Capítulo 12

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Capítulo 12

Augusto

Estou divertido com a atitude do Dominic, ele pensa que dirigir em alta velocidade é uma forma de me assustar e se vingar por estar envolvido com sua filha. Quando ele insistiu em vir e disse que queria dirigir, não entendi sua intenção em dirigir tão rápido, depois de um tempo, ficou clara sua real intenção.

Isso vai ser divertido.

Dominic não faz ideia ao tipo de direção que estou acostumado, e se ele acha que seu show vai passar em branco, tenho certeza que existem caminhos mais longos para a mansão Petrov.

Não posso negar que fui um garoto selvagem, e em alguns momentos da minha adolescência, gostava de participar de corridas de rua. Sorte a minha que amo velocidade, infelicidade do meu sogro que sou um fã de retribuição imediata.

Desço do carro, segurando o riso ao perceber que Dominic está me encarando em busca de uma reação. O galpão está em uma área de novos condomínios, destoa da imagem luxuosa que as pessoas desses condomínios tentam passar.

Tem dois homens usando ternos na parte da frente, quando nos aproximamos, eles mexem nas armas em suas cinturas, em uma tentativa de nos amedrontar. Faço sinal para a parte de trás do galpão, ambos acenam e nos seguem.

— Devem pensar que somos clientes. — Murmura Dominic.

Quero rir dele, é claro que acham que somos clientes, quem mais seria estúpido para vir sozinho aqui? Eles têm uma fachada a manter nesse lugar, ninguém além de sua pequena comunidade sabe o que acontece por aqui.

— Uma abordagem discreta é o melhor, não queremos que eles saibam de nós.

Enquanto caminhamos verifico as câmeras em volta, elas são modernas e um tipo de marca utilizado apenas por empresas de segurança. Tem outros aparatos que são vendidos apenas para empresas particulares.

Nos encontramos com os homens no fundo do galpão, eles estão parados em frente a uma porta, junto com outros dois homens. A porta é grande e pesada, com uma corrente enorme do lado de fora. Duvido que seja para manter as pessoas fora, é mais para mantê-las dentro.

— O que podemos ajudar? — O homem da porta está segurando um fuzil.

— Fiquei curioso com o seu negócio, estou pensando em investir na sua mercadoria. — Dominic estende a mão, deixando o homem de negócios vir a tona.

— Conheço você, Dominic Petrov, não é?

Dominic apenas levanta a sobrancelha, como se estivesse mais incomodado por não ter sido reconhecido antes, do que qualquer coisa.

— Se precisa que eu confirme minha identidade, então seu chefe não te instruiu direito. — Responde. — Estou aqui para fazer negócios, não ficar jogando conversa fora.

Simples assim, os homens acenam e abrem a porta, nos permitindo entrar.

O galpão por dentro parece um dormitório enorme, com colchões sujos e finos no chão, perto da parede, tem correntes presas as paredes, e essas correntes estão contendendo mulheres e adolescentes, crianças de até uns doze anos. Todas estão com roupas rasgadas, sujas, algumas tem sangue seco em seu rosto ou roupas.

Estou pronto para matar esses idiotas e tirá-las daqui, mas se eu quiser chegar em quem matou minha irmã, preciso agir com calma, usar a cabeça e deixar as emoções de lado.

— Quanto ele quer? — Pergunto.

— As mais novas são mais caras, cinquenta em cada, as mais velhas, são mais usadas e estão sendo vendidas por quinze. — O idiota da metralhadora diz.

Be Messed - Herdeiros do Crime 5Onde histórias criam vida. Descubra agora