Boa Noite

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VITÓRIA (VIVI) JONES, 18

VITÓRIA (VIVI) JONES, 18

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TIA CAROL

TIA CAROL

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BELLE

Não conversamos durante a viagem, estava um silêncio constrangedor até meu celular tocar:

- ISABELLE VOCÊ PODE ME DIZER ONDE VOCÊ ESTÁ!!! IGNORANDO AS MENSAGENS E LIGAÇÕES O QUÊ PENSA QUE ESTÁ FAZENDO? - mal era preciso chegar o celular na orelha, minha mãe gritava tão alto que mesmo sem o viva voz até Anthony a escutava.

- Olá mamãe estou ótima e você? - disse sem ao menos chegar o aparelho perto de mim.

- "BEM" É O QUÊ ELA DIZ, ESTÁ VENDO ADAM, ESSA É SUA QUERIDA FILHA, ISABELLE DIGA AGORA MESMO ONDE VOCÊ ESTÁ E EU VOU TE BUS...

- No Brasil mamãe, estou no Brasil okay? - disse com toda calma do mundo, enquanto Anthony segurava o riso ao meu lado.

- BRASIL?? COMO VOCÊ CHEGOU AI? O QUÊ FOI FAZER AI ISABEL...

- Ora mamãe você compra uma passagem pega um avião e viaj...

- VOCÊ SÓ PODE ESTAR DE BRINCADEIRA, ADAM ELA ESTÁ BRINCANDO NÃO É? - a voz dela ficava cada vez mais fina do outro lado da linha.

- Não foi você que praticamente me obrigou a tirar um passaporte pra viajar? Pois bem, viajei - sentia o sangue dela ferver mesmo por telefone - não se preocupe mamãe querida não vim para morar, vim tirar um tempo pra mim antes de ir para a universidade.

- EU NÃO ACREDITO NISSO, "TIRAR UM TEMPO" ISABELLE MILLER VOCÊ NÃO PODE FUGIR DAS SUAS OBRIGAÇÕES, SE VOCÊ NAO VOLTAR EM 24H EU VOU...

- Não estou fugindo de nada, apenas querendo pensar sem interferências de vocês. Não espere por mim pra jantar okay? Já sou de maior sei me cuidar, beijos mamãe - e desliguei, não só a chamada como o celular também, sei que minha mãe me ligaria sem parar.

- Quem diria - Anthony ria ao meu lado - a perfeita Srta. Miller sendo rebelde.
Eu apenas ri de canto assentindo, não queria me justificar pra ele.

[...]

Quando chegamos no condomínio em que moravam em Angra logo já pude ver a casa com os fundos para o mar, Vivi sempre estava no jardim na maioria das chamadas de vídeos que fazíamos, ele era ainda mais lindo pessoalmente.
Desci do carro tirei minhas malas do porta malas e uma figura familiar abriu a porta:

- Belle! - e me abraçou de forma calorosa.

- Oi tia Carol! - disse retribuindo o abraço.

- Fiquei tão feliz quando Vivi disse que viria passar um tempo conosco - ela me soltou e pegou umas das malas entrando na casa - vamos Belle, Vivi saiu mas já deve estar voltando.

Eu a segui enquanto ela se dirigia ao segundo andar da casa. Eu sentia como se já estivesse lá, tantos anos em chamadas e mais chamadas de vídeos com Vivi naquela casa que eu já sentia que era a minha própria.

Tia Carol me mostra a todos os cômodos (por mais que eu conhecesse cada um) e subiu uma escada com um pequeno portão para um terceiro andar, este era como uma mini casa dentro da casa, havia um banheiro e uma mini cozinha e um quarto, tudo aberto e se paredes, apenas a da entrada pela escada.

- Espero que se acomode bem aqui - disse tia Carol colocando minha mala em cima da cama - aqui servirá melhor do que um quarto pequeno e apertado não é - eu assenti e a abracei, ela depositou um beijo na minha testa - vou deixá-la descansar - e se retirou do lugar.

Olhei o ambiente ao meu redor, eu estava em paz... aquele lugar me deixava em paz. Acabei deitando na cama e caindo no sono.

Quando acordei já era noite, desfiz minhas malas e tomei um banho e já coloquei o pijama, desci as escadas e quando cheguei ao primeiro andar ouvi um grito:

- AAAAAAAAAAA - Vivi pulou em cima de mim e caímos nos chão - não acredito que você realmente veio - estávamos abraçadas rindo.

- Eu disse que viria - ela saiu de cima de mim e levantamos - você quase quebrou minha coluna sua louca.

- Mesmo assim é loucura te ver depois de tanto tempo - fomos até a mesa onde tia Carol colocava o jantar - assim, pessoalmente.

- Belle - tia Carol começou - seu pai me ligou, explicou a situação deles lá - ela me entregou um telefone e respirou fundo - ligue pra ele e converse, ele sempre foi mais compreensivo que sua mãe - piscou pra mim.

Jantamos nós três, Anthony não estava em casa. Conversamos muito, rimos muito, contamos muita coisa, parecia que eu estava com 11 anos de novo. Vivi estava contando como quebrou o pé enquanto dava uma de skatista pra um menino do condomínio quando sua mãe se levantou e disse que ia deitar, assentimos e fomos para o quarto de Vivi também.

- Você não vai ligar? - perguntou se sentando na cama e eu sentei ao lado.

- Amanhã, ou depois... - falei de cabeça baixa.

- Amanhã você não terá tempo - disse convencida - vamos a uma festa, na casa da vizinha, depois estará de ressaca comigo.

- Sabe que eu não bebo - disse colocando as mãos em posição de "anjinho".

- Sei bem senhora pura, então cuide para que eu não tire a roupa e pule na piscina - disse se deitando na cama.

- Não vou deixar você cair - falei seria - eu empurro - comecei a rir e Vivi tampou uma almofada na minha cara - fraca igual um cavalo.

Assistimos TV e Vivi acabou dormindo, sai do seu quarto e desci até a cozinha pra pegar água quando cheguei e Anthony estava sentado no banco e a cabeça deitada sobre a ilha, um capacete de moto estava ao lado dele, não disse nada, pra mim estava dormindo, então fui até o bebedouro.

- É falta de educação não cumprimentar as pessoas Isabelle - disse erguendo a cabeça - ainda mais quando se está na casa delas.

- Achei que estivesse dormindo - tomei a água e deixei o copo na pia e ia saindo da cozinha quando ele segurou minha mão.

- Estou esperando - se levantou se aproximando e ficou na minha frente, ainda segurando minha mão, ele era alguns centímetros mais alto que eu e estava perto demais.

- Boa noite Anthony - ele sorriu e apertou minha mão e eu soltei dele saindo da cozinha enquanto subia a escada ele veio atrás.

- Boa noite Isabelle - sorriu e entrou no seu quarto e eu segui para o meu.

Deitei na cama e peguei meu celular, liguei ele e observei várias mensagens e mais chamadas da minha mãe chegarem. Eu nem sabia como meu pai descobriu que eu estava com tia Carol e pelo visto nem minha mãe sabia onde eu estava se não já estaria toda a CIA e o FBI aqui em Angra voltando comigo para Nova York.

Por fim, disquei o número e liguei...

- Belle?

- Oi papai...

Um Romance de Verão Onde histórias criam vida. Descubra agora