Capítulo 16
Augusto
Charlie foi até a comunidade acompanhada de sua mãe, e eu sei disso porque garanti que ela teria um rastreador com ela sempre que necessário, infelizmente para Dominic ele não pensou da mesma forma que eu. Outro ponto negativo para ele é o fato de eu não estar disposto a compartilhar a informação, se Charlie e sua mãe quisessem que ele soubesse, teriam dito a ele.
Da mesa forma, permito que Charlie decida se quer me contar ou não o que aconteceu, tenho certeza de que vai querer trocar a informação por outra.
— O que fez hoje? — Pergunto, quando entramos em seu quarto.
Charlie deita na cama e coloca o braço atrás da cabeça.
— Criei alguns problemas para você.
Fecho os olhos, rezando para que não sejam problemas na proporção Charlie, eu poderia medir o tipo de problemas que ela pode me causar e a maior parte deles, se medidos como furacões, seriam uma escala nunca vista antes.
— Não vai perguntar quais? — Diz, divertida.
— Estou com medo. — Admito, fazendo ela rir.
Charlie acha que estou sendo engraçado, e é bom isso, do contrário eu estaria em sérios problemas, porque a verdade é que não estou brincando. Se a Annabelle fosse uma pessoa, poderia facilmente ser alguém como a Charlie, linda e capaz de criar o caos com um simples sorriso.
Vendo que não vou perguntar tão cedo, ela se senta.
— Fui até o lugar onde protege aquelas mulheres, não sei como chama aquele lugar.
— Santuário...
Revira os olhos.
— Meio TWD, o términos, mulheres que matam homens, só é nojento a parte de comer pessoas. — Franze a testa em sinal de desgosto.
Os lugares que sua mente vai nunca deixam de me surpreender.
— Podemos focar no que quer me dizer? — Cruzo os braços e sento na cama.
— Convidei as mulheres para administrar a pousada e trabalharem lá, vão ter um salário, casa e uma vida mais normal fora daqueles muros. — Responde. — A mal humorada, Natali aceitou minha oferta de trabalhar lá e cuidar de tudo.
Charlie sempre arruma um jeito de me surpreender.
— Natali aceitou? — Estou surpreso com isso.
— Sim, ela vai falar com as outras mulheres para organizar tudo. — Dá de ombros.
— Achei que todas gostassem de lá.
Estou confuso.
— E elas amam aquele lugar, foi o primeiro porto seguro que tiveram depois de momentos terríveis. — Explica.
— Mas...
— Viver o resto de seus dias com medo do mundo, presa atrás de muros enormes, não é seguir em frente. — Diz. — Elas precisam recomeçar suas vidas, ter a sensação de normalidade, que as vitimas que chegam constantemente não permitem que tenham. Por isso ofereci o hotel e a pequena cidade, quero que elas estejam seguras, aquela cidade vai ser segura, também quero que tenham um emprego, e possam sair e conhecer pessoas.
— Não sabia que elas se sentiam assim.
Se eu for admitir, nunca me vi conversando com elas sobre qualquer coisa que não esteja relacionado ao trabalho.
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Be Messed - Herdeiros do Crime 5
RomansaHerdeiros do Crime - Livro 5 O que os olhos não veem o coração não sente. Esse é o meu ditado favorito, e não se refere a traição e sim ao fato de que as pessoas sempre esperam o pior dos homens da minha família, os temem e respeitam pelo simples fa...