Back to school

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BÁRBARA, point of view
📍Penn State  — Pensilvânia

Primeiro dia de faculdade.

Isso mesmo que você está escutando, hoje é meu primeiro dia de faculdade. Mas não do primeiro ano, e sim do segundo. Estava cada vez mais próxima a data da minha formatura, e mais animada não poderia estar.

Eu andava pelo campus, adiantada para a minha primeira aula do dia. Estava sozinha, vendo as postagens do instagram de Kyle. A estreia dele nos Los Angeles Lakers foi na última sexta, e ele fez doze pontos no seu jogo de estreia.

— Bom dia.

O moreno ao meu lado me fez desviar a atenção para os seus lábios. Encostei os meus nos seus, iniciando um beijo rápido. Todos olhavam para nós. Já tinha virado rotina desde que voltamos de Long Island no final de agosto.

— Bom dia. — eu respondo com um pequeno sorriso saindo pelos meus lábios. Victor passa seu braço por cima dos meus ombros e me trás para mais perto. — Estava vendo as postagens do Kyle.

— Eu soube que ele arrasou no primeiro jogo. — ele comenta, me olhando de relance.

— Sim! Ele vez doze pontos no primeiro jogo.

O assunto morreu aí. Nosso grupo de amigos estava a poucos metros, e agora Morgan estava agarrada ao tronco do namorado. Eu estava particularmente muito animada para tê-la pelo campus.

— É oficial, — Arthur começa a dizer. — todos nós estamos de casal agora.

Olho pela roda. A única sozinha era Larissa, mas o motivo era que a sua namorada morava na capital, e não em State City, como nós. Ela estudava em outra universidade também.

— Eu e Victor temos que ir. — eu falo para os meus amigos na roda. — Temos aula de Ética. Vejo você mais tarde!

Me despedi de todos com um beijo na bochecha, e comecei a caminhar para longe do grupo, agarrada ao braço de Victor. Nós riamos de algo que Arthur havia comentado.

Eu ainda não estava acostumada a estar com ele, na verdade. Era meio assustador o fato que pela primeira vez na vida eu estava feliz ao lado de alguém. Sim, eu sei que nosso começo foi horrível, mas Victor já se mostrou mais do que arrependido de todas as coisas que fez, assim como eu.

Um mar de pessoas se abriu assim que chegamos a sala. As novatas, sentadas nas primeira fileiras do auditório, encaravam Victor como se ele fosse o pedaço de picanha mais suculento que elas já haviam visto. Engoli em seco.

Meu olhar foi ao encontro dele, e pela primeira vez na vida, o vi ter sua atenção totalmente para mim. Ele levou a mão para minha orelha, e colocou uma mecha rebelde atrás da mesma.

— Você não vai mais poder me chamar de Novata. — eu disse, e ele riu, caminhando comigo pelas fileiras.

— Quem disse, Novata?

Eu ri.

É, algumas coisas nunca mudam.

[...]

Era o horário do almoço, meio dia e cinquenta e cinco. Passei minha carteirinha na leitora da moça da cafeteria, e sai assim que a luz ficou verde. O cardápio de hoje era salada, fritas e algum prato estranho que eu não sabia identificar o que era.

Nossa mesa, agora aumentada, ficava no meio do auditório. Lyia, a namorada de Lessa, pediu transferência para cá, e agora todos nós estudávamos juntos.

O Gabriel, Victor, Gs, Arthur, Carolina, Larissa, Tainá, Morgan e eu. Infelizmente Peter não estava mais em nossa companhia, já que Tainá deu um pé na bunda nele no início de julho. Porém, a nova fofoca da faculdade era que Tainá estava saindo com um loirinho, conhecido como Jack, muito amigo de Arthur. Ainda não sabíamos se era verdade ou não.

— Quando vai ser o próximo show? — eu perguntei, roubando um pedaço do tomate da salada de Victor.

— Talvez semana que vem. — é Tainá que responde. — Tenho que ver a agenda dos meninos. Bem difícil ser a agente dele se eles não me contam nada.

A fala foi direcionada para Arthur, que riu. Tainá mandou um dedo do meio para ele e jogou uma das suas batatas fritas na cara do amigo. Morgan riu dele também.

Instantes depois, burburinhos começaram a circular na mesa ao lado da nossa. Ela era grande, tão grande quanto a que estávamos sentados, e estava coberta de meninas. Novatas, e totalmente desesperadas.

Demorei um pouco para saber que estavam falando de nós. Victor parecia que estava em outro mundo, tendo sua mão entrelaçada na minha por cima da mesa, enquanto comia sua salada tranquilamente. Como que ele não sentia o olhar matador em cima dele?

— Sempre foi assim. — ele disse, percebendo que eu estava olhando para a mesa das novatas. — Eu já me acostumei. Nem ligo mais.

— Eu era uma Novata. — respondo.

— É, eu sei. — ele sorriu, se esticando por cima da mesa e selando nossos lábios. — A melhor de todas. Se eu te desse uma faca você me mataria. Por isso que foi você.

— Meu ódio que fez você se apaixonar por mim? — pergunto hilária.

— Não só isso. — ele começa, e leva uma garfada de salada para a boca. — O fato de que você constantemente dava pra outro cara também ajudou muito.

— Victor!

Ele solta uma risada, mostrando aqueles dentes perfeitos. Ele cruza os braços, e olha de relance para as mesas das meninas ao nosso lado, dá um tchauzinho, e volta sua atenção para mim, sibilando um "Quer ver uma coisa?".

— Foi mal, gatinhas. Mas eu já tenho uma namorada!

Victor aponta para mim, e depois volta a sorrir paras as garotas, que agora me olhavam cheias de ódio. Eu ri, e ele me acompanhou.

— Sou só seu, Linda. Não precisa se preocupar com ninguém.

— Quanta baboseira! — Arthur exclama do outro lado da mesa, e Victor manda um dedo do meio para o amigo. Todos nós riamos.

Victor estava com um sorriso aberto de orelha a orelha, e uma das mãos ainda estava entrelaçada com a minha por cima da mesa. E ele olhava para mim. Ele me fez do mundo dele.

E foi exatamente aí que eu percebi que estava, cegamente, perdidamente, fortemente, apaixonada por Victor Augusto.

𝟓𝟎𝟓 - 𝖻𝖺𝖻𝗂𝖼𝗍𝗈𝗋Onde histórias criam vida. Descubra agora