foi na prova?", sua voz estava calma para o horário.

"Acho que fui bem, caiu tudo que eu estudei", queria que ele me libera-se logo, para me trancar no quarto e ouvir as minhas músicas. "Sei que tirei uma nota boa".

"Que bom, minha princesa. Mas deixa eu te perguntar uma coisa", se sentou direito no sofá e me encarou. "Pelo que eu sei, o horário da sua prova termina 12:00. Posso saber, por que a mocinha chegou em casa a essa hora?".

Tô lascada. Vai comer meu couro. Mas não podia mentir, senão, seria pior.

"Eu estava na casa do Thiago. Demorei por que fui botar o Henrique para dormir, e quando percebi, também tinha caído no sono", o que não era mentira, já que eu dormi mesmo. "Quando acordei, já era tarde e vim correndo para cá. Desculpa por ter demorado, pai".

Seu rosto ficou sério por um tempo. Poderia jurar que não acreditou em mim. É claro, que não acreditou. Meu pai sempre soube quando eu mentia. Nunca conseguia me safar.

"Tudo bem, então. Mas da próxima vez, se a senhorita chegar tarde, de novo, será duas semanas de castigo sem sair de casa".

"Pode deixar, pai", minhas pernas estavam quase subindo as escadas para sair daquele clima. "Vou para o meu quarto, tenho muito exercício para fazer", lhe dei um beijo e subi.

Joguei minha mochila na cama e tirei os meus sapatos. Eu estava com muita dor de cabeça, desde que saí da casa do Thiago. Essa semana foi uma correria para mim. Faculdade de manhã, trabalho de tarde cinco vezes por semana, e de noite, ainda tinha que estudar e ajudar a minha mãe em casa. E todas as vezes que chego em casa, fico com vontade de dormir por uma semana inteira. Minha cabeça estar explodindo.

Arrumei as minhas roupas que estavam jogadas na cama e fui tomar um banho. A água quente em contato com a minha pele, quase fez eu dormir no chuveiro, quase. Coloquei um short e uma camiseta leve. Desci para a cozinha, onde encontrei a minha mãe.

"Oi, querida. Estava na casa do Thiago?", me sentei na mesa enquanto a comida era colocada na mesa.

"Sim, desculpa a demora. Eu estava tão cansada, que dormi na casa dele. E depois que acordei, fiquei com o Henrique, já que a mãe dele tinha saído e deixado o menino", enchi o meu prato de carne, batata frita, salada e suco. Comecei a comer, como se fosse a última vez que veria comida de novo.

"Calma, filha. A comida não vai fugir da mesa. Coma com calma", minha mãe chamou a atenção.

Terminei de comer, e em seguida, já estava repetindo. Enquanto eu como, minha mãe fica sentada me olhando, como se eu fosse precisar de ajuda para comer sozinha. Ela sempre esquece, que eu não sou mais criança.