Atitudes inesperadas

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Na manhã seguinte, Goku rolou pela enorme cama espaçosa. Com seu olfato poderoso, procurou o cheiro doce de Chichi, e não encontrou. Esticou sua mão para tentar encontrar o corpo macio dela e também não achou. Finalmente abriu os olhos e viu que já estava deitado onde Chichi costumava deitar.

— Chi?

Nada.

Ergueu sua mão até a mesinha ao lado da cama e pescou seu celular. Ainda estava cedo e ele não estava atrasado para o trabalho. Levantou da cama num pulo e correu até o andar de baixo, onde Lunch estava sentada no sofá mexendo no celular.

— Lunch? O que tá fazendo aqui tão cedo? Bom dia, aliás.

— Bom dia, Goku. Chi pediu pra eu vir um pouco mais cedo hoje.

— E cadê ela?

— Ela já foi trabalhar. Achei que você tinha ido também.

— Ah, eu já tô indo.

— Uhum, com certeza. — Ela disse sarcástica, vendo que ele ainda usava pijama.

Ele deu uma risada nervosa e seguiu para o banheiro, onde seu uniforme já estava ali. Fez sua higiene matinal sem conseguir se concentrar muito. Estava temeroso com a atitude estranha de Chichi. Ela estava muito brava com ele, sabia disso e sabia que ela tinha motivos. Mas estava com medo.

Medo de perdê-la.

Aquele pensamento, aquele sentimento angustiante o deixava estressado. Uma sensação na qual nunca sentiu antes. Perder Chichi por erros bobos seus? Porra... Era coisa demais para o coração dele. Não podia deixa-la partir.







Levando o copo de papel aos lábios, Chichi sentia a brisa fria daquela manhã lhe bater no rosto, enquanto saboreava o delicioso café, sentada numa cadeira confortável do lado de fora da cafeteria. Quando o café estava quase no fim, quem ela esperava finalmente chegava e se sentava na cadeia em frente a ela.

— Espero que tenha um bom motivo pra me trazer aqui.

— É a única pessoa que posso falar. Se eu falasse com Bulma, ela iria bater no Goku, e eu já tô a ponto de fazer isso.

Vegeta resmungou. Estava cedo naquele local no seu dia de folga. E o que mais lhe irritava, era que estava ali por vacilos do seu amigo.

— Eu sei que ele te contou, Vegeta. Precisa me contar o que tá acontecendo.

— Não posso. Isso é problema de vocês. Não tenho que me envolver nisso.

— Vegeta, eu sou sua amiga também. Por favor, eu mereço passar por isso?

Ele ficou quieto, observando ela, com seu olhar frio. Sua carranca diária estava pior que o normal.

— Eu tô quase deixando ele... — Ela disse triste, jogando o copo de papel na lixeira do lado dela. — Não posso viver com alguém que mente pra mim. E eu acho que tem outra mulher, mas ele não tem coragem de me dizer...

— Chega. Beleza? Chega! Não posso sair contando porquê é problema de vocês, mas você é minha amiga, ok? Não quero ver você sendo enganada, principalmente por culpa daquela... — Ele parou subitamente e Chichi o encarou.

— Daquela o quê?

— Dessa mentira. Ok? Manda o Goku te contar tudo sobre a Lexie Willow. Tudo, sem esconder nada.

Ela se levantou. — Lexie Willow... Ok, obrigada... — ela agradeceu e correu para seu trabalho.









Ao chegar, ela não pôde procurar Goku de imediato, pois haviam sido recebidos com uma enxurrada de pacientes vítimas de um tiroteio numa parte violenta da cidade. A conversa que que ansiava tanto por ter com Goku, ficou pra depois. Quando tudo ficou mais calmo minutos antes do seu horário de almoço, e não estava com fome, subiu para o centro cirúrgico e para sua sorte, encontrou Goku em pé em frente ao balcão, assinando alguns documentos. Ela nem pensou muito, apenas o alcançou e o puxou para dentro do pequeno banheiro unissex e trancou a porta. De início, Goku se assustou, mas quando se recuperou do choque, deu um sorriso pra Chichi e começou a desabotoar a calça.

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