Capítulo 10

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No dia seguinte, após a noite mais bem dormida de Helena, a garota decidiu colocar seu plano em ação.

Não era nada muito elaborado, apenas se aproximaria de seu "noivo" e tentaria descobrir o que lhe incomodava.

Começou logo após o café da manhã. Sua mãe e ela foram autorizadas pelo Conde Hawise à desfrutarem das áreas comuns da casa e seus arredores. Estavam livres para descobrirem seu novo lar, respeitando certos limites, é claro, como sua ala pessoal e o lado de fora dos muros.

Estavam presas, porém libertas para fazerem o que bem entendiam, dentro de sua mais nova prisão.

Após o desjejum, Helena foi até o jardim lateral, para onde viu que o rapaz se encaminhara. Ao chegar lá, o encontrou treinando esgrima contra um oponente imóvel, de madeira maciça.

Pirragueou, o interrompendo.

— Pois não? — o rapaz tirou seu capacete. A inexpressividade no rosto do rapaz não acompanhava a intensidade em seus olhos. Faziam Helena se lembrar de uma velha amiga.

— Você é muito bom nisto, não é?

— Suponho que sim...

Silêncio.

— O que deseja? — ele voltou a falar.

— Bem, eu gostaria de conhecê-lo, já que em breve estaremos... casados.

— Não acho que seja necessário.

— Como?

— Não seremos cônjuges, de fato. Não tem que se preocupar em conhecer-me além do necessário. — ele se virava para ajeitar seu equipamento.

— Sequer sei seu nome. — a garota disse e ele parou no lugar.

— Randall.

— É um prazer, senhor Randall.

— É. O prazer é meu, ... — ele não sabia o nome dela.

— Helena. — sussurrou para ele, de forma adorável.

— Bem. Agora já sabe meu nome, e eu já sei o seu. Está satisfeita?

— Um passo de cada vez. Talvez possamos nos entender... Quem sabe sermos amigos, um dia. — sorriu para ele — Deixarei que continue seus treinos, Randall. — virou-se e deixou o rapaz. Ele parecia tímido demais para alguém tão popular.

Helena então, fez como sua mãe, e se perdeu na mansão. Nem se quisesse, trombaria com Joana naquela residência enorme.

Estava subindo um lance de escadas, quando escutou passos apressados atrás de si.

— Senhorita! Senhorita Helena. — a moça, talvez com sua idade, respirava com dificuldade.

— Você está bem?!

— Sim, senhorita, eu só... — puxou o ar com força e seu pulmão fez um barulho alto — tenho alguns problemas para respirar.

— Oh, desculpe por não te ouvir. Posso te ajudar?

A moça a olhou como se um terceiro olho tivesse nascido em sua testa.

— Não, senhorita, oras! Eu é quem devo lhe ajudar! Devemos tirar suas medidas para o vestido, imediatamente!

— Vestido... Oh, é claro! Vestido para o casamento!

— De certo! Acompanha-me, por favor.

Então, Helena a seguiu até um outro cômodo, onde mais mulheres se dispunham, enfileiradas, lado à lado.

Prometa-me / [versão não revisada]Onde histórias criam vida. Descubra agora