Negócios negócios, amor a parte

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Sehun não era homem de sentir medo na presença de outros homens, o pai tinha sido sábio o suficiente para ensinar o filho exatamente onde se meter. Era um rapaz bonito e bem humorado e isso podia causar certa confusão no meio que trabalhava, muito não o levavam tão a sério. Muitos de fato poderiam receber isso como uma ofensa, mas Sehun era esperto o suficiente para entender que ser confundido como um bobo era muitas vezes melhor. Era como arquitetar um jogo onde ninguém o consideravam sequer um jogador, sendo ele quem ditava as regras.

Fora esperto o suficiente para em entregar as fotos para o filho do senhor Bae, porque sabia que seria retribuído, e na sua rápida linha de raciocínio, era claro que o mais velho selaria uma união entre as duas famílias. Pois não haveria modo melhor de guardar um segredo, e resolver logo o problema de Joohyun com mulheres. Sehun tinha ganhado o jogo antes mesmo de Joohyun pensar em selecionar suas cartas.

Oh Sehun estava sentado em uma das poltronas no escritório do senhor Bae, esperando pelo encontro que foi apenas avisado que teria. Observava bem cada detalhe da sala, e nem de perto parecia com a do próprio pai, ali era bem menor, como toda casa daquele homem. Apesar de grande, não havia extravagância exagerada, ela tinha um toque de lar em todos os cantos. O escritório era o único cômodo que os trazia para a realidade dos negócios, e ainda sim exibia por todos os cantos fotos dos familiares. Sehun pensou como teria sido crescer naquele lugar.

- Oh Sehun – Uma voz seca grossa e bastante firme foi ouvida pelo cômodo, e o jovem se levantou com pressa e um pouco desajeitado, apesar de se manter elegante no terno bem cortado.

- Senhor Bae – Disse em uma breve referência – Me pediu para encontra-lo, é uma honra, senhor.

O mais velho observava o homem anos mais jovem, um rapaz bonito como o próprio senhor Oh tinha sido em sua melhor época. Claro que carecia em inteligência, diferente do pai, que era ótimo consultor para o Bae. O que parecia, no entanto, era que o jovem rapaz não passava de um menino privilegiado que nasceu entre o dinheiro e não quis revelar nenhum talento, achando mais seguro esperar o repouso do pai para assumir seus negócios. Nada que impressionasse Bae. Esperava de Oh Sehun uma melhor impressão que a menina Kang, essa que de fato chamou a atenção do velho que gostava de pessoas com personalidades fortes.

- O chamei porque me agradei da devoção que demonstrou a minha neta.

Sehun sorriu ligeiro, esperava por aquelas palavras, mas ainda sim se sentiu revigorado sabendo que fez uma escolha melhor do que apenas deixar as fotos em qualquer jornal. O senhor Bae era um homem admirável, temido por muitos, ter sua figura atrelada ao mais velho era sem dúvidas uma vitória sem precedentes.

Sehun não pôde deixar de se dar os créditos de ter consigo se aproximar da difícil Bae Irene, ela lhe renderia frutos maiores do que poderia contar. Sua beleza e encanto era um bônus em tudo isso. Se lembrou de como se sentiu traído quando Bae Taeyeon foi embora, pois foi logo antes dele planejar uma aproximação. Ainda sim, Joohyun se apresentou como uma triunfante saída tangente. Oh Sehun sabia que pela primeira vez na vida estava gostando mesmo de uma mulher, e que ela não escaparia nunca de suas mãos.

Aquela mulher já o tinha desprezado o suficiente, os jogos se tornaram cansativos para Sehun, e seu ego já estava ferido demais para que deixasse tudo isso passar. Irene seria dele.

- Senhor, eu faria qualquer coisa por sua neta – Disse em um tom emotivo e exagerado – Senhor, não é culpa dela que aquela fotógrafa parasita tenha aparecido, veja bem, é uma menina pobre que se encantou pelo nosso mundo – Planejava continuar seu longo discurso que acabaria em uma babação para o lado da família Bae, e o mais velhor sabia. Por isso levantou a mão em uma exigência silenciosa para que parasse de falar.

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