Capítulo 7
Charlie
Escuto Augusto se levantar e sair do quarto, curiosa com o que ele está fazendo me levanto e o sigo, assisto ele pegar o telefone e sair da cabana, parada na janela escuto enquanto ele conversa com o meu pai e o ameaça. Me divirto ouvindo sua conversa, ele é o primeiro homem que enfrenta meu pai por mim, na verdade, acho que meu pai nunca foi ameaçado por um homem por minha causa.
Sorrindo como uma idiota eu volto para o quarto e me deito, dessa vez pegando no sono com a certeza de que minha família tinha razão, e que de alguma forma temos um tipo de maldição boa, que nos traz a pessoa da nossa vida em momentos confusos.
Acordo mais tarde e vou para o banheiro, faço minha higiene matinal, e me visto. Augusto trouxe para o quarto as minhas roupas, acho que ele tem algum tipo de TOC, o que é fofo para um homem do tamanho dele, depois de me vestir saio do quarto e vou para a cozinha.
Não há sinal do Augusto dentro da casa, ele deve ter ido cuidar do homem na floresta. Dando de ombros vou até a cozinha e preparo o café da manhã. Fazer sexo gostoso tem esse jeito de te deixar animada e com fome, agora entendo o significado de fodida e bem paga, ou é mal paga? Se for mal, não entendi!
Estou terminando o café da manhã quando a porta da frente se abre e Augusto entra, ele está todo sexy com calças de moletom pretas e uma T-Shirt branca que está molhada de suor contra seu peito. Assim que me vê ele sorri e vem na minha direção, mãos no meu quadril e me prende contra a pia.
— Bom dia. — Murmura contra meu pescoço, sua respiração me causando arrepios.
Sorrindo o empurro e olho em seus olhos.
— Bom dia, dormiu bem? — Pergunto, ele ri.
Ok, admito que estou um pouco sem graça nesse momento, essa coisa pós sexo fantástico me deixa um pouco tímida.
— Com você é impossível não dormir. — Me beija com força. — Você está linda.
Sorrio com seu elogio, mas decido ignorá-lo.
— Estava na floresta?
O homem na floresta é uma coisa que precisamos lidar logo, detesto ter alguém pairando sob nossas cabeças, pelo menos enquanto ainda não lidei com a vadia da cidade e o bando de aldeões fofoqueiros.
— Sim, fiquei curioso para ver como ele estava, quando me aproximei estava gritando desesperado.
— Seria legal soltá-lo e deixa-lo correndo desesperado pela floresta? — Penso em voz alta.
— Só se você me quiser longe de casa por um tempo enquanto o rastreio depois. — Diz.
Faço uma careta com a ideia de ficar longe dele.
Augusto me tornou dependente dele de algum jeito maluco estou viciada no homem, e no seu pau fabuloso.
— Quero me livrar do Kaleo de uma vez. — Dou de ombros.
Kaleo é o que meu avô chamaria de "Coração de serpente". Se escondendo por baixo de toda a calmaria, usando ameaças e jogos de manipulação em uma tentativa de esconder o quão covarde é. Não estou preocupada com ele, se Kaleo é alguma coisa, é um verme rasteiro preso sob a bota de um verme ainda maior.
Augusto se afasta, dando a volta na cozinha e roubando um bacon de cima da mesa.
— Vou tomar um banho antes do café.
Me sinto tentada a ir atrás dele, mas preciso terminar o que comecei e já estou pronta para minha vingança. Meu avô sempre me ensinou a aniquilar totalmente os meus inimigos, "nunca de chance ao seu inimigo para se reerguer e tentar te derrubar, a raiva, a inveja e o desespero podem dar a eles energia, e te tornar arrogante e descuidada", isso significa que mesmo aquela idiota da loja de ferragens, por mais que seja um pequeno inseto no meu sapato, precisa ser totalmente eliminada.
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Be Messed - Herdeiros do Crime 5
Roman d'amourHerdeiros do Crime - Livro 5 O que os olhos não veem o coração não sente. Esse é o meu ditado favorito, e não se refere a traição e sim ao fato de que as pessoas sempre esperam o pior dos homens da minha família, os temem e respeitam pelo simples fa...