O fim

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No dia seguinte, Goku corria de um lado para o outro dentro de casa tentando organizar rapidamente. Noite passada estava cansado demais para fazer a faxina e desde cedo estava preparando o café da manhã para receber bem o seu sogro e não teve um segundo para limpar a casa. Apesar de já terem se visto antes em chamadas de vídeos, Goku queria causar uma boa impressão para o pai de Chichi. Já estava todo atrapalhado, e pra piorar, os meninos acordaram mais cedo, e claro, Goku os arrumou e os deixou andarem pela casa, tomando todo cuidado com Goten que estava tentando subir as escadas sozinho.

A única coisa arrumada na cozinha naquele momento era a mesa do café da manhã que Goku preparou com maestria e toda dedicação. O resto da casa pelo contrário, estava um caos.

Céus! Quem foi que disse que cuidar de duas crianças sozinho era fácil?

Não demorou muito tempo para a campainha tocar e Goku abrir a porta para seu sogro.

— Seja bem-vindo, senhor! — Ele deu o seu melhor sorriso e espaço para o mais alto entrar.

— Olá, Goku! Finalmente te conhecendo pessoalmente né. — Eles se cumprimentaram num aperto de mãos e Goku ofereceu o cabideiro para ele pendurar o casaco e a touca de inverno.

— Tá com fome? Me esforcei nesse café da manhã, mas confesso que não é tão bom quanto o de Chichi. — O de cabelos espetados guiou o mais alto para a cozinha e ofereceu a cadeira para ele se sentar à mesa. Levou questões de segundos para Gohan perceber que tinha mais alguém em casa e saiu do seu quarto para ver o que estava acontecendo, e Goten, curioso, foi atrás e os dois foram recebidos com um abraço apertado do Cutelo.

— Não deve estar sendo fácil cuidar deles sozinho, não é?

— A gente faz o que pode né? Mas confesso que tô louco pra voltar a trabalhar. — Goku serviu café nas canecas para si e o Cutelo.

— Não foi fácil criar a Chichizinha sozinho. Ela era bem hiperativa! Lembro de como ela adorava ler livros de história, e depois se fantasiava de algum personagem e corria pela casa como uma maluca! Era a coisa mais linda do pai.

— Bom, até hoje ela vive querendo comprar fantasias de uns personagens de livros.

— Nunca muda. Você tem feito bem pra ela, Goku! Consigo ver o brilho nos olhos dela quando fala de você.

— Imagina, senhor Cutelo. Ela que trouxe mais luz pra minha vida.

Senhor Cutelo deu um sorriso e deu um gole de seu café.

— Ela me contou o quanto sofreu depois que ficou viúva. Ela é uma grande mulher, suportou tudo sozinha.

— Mas você também é um grande homem, Goku. Criou seu filho sozinho, certo?

— É. Tive que dar meus pulos pra trabalhar, fazer faculdade e nas horas extras levar ele no pediatra e nos outros médicos. Foram dezenas de noites sem dormir trocando fraldas e tendo que levantar de madrugada várias vezes para esquentar o leite dele.

— Eu te entendo, rapaz. Lidar com uma perda e o nascimento de um filho não é nada fácil, mas Deus nos dá forças todos os dias.

— Claro, com certeza.

Um silêncio constrangedor pairou sobre a mesa, tudo o que se ouvia era as risadas de Gohan e Goten, já que Gohan esticava as mãozinhas na mesa e pescava algumas coisas e dividia com Goten.

— Como é morar no Brasil?

— É coisa boa, meu jovem. As pessoas são simpáticas, as comidas são saudáveis e saborosas, o clima é tropical... Você deveria levar a Chichi e as crianças um dia lá!

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