BÁRBARA, point of view
Penn State — PensilvâniaA primeira pessoa que eu vi assim que pisei no campus foi Kyle. Ele veio diretamente até mim, deixando um beijo em meus lábios e andando comigo pelo gramado da universidade. Todo mundo olhava diretamente pra mim.
— Tem planos pra hoje a noite? — Ele pergunta, andando comigo debaixo dos seus braços.
— Hm, acho que não. — Minto, eu tinha. — Porque?
— Quer dormir lá em casa essa noite? — Ele pergunta, olhando para mim esperando uma resposta. Eu sabia que a última coisa que faríamos quando entrássemos lá era dormir, mas mesmo assim eu disse:
— Pode ser.
Ele sorriu, e assim seguimos para dentro do prédio. Andamos pelos corredores largos de Penn State e nos despedimos assim que a minha sala (a primeira) apareceu no nosso campo de visão.
Graças a deus, esse período Victor não estava. Eu estava estudando direito penal, e Victor também. Pelo que eu percebi, contando os anos que ele já está aqui, ele vai pra faculdade de direito antes de mim. Então é provável que daqui a dois anos eu nunca mais veja ele.
Meu professor de introdução ao direito começou a falar sobre a matéria. Era a minha segunda aula dele, então eu estava tentando me concentrar ao máximo e tentar anotar tudo o que ele falava (a lousa estava no em branco, mas além dele falar muito, ele falava rápido).
Graças a Deus, meus quarenta e cinco minutos de Introdução ao Direito passaram voando, e às nove e meia eu sai da sala. Precisava encontrar alguém com carro, porque esse meu período era vago e eu queria comer alguma coisa.
— Tainá, Tainá! — Eu digo, ela estava de costas para mim, então eu estava andando rapidamente. — Você veio com seu carro hoje?
— Não, eu vim com Peter. — Ela diz. Eu até pediria o carro dele emprestado, mas eu mal conheço o cara. — Eu acho que Victor veio.
Ótimo, porque eu não me surpreendia? Me virei novamente para Tainá e voltei a perguntar:
— Você sabe onde Kyle está?
— Eles tem treino agora. — Ela diz, se virando pra mim. — Peter fazia basquete no primeiro ano. Era uma merda.
Porra, então a única opção restante era Victor. Eu até que decidiria ir a pé se não estivesse um sol escaldante lá fora (mesmo no começo de outono, tinha dias que fazia muito calor ali. Aquele tempo era doido).
— Vou chamar o Vic pra você. — Ela diz, entrando na primeira sala que vê, e minutos depois, ela sai com o garoto, o segurando pelo braço. — Pronto, seu escravo.
— O que você quer, Novata? — Ele pergunta.
— Quanta falta de educação. — Ironizo — Eu só quero uma carona até o Starbucks da cidade.
O campus de Penn State era tão grande que nem era considerada um Campus, e sim uma cidade universitária. Era mais caro morar fora do alojamento, então na cidade universitária era mais comum morar os jovens que trabalhavam pela cidade.
— Vamos logo, eu tenho psicologia no próximo período. — Momento errado para saber que vamos cursar a mesma coisa. Meu próximo período também era esse.
Saímos no estacionamento do prédio principal e Victor me guiar até uma BMW preta, estacionada bem à frente da entrada principal do pátio.
— Porque você escondeu esse carro de mim por tipo, duas semanas?
— Porque eu sabia que você ia pedir pra fazer isso. — Ele diz. Ótimo. Além de me achar dependente dele, agora eu também era interesseira. — Rápido, não quero me atrasar pra psicologia.
Ignorei o fato de que ele já tinha me falado aquilo e entrei no carro. Victor arrancou da vaga cantando pneu e eu vi todas as pessoas ao redor do jardim do prédio principal pesarem seus olhares sobre mim. Momento errado para se ter um carro conversível que pertencia a Victor Augusto.
