Capítulo 23

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- Fica à vontade, tem biscoito no armário, controle remoto ali na mesinha e refrigerante na geladeira, eu vou tomar um banho lá encima, se acontecer algo, sinto muito porque eu não vou ouvir por causa da música. - Ele deu um sorriso divertido enquanto eu subia as escadas.

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Entrei no meu quarto apenas enrolada em uma toalha girando para lá e para cá enquanto cantarolava uma música que eu estava cantando no chuveiro.

- Meu pai amado, que mania é essa de sempre me assustarem? - Falei assustava enquanto encarava Vini no meu quarto mexendo na minha mesinha do computador e segurava minha toalha com força para não cair.

- Qual é a senha? - Perguntou apontando para meu computador. Senti minhas bochechas queimarem quando ele me fitou espantado quando me viu apenas de toalha, mas logo um sorriso brotou em seus lábios.

- Primeiro que eu não vou passar minha senha para você, segundo, olha pra lá seu pervetido. - O mesmo revirou os olhos e se virou. Peguei um short moletom com uma regata preta e saí rapidamente do quarto para me trocar no banheiro.

Assim que voltei, vi Vicente mexendo em meu computador tranquilamente.

- Ei, como conseguiu acessar meu... - Olhei para o lado e vi meu caderno aberto, onde ficava minhas senhas.

Eu não tenho culpa de ter a memória fraca e anotar minhas senhas em um caderno sem proteção alguma.

- Colocar a data de aniversário não é muito seguro doida. - Sorriu vitorioso. - Aliás ele está bem perto. Vai fazer festa?

- Não curto comemorar meu aniversário, não gosto de festas para ser sincera. - Disse rapidamente enquanto me sentava ao seu lado, na minha cama.

- Resposta errada. - Ele se levantou e ficou na minha frente. - Aniversário é uma data importante, não posso deixar você passar ele em branco.

- Depois a gente resolve isso. - Cortei logo o assunto. - Agora me diga, o que ia me dizer lá no auditório? Você ia falar algo do Diego?

- Não era nada demais, pode ficar despreucupada. - Percebi um leve nervorsismo em sua fala mas decidi ignorar.

Vicente

O Diego me fudeu.

Foram 4 dias muito ruins longe dela, um dos principais motivos é a conversa que tive com Diego no sábado.

"Você não pode falar para ela"

"Eu falei com ela primeiro, você só ficou olhando"

Eu e Diego tivemos uma discussão por ele ter falado aquelas coisas para Mavi dias atrás, ele respondeu que eu não tinha nada haver com aquilo e que já tinha se resolvido com ela.

Na hora eu achei que me afastar dela seria a melhor coisa a se fazer mas foi falho. Ficar cara a cara com ela naquele sofá me trouxe milhares de sentimentos ao mesmo tempo. Me corpo pedia para que a beijasse mas meu consciente pedia para respeitar seu espaço.

Ver ela dormir tão tranquilamente com aquele barulho de chuva, fez me coração bater mais rápido, meus impulsos falaram mais alto, fazendo eu tomar a iniciativade me deitar ao seu lado.

Não tive reações quando acordei e me encontrei em uma "situação" não muito favorável. Há muito tempo não ficava assim por uma garota, e isso confundiu muito minha cabeça, esse foi o motivo pelo qual eu fugi.

- Gosta de música? - Perguntei quebrando o silêncio que havia reinado sobre nós, se continuasse pensando nessas coisas enquanto nos olhávamos, eu não seria responsável pelas atitudes do meu corpo.

- Muito, esse é um dos motivos para eu ter vindo para cá. - Observei um brilho em seus olhos ao falar de música.

Ela caminhou até o canto do quarto e pegou um violão pequenininho que estava encima de uma cadeira.

- O que é esse violão minúsculo? - Perguntei curioso.

- Se chama ukulele. - Disse. - Foi o primeiro instrumento que eu ganhei na vida, da minha falecida avó Maria Rosa. - Explicou. Seu rosto parecia triste ao se lembrar da avó.

- Sinto muio Mavi, não deve ter sido fácil. - A abracei com carinho e a mesma retribuiu.

- Já fazem 5 anos, o sonho dela era me ver aqui sendo feliz, e cá estou eu, creio que ela me vê lá de cima, bem pertinho da lua. - Sorriu emocionada. - Vem, senta aqui do meu lado.

Caminhei com ela até sua cama, ambos nos sentamos.

- Posso escolher uma música para você tocar? - Perguntei.

- Claro que pode, qual?

- Ela é uma música brasileira, minha prima que mora em Portugal me mostrou ela e eu gosto bastante, se chama Tipo- Kunganii.

- Acho que já ouvir falar, vou pesquisar e tentar tocar ela para você. - Dando um sorriso divertido, ela pegou seu celular e procurou a letra.

Assim que ela terminou de cantar, ficou refletindo por breves segundos até ela me olhar no fundo dos olhos e dar um sorriso encantador.

Acho que ela entendeu o recado da música.

Ela tem um poder inexplicável de me deixar vulnerável, eu consigo ser eu mesmo ao seu lado, sem me preucupar com nada.

Assenti para ela como um sinal de permissão, e a mesma retribuiu meu sinal.

Não quebrando o contato visual com ela, me aproximei lentamente, encostando as pontas dos nossos narizes um no outro.

Ela abriu um sorriso muito simpático, e eu fiz o mesmo, dando início em um selinho, que logo se tornou um beijo verdadeiro, cheio de faíscas.

Nossas línguas dançavam em perfeita sicronia dentro de sua boca, tentei ao máximo explorar cada cantinho, até porque não sabia se esse seria o nosso primeiro beijo ou o último.

Só tenho certeza de uma coisa.

Vicente Ferraz está apaixonado.

continua...
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AVISO: Opa gente, depois de muita análise sobre essa história, eu tomei uma decisão. Ela não terá hot.
Motivos: Ao meu ver, esses personagens não combinam muito com hot MAS como eu havia dito um tempinho atrás (no mural de conversa) eu estou produzindo uma história mais trabalhada e será bem provável que terá um hot e etc... Espero que entendam minha decisão e que curtam a próxima história quando for lançada.

●Comentem o que acharam!

●Desculpe-me por qualquer erro ortográfico!

●Deixa a estrelinha!

- Besos, Vivian♡

A Arte do Amor [Concluída]Onde histórias criam vida. Descubra agora