I remember everything

1.7K 190 112
                                    

BÁRBARA, point of view
Peen State — Pensilvânia

— O que você está fazendo aqui, Augusto? — Perguntei para ele, que estava sentado com os braços abertos no meu sofá. Tirei meu casaco de inverno e coloquei em um cabideiro que ali tinha. — Não tem uma namoradinha para agradar?

— Se eu fosse você eu esconderia seu ciúme, da pra ver daqui. — Ele ri. Meu Deus, eu odiava esse garoto. Meu corpo todo era feito de ódio quando ele estava perto de mim.

— O que foi agora, sentiu saudade de mim? — Perguntei, indo em direção a cozinha. Era um espaço comum, então dava pra ver as costas de Victor quando eu estava no balcão.

— Seria mentira se eu falasse não. — Em um sussurro, ele diz.

Um sorriso de escárnio sai dos lábios dele. O garoto não solta nenhuma palavra, e nem se atreve a sair do sofá. Sirvo pra mim em um copo uma bebida qualquer que eu achei, e fui em direção ao sofá, me sentando ao lado dele, mas ainda um pouco distante.

— E onde está seu namorado essa hora da noite? Achava que ia ver ele fazendo a janta na cozinha quando eu chegasse aqui. — Victor debochou. Virei meus olhos com força. Não acredito no que ele está falando.

— Ele não é meu namorado, Victor.

— Ótimo, Mackenzie também não é minha namorada.

Com uma feição de interrogação no rosto, o olho. Meu Deus, eu já disse que nunca vou entender o que se passa na cabeça desse garoto?

Virei o resto da bebida e joguei o copo longe. Queria fazer de tudo para esquecer de quem estava sentado no meu sofá, mas sabia que se eu ficasse bebada talvez eu pudesse acabar parando debaixo do corpo de Victor.

Mas quem eu queria enganar? Eu não era nem doida de mandar ele ir embora também.

— E você já pensou quantas vezes em mim hoje? — Ele pergunta, com um sorriso presunçoso nos lábios avermelhados.

— Umas 200. E todas as vezes foram eu pensando em diferentes formas de te matar. — Respondi.

— Outch! Porque você é assim, Novata? — Ele diz, com aquela voz grave e arrastada dele. — Eu sei que a última coisa que você quer fazer comigo é me matar, amorzinho.

— Você se acha demais, né cara?

Digo, e me levanto do sofá, pegando o copo do chão e indo em direção ao lixo da cozinha. Jogo o copo fora, mas não me atrevo a sair de lá.

— Porque você me odeia tanto, Novata? — Ele diz, com uma voz tediosa.

— Porque você é um grande pau no cu. — Começo. — Você é esnobe, presunçoso, acha que que eu dependo de você e ainda por cima se acha o homem mais gostoso da galáxia.

— E eu não sou, na sua visão? — Eu odiava quando ele levava tudo na brincadeira. Victor agora estava de pé, se aproximando devagar de mim.

— Você nunca leva as coisas a sério, e ainda tem essa pinta de cara engraçado. Você sabe o poder que tem sobre as pessoas e simplesmente usa isso sem consentimento, a além do que vo-

Não pude completar minha fala, já que Augusto me surpreendeu ao selar meus lábios com os seus. Desesperada, pressionei mais nossas bocas, enquanto eu sentia a língua dele batalhando com a minha.

Percebi que estávamos nos beijando a um tempo considerável quando notei que só estávamos de roupas íntimas. De novo. Victor me arrastou para dentro do banheiro do apartamento, me pressionando contra a parede gelada.

— Quero testar uma coisa com você. — Em um sussurro, ele diz, ainda beijando meus lábios. Ele tirou minhas roupas, me deixando nua. Entrou na banheira junto comigo e ligou o chuveiro acima de mim.

— Era isso a coisa nova? — Digo, tirando a água dos meus olhos. — Porra Victor, eu já tomei banho com você, caralho.

Puta merda, ele estava gostoso demais. Os fios de cabelo castanho caindo sobre o rosto dele. Levei meus dedos até a boca dele, sentindo os lábios quentes. Depois, trouxe seu pescoço até mim, o beijando.

Fui cortada porque Victor me virou de frente para a parede, deixando minha bunda empinada pra ele. Sem aviso, ele penetrou dois dedos de uma vez na minha vagina, me fazendo gritar. 

Augusto deixava beijos molhados de prazer no meu ombro, e eu só queria cada vez mais e mais dele. Ele entrou em mim devagar, e eu já sentia a força das minhas pernas se esvaindo desde lá. Victor me segurou pela cintura e começou a se movimentar, enquanto eu escutava o som da minha bunda batendo com a pélvis dele.

— Eu quero ouvi você gemer meu nome, Bárbara. — Ele diz, em um sussurro. Segurou os meus cabelos com força e os puxou para trás.

Victor falava coisas sujas no meu ouvido, as quais eu odiaria ouvir de qualquer outra pessoa. Nós parecíamos que estávamos dançando, totalmente sincronizados.

Ele puxou novamente meus cabelos para trás, o suficiente para fazer eu conseguir o beijar mesmo estando de costas pra ele. Victor desferiu um tapa na minha bunda que me fez gritar, mas não soube identificar se foi de dor ou prazer.

— Merda, eu vou gozar. — Ele diz.

— Não tem problema, eu tomo pílula. — Respondi, sem fôlego, me segurando na parede.

Em um dado momento, Victor levantou uma das minhas pernas, deixando meu joelho encostado na parede gelada. Duramos ali, pelo menos mais cinco minutos, até sentir o líquido quente dele me preencher por dentro.

— Você acha que eu não lembro como te fodi no sábado, Bárbara? — Ele sussurra perto do meu ouvido. — Ele não deve lembrar, mas eu lembro de cada pequeno detalhe daquela noite. Cada um.

𝟓𝟎𝟓 - 𝖻𝖺𝖻𝗂𝖼𝗍𝗈𝗋Onde histórias criam vida. Descubra agora