Aprovada!

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Belle

A festa ainda se estendeu pela quarta e também na quinta. Eu e Arthur ficamos grudados até o último dia quando deixou a mim e Vivi em casa na sexta pela manhã. E bem aconteceu...

- FINALMENTE! - minha amiga gritava no meu quarto - sinceramente achei que teria que trancar os dois pelados em algum cômodo daquela casa.

- Você aceita um microfone Vitória? Provavelmente o resto do condomínio ainda não te ouviu!

- Aaaah! - me tampou uma almofada e sentou do meu lado na cama - não seja chata Belle. Me conta, como foi?

Ela me olhava com o maior olhar de animação que ela poderia ter.

- Foi... - fiz uma cara de decepção e ela respondeu com uma careta e fazendo um sinal de "pequeno" com a mão, com quem diz "era assim?" - NÃO VITÓRIA! - tampei a almofada caindo no riso. - Foi bom, muito bom! Arthur é... - suspirei me jogando na cama - perfeito, até demais.

- Tá bom, príncipe e blá blá blá - deitou do meu lado - mas era... -colocou um tamanho de distância entre as mãos.

- É - analisei a distância - isso mesmo.

Vivi fez um barulinho de peido com a boca.

- Desafio de nível normal amiga, triste... Mas, como foi que rolou? - se apoiou em um braço virada pra mim - Foi naquela hora que vocês sumiram na quarta a tarde né? - me deu um sorriso maléfico.

- E a noite também - fingir pensar um pouco - Ah! E quinta de manhã. - devolvi o sorriso.

- ISABELLE MILLER! - me deu um tapinha - QUA DANADA VOCÊ!

Dei de ombros e caímos na risada.

- Meninas, o almoço chegou! - Tia Carol chamou do último andar. Descemos depressa e sem perceber parei frente a porta de Anthony, tia Carol disse que ele não tinha voltado pra casa mas, também não ficou o fim de semana no lual, ele tinha essas manias, sumia quando tínhamos algum momento de seriedade.

- Belle? - Vivi me cutucou - o quê está esperando? Vamos!

Terminamos de descer até a cozinha.

[...]

1 semana depois...

- EU NÃO ACREDITO QUE VOCÊ NÃO ME CONTOU VITÓRIA!

Eu queria matá-la. Estávamos as três na mesa, eu, Vitória e tia Carol. Um envelope no centro era o motivo do meu surto.

Acordei um pouco mais tarde e encontrei as duas em completo alvoroço andando de um lado para o outro na sala. Quando descobri o motivo tive essa reação.

- Era pra ser uma surpresa Belle, okay? Fiz a prova e pedi o direito como cidadã americana. Mas fiquei sem resposta, não queria alimentar falsas esperanças.

- Como você não deixou ela me contar tia Carol? - eu estava com raiva mas, animada ao mesmo tempo.

- Vitória queria uma surpresa - ela deu de ombros.

- Urgh! - abaixei a cabeça sobre à mesa - vocês são péssimas.

Então encaramos a carta. Encaramos... encaramos...

- Ninguém vai abr...

Antes que eu terminasse a frase nós partimos pra cima do envelope, quem o pegasse certamente abriria pra ver a resposta primeiro que as outras. Claro que com um tapa na mão aqui e um puxão de orelha aqui, tia Carol ergueu vitoriosa a carta na mão.

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