A Arte do Amor [Concluída]

Capítulo 24

Domingo, 13:00.

Acordei ouvindo algo bater em minha janela.

Com um pouco de medo, caminhei até a janela para conferir o que vez aquele barulho.

Um sorriso sincero surgiu em meus lábios ao ver Vicente pendurado na árvore que tinha ao lado da minha janela.

- Não seria mais fácil usar a porta? - Perguntei tentando ajudar o loiro entrar no meu quarto com um pouco de dificuldade.

- Pela janela é mais emocionate. - brincou. - Na verdade a porta tava trancada, e eu não chamei a Carla porque vi ela agarrada com o meu tio lá embaixo. - Respondeu assim que entrou no meu quarto com uma cara de nojo. Eu ri com seu comentário.

- E por que o Vicente aventureiro apareceu aqui a essas horas de um domigo? - Perguntei cruzando os braços sobre meu peito.

- É assim que me cumprimenta? - Ele se aproximou com um sorriso e depositou um beijo na minha testa, logo me abraçou e sussurou no meu ouvido. - Feliz aniversário!

- Obrigada! - Agradeci. - Nem tinha me lembrado. - Comentei, fazendo o mesmo me soltar e me encarar assustado.

- Como você esqueceu seu próprio aniversário? - Perguntou em choque.

- Eu acabei de acordar, leva um tempo até eu começar a raciocinar direito. - Comentei. - Veio aqui só para me desejar feliz aniversário? Que fofo! Nem parece o mesmo Sr. Irritadinho que eu conheci semanas atrás. - debochei.

- Eu nem vou reponder esse seu comentário. - Disse enquanto se deitava na minha cama e pegava o celular do bolso.

- A folga chegou aqui e parou né? - Falei enquanto ia no meu armário pegar uma roupa.

- Tô esperando você ir se arrumar pra gente sair. - Disse enquanto mexia no celular. - Eu prometi fazer você se divertir no seu aniversário.

- Não iria ser estranho a gente sair e minha tia ver você saindo do meu quarto? - Perguntei um pouco nervosa enquanto olhava para ele. O mesmo guardou o celular e veio em minha direção, chegando em mim, ele colocou as mãos em volta da minha cintura e sorriu gentilmente.

- Mi nena, não se preucupa, com sua tia eu me resolvo. - Ele apertou um pouco minha cintura acordando as borboletinhas da minha barriga, me deu um beijo rápido nos lábios e saiu do quarto.

- Acho que estou apaixonada. - Surrurrei para mim mesma assim que ele saiu do quarto.

Vesti uma regata preta básica com uma saia cujo seu comprimento chegava na minha coxa, nos pés, calcei um sapato branco de cadarços arco íris que eu mesma customizei.

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- Não vai me falar aonde vamos? - Perguntei enquanto olhava para Vicente que dirigia seu carro pela cidade utilizando uma mão, enquanto a outra estava descansada em sua perna.

- Já te disse que você é muito curiosa? Pela vigésima vez, já estamos chegando. - Bufei olhando para fora do carro apreciando a vista.

{•••}

- Chegamos. - Alertou, olhei aninimada para o mesmo.

Paramos em frente de um prédio enorme, que parecia muito familiar, mas não conseguir ver muita coisa pois Vicente fechou meu campo de visão com um pano preto.

- Vicente, o que você tá  fazen... - Senti seu dedo pressionar meus lábios como um sinal de silêncio.

- Shhh, confie em mim. - Ele falou com uma voz arrastada no meu ouvido, apenas assenti.

Ouvir a porta do carro sendo aberta e fechada, senti um vento entrar ao meu lado, a mão fria dele segurou a minha me puxando com cuidado para fora do carro.

- Estou seriamente torcendo para isso não ser um sequestro. - Comentei fazendo ele rir.

- E quem disse que não é um? - Falou em um tom divertido que me fez rir.

{•••}

- Agora mais um degrau. - Dando mais um passo, ouvir um barulho de porta sendo aberta, um vento muito gelado invadiu meu corpo fazendo o mesmo arrepiar.

- Chegamos. - Ele soltou minha mão indo até minhas costas, desamarrando o lenço preto que cobria minha visão.

Assim que tive minha vista recuperada, me encantei com o que vi.

Estávamos no terraço de um prédio muito alto, lá na ponta, havia um mesa branca com detalhes em vermelho, acompanhada com duas cadeiras brancas.

- Esse lugar é encantador Vicente, eu amei! Você que arrumou tudo?

- Sim foi eu, mas essa nem é a melhor parte. - ele pegou um controle e apertou um botão azul, ligando uma máquina de bolhas coloridas muito fofa. Ele me levou até mesa, nos sentamos e começamos a fitar o céu, que estava deslumbrante.

- Aqui embaixo fica o salão de festa,  onde a gente se esbarrou pela primeira vez. - Disse, me fazendo virar para encará-lo com atenção. 

Ele deu uma risada divertida antes de continuar falando.

- Eu vou parecer um idiota falando isso mas... - Ele respirou fundo antes de continuar. - Mavi, eu estou... - Meu celular começou a tocar, cortando a frase de Vicente.

- É a Lea. - Cliquei no botão para atender a ligação.

Vicente

O telefone tinha que tocar justo agora que eu iria me declarar.

Não sei dizer se isso é bom ou ruim pois não sei qual seria sua reação. Mavi acha que eu não sei mas eu ouvi o sussurro que ela deu...  Acho que estou apaixonada.

Sua expressão parecia assustada enquanto falava no telefone.

-  Ok... Não, eu estou indo fica calma... Até. - Ela finalizou a chamada me olhando assustada, ela não parecia bem.

Logo me levantei e fiquei ajoelhado perto dela para analizá-la melhor e saber o que ocorreu na ligação.

- O que foi Mavi? Aconteceu algo com a Lea? - Perguntei preucupado.

- Não era a Lea no t-telefone, e sim a Nina. - Ela me olhou em choque. - A Lea sumiu.

continua...
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- Besos, Vivian♡