CAPÍTULO 23

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Oi, pessoal.
Passando aqui no começo do capítulo para poder explicar o motivo do meu sumiço(de novo).
Parei de escrever em agosto de 2019. E nesse ano, eu estava fazendo faculdade de Letras. Já estava no segundo semestre.
Mas, por causa dos trabalhos da faculdade, não tive nenhum tempo e vontade para escrever.
Quando eu estava quase terminando o segundo semestre do curso, infelizmente, percebi que não era o que eu queria. Levei semanas para poder contar para a minha mãe que queria fazer outro curso. Ainda bem que ela entendeu, e aceitou a minha decisão. E além disso, eu não estava me sentindo bem emocionalmente.
Hoje em dia, estou fazendo cursinho, para poder passar no curso de Psicologia.
Mas, como todos já sabem, chegou essa pandemia para atrapalhar os planos de todos.
As minhas aulas foram canceladas, e estou estudando sozinha.
Só agora consegui escrever novos capítulos.
Então, é isso.
Boa leitura.
#FiquemEmCasa.
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P.O.V DIEGO.
Saí da cafeteria quando avistei o irmão mais novo do Thiago sair correndo da casa. O menino se dirigiu até o parquinho muito animado. Que pena que essa felicidade vai durar por pouco tempo.

Andei até uma árvore e fiquei encostado no tronco. As crianças estavam brincando de bola, e eu tentava pensar em alguma coisa para poder chegar perto do moleque, sem que ele desconfiasse de nada. Droga. Por que eu tinha que ter dificuldade de chegar em uma criança? Devia ser a coisa mais fácil do mundo. Meus olhos se direcionaram para baixo quando senti alguma coisa tocar na minha perna. Era uma bola vermelha. Peguei o brinquedo do chão, e segui a trajetória de onde veio. Meus olhos brilharam quando visualizei o irmão do Thiago vindo na minha direção.

Só poderia ser obra do destino.

"Moço, pode me dá a bola, 'pu favó'?", perguntou sorrindo.

"É claro", ia entregando a bola para ele, quando o tirei de suas mãos. Seu rostinho me mostrou confusão. "Mas, só se você me disser qual é o seu nome".

"Henrique", respondeu com as mãos ainda estendidas, esperando a bola.

"Você mora aqui perto, Henrique?", me abaixei para poder ficar na sua altura.

"Sim", ele passou a mão na testa enxugando o suor. "Tio, me dá a bola para 'bincar'".

"Por que você estar com tanta pressa para brincar?".

"É que o meu mano não sabe que eu vim 'bincar' sozinho", ele olhou para os lados para vê se alguém escutava a nossa conversa. "Eu saí sem que a Lili visse. Não posso 'demoiá'".

Que sorte a minha.

"Você não quer tomar sorvete comigo, antes de voltar para casa", falei enquanto entregava a sua bola. "Um menino esperto como você, merece receber um prêmio por ter conseguido fugir, sem ninguém perceber", lhe dei o meu melhor sorriso para poder convence-lo. "Não são todos que conseguem essa proeza".

"Não posso. O meu mano diz que não posso falar e aceitar nada de 'estanhos'".

"E ele estar certo. Mas... Por um acaso, o seu irmão é o namorado da... Serena?", mal consegui terminar de falar o nome da Serena que os olhos da criança brilharam.

"Conhece a Serê, moço?".

"Sim, nós somos amigos de infância", me levantei. "E então, ainda sou um estranho?".

"Não. Eu acho que não", falou enquanto inclinava a cabeça.

"Vamos, então? Compro o sorvete que você quiser", dei a mão para ele segurar.

"Tá bom, moço", me deu a mão e fomos andando para fora do parque. "Qual é o seu nome?".

"Diego, pequeno", respondi com um sorriso gigante no rosto. O meu plano estava dando certo com grande facilidade.
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P.O.V THIAGO.
Eu estava voltando do mercado com várias sacolas nos meus braços, quando senti um pressentimento muito ruim. Não sabia por que, mas sentia que alguma coisa tinha acontecido. Aumentei a velocidade dos meus passos para poder chegar mais rápido em casa.

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