Capítulo 18

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Alexandre notou a face... travada de Agnes. Olhando para Randall e sua esposa irem embora, a menina parecia incrédula.

— Agnes... — se aproximou dela.

— É ela.

— Quem?

— Helena.

Alexandre demorou um tanto para processar.

— Hele... Helena?! — arregalou seus olhinhos bonitos para ela, que olhava para a grande porta por onde a mulher havia passado. — Como a conhece?

— Ela foi uma amiga na infância. Filha de minha governanta e aluna de minha mãe.

Certo. Informação demais para apenas cinco segundos de fala de sua pupila.

A filha de sua governanta era a esposa do erdeiro do condado, e também era a mulher por quem havia se apaixonado. Como Alexandre deveria se sentir com esta enxurrada de novidades?

Quando estava na academia, era péssimo em conversar, se enturmar e ser alguém sociável, então, Pietro teve a brilhante ideia de recomendá-lo que: "quando não souber o que fazer, pense no que eu faria.". Nunca pareceu um bom conselho e, rendeu um soco no ombro dado por seu amigo impaciente.

Naquele momento, Alexandre decidiu que faria uso deste conselho. Nunca admitiria à ninguém, mas pensou no que Pietro faria e chegou à uma única conclusão absurda.

— Por que não vai até ela?

Agnes virou seu rosto para ele, com rapidez. Não esperava ouvir aquilo.

— Acha que eu posso?

Não. Seria um escândalo se vissem uma mulher vestida de homem correndo até uma mulher casada com alguém tão importante.

— Apenas... Apenas vá, sim? Nos encontramos na carruagem.

Não foi preciso dizer duas vezes. Agnes não correu, mas bem que queria. Andou com passos largos, o mais rápido que pôde até a parte exterior do palácio. Desceu às escadas, procurando por Helena.

Quando chegou ao último degrau, avistou apenas carruagens deixando o local. Teve vontade de gritar por Helena, mas não queria dar mais trabalho ao seu tutor.

O mesmo sentimento de repressão passava por Helena. Estava vendo Agnes parada ao pé da escada procurando por ela, quis chamá-la, mas seu sogro bêbado e mal humorado estava sentado à sua frente. Decidiu voltar na mesma carruagem que seu filho, por motivos desconhecidos, então, não queria irritá-lo e causar problemas.

Helena tivera uma visão que nunca imaginou de Agnes. Gostaria de conhecer novamente aquela pessoa, conversar e poder olhar para ela com atenção.

A mulher ficou com aquela imagem na cabeça. Agnes parada, procurando por ela. Linda e diferente como nunca.

"Sabe-se lá quando nos veremos novamente.". Foi o que ambas pensaram.

Ao voltar para a academia, Agnes estava com o peito apertado. Em anos, viu a pessoa que ocupava seus pensamentos na maior parte do tempo, e não pôde sequer chegar perto dela.

Chegando em casa, nem ela, nem seu professor falaram muita coisa. Estavam exaustos e com muito barulho em suas próprias mentes, precisavam de silêncio e descansar.

Helena também se deitou com a cabeça cheia e o coração angustiado, preenchido com nostalgia.

O destino é um desgraçado. Daria um jeito de juntá-las novamente, mas à que custo?

N/A: E, por hoje terminamos, migos! Obrigadinha por lerem o capítulo anterior e esperarem por esse. E obrigada também por terem tido paciência com o começo da história, sei que foi longo, mas amanhã, hein...
Até amanhã 🖤

Até amanhã 🖤

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Prometa-me / [versão não revisada]Onde histórias criam vida. Descubra agora