Vamos ficar juntos

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Após passado alguns dias desde que Chichi decidira se mudar para casa de Goku, ela ainda morava com Bulma. A azulada tem cada dia mais se trancado dentro de casa, se isolando até da amiga que morava com ela. Estava bem de saúde, mas se recusava a falar com um psicólogo, alegando que estava bem e que só precisava de um tempo para colocar os pensamentos em ordem. Chichi prontamente respeitou os desejos da amiga, mas estava sempre cuidando dela da forma que podia. Bulma estava tão desligada, que Chichi acabara tendo que marcar as consultas dela, e claro, Bulma negou a presença de Vegeta em todas as consultas, então Chichi se ofereceu pra ir.

No hospital, no quarto andar, Chichi e Bulma estavam no consultório da doutora Mai Varas, Chichi acompanhava com atenção o exame de ultrassonografia obstétrica que era feito em Bulma. A azulada estava mais calma, pele mais brilhante, e brilho nos olhos, que a morena adorava ver. Apesar de Bulma estar com uma cara boa, Chichi não conseguia se manter tranquila vendo a imagem do bebê que estava sendo transmitida. Apesar do coração estar batendo forte, Bulma se sentir bem, algo naquela ultrassonografia não lhe agradava. Decidiu que esperaria o exame acabar e ter os resultados. E logo acabou, e elas foram guiadas a se sentarem e esperarem a doutor Varas voltar com os resultados.

Bulma estava sentada, em paz de espírito, enquanto Chichi rodeava o chão nervosamente, espremendo os próprios dedos com as mãos.

– Chichi, até parece que é você quem está grávida. Se acalma!

– Desculpa, tô muito nervosa.

– Posso saber o motivo?

– Talvez... – Quando Chichi tomou coragem para dizer a Bulma sobre suas suspeitas em relação a ultrassonografia, a doutora retornou com os resultados. Ela se sentou ao lado de Bulma e segurou a mão dela, que fez um careta de confusão e encarou a doutora Varas, que possuía uma face duvidosa.

– O que está acontecendo? Tá tudo bem com o meu bebê?

– Bulma, seu exame deu inconclusivo, vou precisar fazer outra ultrassonografia quando tiver com seis meses, mas por agora, suspeito de que seu bebê tenha derrame pleural fetal.

– Isso é...

– Líquido na cavidade pleural. – Chichi completou, apertando forte a mão de Bulma, para tentar transmitir conforto.

– Mas lembre-se, é apenas uma suspeita. Só podemos ter certeza quando tiver com seis meses Mas até lá, Bulma, é uma situação sensível, e não posso permitir que você trabalhe até termos certeza.

– Tá brincando comigo? O que vou fazer até lá? Não posso ficar o tempo inteiro dentro de casa.

– Você não está proibida de sair, Bulma. O que acontece é que aqui no hospital, precisamente na emergência, é um ambiente muito estressante, e é tudo o que você não precisa agora. É um bom momento pra você ir pra casa, descansar, preparar a casa pro bebê...

– Eu preciso trabalhar! – Bulma se levantou da cadeira, revoltada e caminhou até a porta.

Chichi agradeceu a doutora Mai e saiu atrás de Bulma, tendo que apertar o passo pra conseguir entrar dentro do elevador, cuja Bulma já estava lá.

– Ficar em casa até completar 6 meses? sem ter certeza? Fala sério!

– Bulma, ela não ia falar isso se não fosse algo sério. Você tem que ouvir ela.

– O que você acha?

– Você sabe que eu concordo com ela. Você não precisa de todo o estresse que passa com a emergência e o Vegeta...

– O que você sugere? – Ela pergunta enquanto ambas saiam do elevador.

– Vá pra casa, descansa por hoje. Quando eu chegar, nós vamos pensar numa solução, ok? – Chichi abraçou a amiga e lhe passou um sorriso reconfortante. – Qualquer coisa me liga.

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