Após três dias do ocorrido, que foram passados em tensão, Alexandre retornou ao seu posto.
Agnes e Helena ficaram na antiga casa do Conde Hawise, até que tudo fosse providenciado.
Muitas reuniões discretas foram feitas, com Alexandre, o rei e as duas mulheres. Tudo para que tudo estivesse muito bem resolvido. Alguns contratos foram redigidos por Pietro e assinados pelos envolvidos.
Agnes e Helena mantinham suas bocas fechadas, em troca de proteção e de estarem cem porcento abastadas, pelo tempo em que o contrato perdurar.
Foi uma longa viagem, mas, após um dia inteiro na estrada, Agnes conseguia ver a construção de pedra.
Era um terreno esplêndido. Havia diversos tipos de plantações, um lago enorme e alguns currais, além de um celeiro e claro, a casa principal.
Descarregaram a carruagem com as malas, adentrando o local com pressa.
Enquanto Agnes se encarregava de acender a lareira, Helena matava sua curiosidade sobre a casa. Entrava em todos os cômodos, que estavam perfeitamente limpos e arrumados.
Ao retornar para a área social, ambas se sentaram no grande tapete que havia à frente da lareira.
— Aqui é bem bonito. — Helena dizia, enquanto se aconchegava nos braços de Agnes, que usava um cobertor do cômodo, para cobrir ambas.
— É.
Helena percebeu que Agnes tinha os olhos perdidos em alguma canto, distraída.
— Você está bem?
— Sim, sim... Ai! — a mulher exclamou, quando sentiu um belisco em seu braço — O que foi?
— Você está longe, já tem um tempo. O que está havendo?
— Não se preocupe, só estou pensando.
— Agora que teremos que ficar desaparecidas, você terá bastante tempo para pensar. — sorriu, então deixou de estar sentada e se ajoelhou, de frente para a outra mulher — O que está de incomodando?
— Não...
— Ah, você tem que me deixar ciente! Nós somos... — e parou de falar.
— Somos o quê? — Helena sorriu.
— Depois de você, minha cara. — Agnes revirou os olhos claros. Helena não cresceria?
— Se quer saber, estou me sentindo culpada. — e então o rosto de ambas foram tomados por semblantes sérios.
— Culpada? Pelo quê?
— Ah, Helena... — fez um carinho demasiadamente suave no rosto da outra — Olhe só para nós. Nunca algo dito por aquela imbecil fizera tanto sentido. — se referiu à Milena — De repente você está afastada de tudo e todos, por minha causa! Eu sinto muito por... tudo isto.
Halena encarou o rosto de Agnes, com toda a certeza do mundo que, se não fosse por sua postura impecável, estaria de cabeça baixa, como ume garotinha entristecida. E, subconscientemente, não gostava que a mulher tivesse aquele tipo de comportamento profissional e militar diante de si.
Respirou fundo e segurou o rosto dela com as mãos, sendo os ossos da mandíbula sob o tato de seus dedos.
— Não vê que "tudo e todos" que eu tenho, estão bem à minha frente, Agnes? — encostou sua testa na dela, fechando os olhos — Não quero que pense desta maneira. Estamos vivas, estamos juntas e... estamos muito bem! — sorriu —Por favor, não carregue um fardo que não lhe pertence. Se há alguém que deve se envergonhar de seus atos e sentir culpa, este alguém é Milena.
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Prometa-me / [versão não revisada]
RomanceHá muitos anos, uma adolescente cometera o erro de selar um acordo curioso com uma criança. Acordo este, onde não via importância ou malícia alguma. Oras! Não é verdade que temos que dizer sim aos pequenos, para não chateá-los? O que a jovem não sa...