Mas por um momento, me senti importante, e tive vontade de gritar para aquelas garotas invejosas que começaram a falar de mim algo como "Isso mesmo que vocês estão vendo, eu estou do carro dele e transei com ele". Mas em vez disso, permaneci calada até chegarmos ao Starbucks da cidade universitária.
[...]
— Bárbara!
A atendente do café gritou, e em um pulo sai da mesa e andei apressada até a mesa de Victor. O café não tinha demorado muito, apenas uns 10 minutos. Ainda tínhamos 35 até voltar para o prédio.
— Tem certeza que não vai querer nada? — Digo, depois de me aproximar de Victor. Ele já me esperava em pé na porta de entrada. Até me surpreende quando ele abriu pra mim e não disse simplesmente "se vira".
— Não, eu roubo um pedaço do seu.
Reviro os olhos e entro no carro sem ajuda dele. Coloquei o suporte de papelão em cima das minhas coxas, e comecei a comer uma das três rosquinhas que pedi. Augusto, sendo o grande pau no cu que é, roubou o último pedaço da rosquinha de minhas mãos.
Não contestei, porque logo em seguida uma música que eu gostava muito começou a tocar no rádio. Era All I Want is You, do U2.
— Meu Deus do céu. — Digo — Victor, aumenta o volume por favor.
Ele me obedeceu, e o som no máximo começou a estourar na caixa de som. Enquanto eu comia o restante das coxinhas e tomava meu frapuccino, surpreendentemente Victor começou a cantar a música junto comigo.
Eu sorri, aumentando a voz junto com ele, até que em certo momento, nós dois começamos a cantar a letra da música como se aquela fosse a nossa única chance restante de cantar.
Como o carro era conversível, eu consegui levantar as mãos pro céu, enquanto meu cabelo esvoaçava no vento gelado de outono. Algumas folhas secas começaram a voar sobre a gente, e eu senti que aquele momento era mágico.
— Sabe o que podemos fazer agora? — Victor diz, por cima da música alta que tocava.
— Matar a aula de psicologia. — Ele fala. 'e olhando com um sorriso ladino nos lábios. — E ficar juntos no seu dormitório.
— Você quer dizer sexo? — Digo, e ele me olha espantando.
— Não necessariamente. — O castanho escuro responde. — Se você quiser, quem sou eu pra negar. Mas podemos fazer outras coisas também.
Eu estava escutando isso mesmo? Victor Augusto queria ficar comigo no mesmo metro quadrado e não era necessariamente para sexo? Socorro, acho que vai cair um temporal hoje.
— Tudo bem. — Respondo em um sorriso. — Eu topo.
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𝟓𝟎𝟓 - 𝖻𝖺𝖻𝗂𝖼𝗍𝗈𝗋
Fanfiction▭▬ 𝟓𝟎𝟓 ⌕ ▸ 𝖻𝖺𝖻𝗂𝖼𝗍𝗈𝗋 𝖿𝖺𝗇𝖿𝗂𝖼𝗍𝗂𝗈𝗇. ─┈ ❝ 𝘍𝘪𝘤𝘢𝘯𝘥𝘰 𝘭𝘰𝘯𝘨𝘦 𝘥𝘰 𝘲𝘶𝘢𝘳𝘵𝘰 505, 𝘷𝘰𝘤𝘦̂ 𝘯𝘢̃𝘰 𝘴𝘦 𝘢𝘱𝘢𝘪𝘹𝘰𝘯𝘢 𝘱𝘦𝘭𝘰 𝘨𝘶𝘪𝘵𝘢𝘳𝘳𝘪𝘴𝘵𝘢 𝘥𝘢 𝘣𝘢𝘯𝘥𝘢.❞ 𝖥𝗈𝗂 𝖺 𝗉𝗋𝗂𝗆𝖾𝗂𝗋𝖺 𝖼𝗈𝗂𝗌𝖺 𝗊𝗎𝖾 𝖿𝖺𝗅�...