Lírio azul

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O calor era insuportável nesta época do ano. Pelo menos era o que Chichi achava. Mal pôde se concentrar e comemorar o aniversário do pequeno Goten como gostaria. Claro, isso foi apenas com ela, já que Goku e Gohan adoravam calor. Ele arranjou uma pequena piscina inflável que estava guardada e empoeirada em algum canto da casa que nem ela mesmo sabia onde estava, e ele e os meninos passaram o aniversário de Goten na piscina, comendo e bebendo besteiras que Chichi preparava. Apesar de não poderem convidar outras pessoas, a primeira primavera de Goten foi bem comemorada.

Com a alta temperatura da semana, a diversão na piscina se estendeu bastante. Menos para Chichi, que não estava disposta a muita coisa naquele dia. Apesar de Goku insistir para que fosse ao hospital, ela garantiu que só estava se sentindo cansada, afinal, a barriga estava finalmente crescendo, e querendo ou não, isso a esgotava duas vezes mais fazendo as tarefas diárias. Ela se repousava no quarto, enquanto Goku finalmente conseguia colocar Goten para dormir naquela tarde. Era a primeira vez que ele cochilava a tarde naquela semana. Gohan pelo contrário, estava disposto a brincar na piscina até a noite. Mas para seu desencanto, ele já estava enrugadinho, e teve de sair da piscina. Teve de se contentar em brincar apenas no quintal, longe da piscina. Ao menos havia uma brisa.

Chichi desceu do quarto para sentar na mesa ao lado de Goku no quintal, e foi servida de uma limonada bem gelada para refrescar, o que ajudou bastante.

— Tá melhor?

— Tô sim. Foi só uma indisposição. Como tá seu avô? E Seripa? Sua mãe? Faz tempo que não me diz nada deles.

— O velho Gohan tá bem. Tá falando bem e andando pelo quarto dele. Estão prestes a iniciar o tratamento pra ele receber o transplante.

— Ótimo. Muito bom. Seripa?

— Eu não tive tempo para ver ela nessa semana. E meu pai ligou hoje, disse que minha mãe fez o teste e deu negativo.

— Bom, ao menos temos recebidos algumas notícias boas essa semana. — Ele concordou com a cabeça. — Você pensou em um nome?

— Não. E você?

— Nenhum. Não gosto dos nomes que meu pai indica. Sério, ele acha que colocar o sobrenome dele no menino vai ser bonito. Imagina o bullying que ele vai sofrer na escola: “Ei, olha o cutelo ali!”.

Goku desabou a rir da expressão de desagrado que ela fazia ao dizer todas as opções de nome que o pai dela indicava.

— São ruins demais! Com certeza não vou chamar meu filho de nada disso. Mas agora que você veio falar sobre nosso futuro, eu também tenho pensado em algo. — Ele sacou o celular do bolso e ficou procurando algo.

— O que? — Ela perguntou dando um gole na limonada.

— Achei!

— O que? — Questionou curiosa.

— Nossa possível futura casa! — Ele deslizou o celular pela mesa e ela o pegou.

— Nova? — Questionou, vendo o anúncio da casa que ele estava analisando.

— É, Chi. A casa já está pequena para nós, e agora a gente tem mais um menino vindo. O quarto do Gohan não vai caber mais um berço, e o menino não cabe no berço com Goten. Não tem espaço pra construir um quarto separado pra eles.  A casa é grande, tem três quartos. E é numa vizinhança amigável, tem mais crianças ao redor, com parquinho, escolas, creches, o hospital é mais perto. A gente pode hipotecar a casa! Podemos nos mudar durante a gravidez, e quando o menino nascer, já estaríamos estabilizados.

— Goku, uma mudança do nada? A gente precisava juntar algum dinheiro pra conseguirmos móveis novos e...

— A casa é mobiliada, a gente só precisaria levar os móveis que precisamos. Como as coisas do Gohan e Goten. Eu tenho umas economias guardadas, da pra gente se mudar tranquilo.

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