Talvez uma viagem buscando a tranquilidade não tenha saído como planejado.
Isabelle veio ao Brasil em busca de sossego de seus pais controladores, mas talvez por aqui não seja tão sossegado assim; ainda mais quando ela se envolve com um surfista gat...
Tinham se passado seis dias desde o meu aniversário, amanhã já era véspera de Natal e meu pai voltou para Nova Iorque, fomos levá-lo no aeroporto pela manhã. E com "fomos" quero dizer eu, Vitória e Arthur, pois é, Arthur. Ele começou a frequentar a casa de tia Carol durante esses dias, ela gostava muito dele, Vitória já estava mais que acostumada com a presença dele em casa, porém Anthony, desde a noite que Arthur me trouxe flores, não falava mais comigo e eu fazia questão de cumprimentá-lo e ele só acenava com a cabeça. Voltou a sair muito cedo e voltar muito tarde, eu quase não o via mais.
Voltamos pra casa e Vivi estava super animada para arrumar tudo para ceia de Natal, os Jones pegaram o habito de fazê-la do dia 24 para o dia 25, mas continuavam decorando a casa o mais "norte-americano" possível.
Arthur não ficaria o Natal em Angra, a noite ele iria voltar para a casa na mãe e ficar por lá.
- Sabe, eu bem que gostaria de passar com você aqui - disse ele sentado na minha cama enquanto eu escolhia o vestido para amanhã .
- Acho melhor você ir pra casa - disse olhando para o espelho intercalando dois vestidos - você já está aqui a muito tempo, sua mãe deve sentir sua falta.
- Mas - ele me abraçou por trás - eu tenho 21 anos, minha mãe não tem que se preocupar - e beijou meu pescoço.
- Pois eu digo pra você ir - continuou me beijando - e voltar no ano novo - sai por baixo de seu braço.
- Okay, volto e passo o ano novo aqui com você - se aproximou - ou você passa comigo na casa do meu pai - sorriu.
O encarei, não sabia se estava falando sério, então Vivi entrou.
- Belleeee - o drama estava ligado, ela jogou uma pilha de roupas em cima da minha cama - me ajuda a escolher - fez um biquinho.
- Sabe que eu poderia ter ido até seu quarto né - ergui a sobrancelha vendo todas as roupas em cima da minha cama.
- O seu quarto é maior - não me olhou, começou a separa os vestidos das calças.
- Essa é minha deixa - Arthur segurou minha cintura e beijou minha testa - deixei um presente pra você - me beijou e saiu.
- Seria lindo se não fosse trágico - Vivi disse - fariam um belo casal se você quisesse algo mais sério, ou pelo menos não voltasse pra Nova Iorque - fez uma pausa e eu não respondi - você vai voltar né Belle?
- Cla... - pensei - claro que vou - sorri forçadamente e Vivi assentiu.
[...]
24 de dezembro...
A casa estava encantadora, tia Carol havia a deixado ainda mais bela. Uma arvore linda e branca estava bem ao lado da mesa de jantar, completamente decorada e brilhante.
Já era por volta de 20h e os amigos da tia Carol começaram a chegar, ela tinha avisado que algumas pessoas costumavam passar o Natal por lá. Só não imaginava que eram tantas pessoas. Vários advogados e juízes, executivos e todas as pessoas que trabalhavam com ela. Todos vestidos como se estivessem em um evento de extrema importância, ainda bem que Vitória me ajudou a escolher o vestido, ou então eu seria a Cinderela antes da fada madrinha.
Tia Carol e Vivi desceram as escadas pra receber todos os convidados e elas estavam lindas. Na verdade nós estávamos fantásticas.
Vestido da tia Carol
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