𝐂𝐀𝐏Í𝐓𝐔𝐋𝐎 - 12

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Barulhos de passos e de pequenas coisas caindo a fez despertar de seu sono. Demorou alguns minutos para tomar coragem e abrir os olhos, e quando o fez piscou várias vezes seguidas para que se acostumassem com a pouca claridade que restava do dia.

Percebeu que não estava mais na posição que se lembrava. Normalmente tinha um sono muito pesado, então era dificilmente se mexer quando dormia. Não era sonâmbula e seus pais não tinham como entrar.

Olhou em direção à janela, estava do mesmo jeito que havia deixado, então ele não tinha voltado.

- Finalmente acordou.

Tomou um leve susto pela voz, e de repente, levou a mão em direção ao peito insinuando um pequeno drama.

- Só acordei por conta das coisas caindo. - bocejou coçando os olhos com as costas das mãos.

- Desculpa, me enrolei um pouco no seu banheiro com as coisas que trouxe. - ele disse se aproximando da cama, e se sentando em uma das pontas.

- De boa. Mas como entrou no meu quarto?

- Com duas agulhas. Demorou um pouco mas consegui abrir.

- Por que não me chamou ou ligou? Eu teria acordado.

- Você nem percebeu quando te arrumei na cama. Acho difícil acordar com eu te chamando.

Revirou os olhos soltando o ar pelo nariz. Deitou de bruços ao lado do garoto que começou a acariciar seus fios de cabelo, as vezes ele também ficava enrolando seu cabelo no dedo.

- Então Mitsu, o que veio fazer aqui à essa hora? - perguntou.

- Vim tirar as medidas para o seu vestido. - ele disse simples.

Arregalou os olhos levemente.

- Mas o vestido é só para o final do ano. - levantou e se sentou o olhando confusa. - Ainda faltam cinco meses!.

- Preciso fazer ele logo. As coisas na Toman andam bem difícil esses dias, vou ficar bastante ocupado. Quase não vou ter tempo para minhas irmãs. - ele suspirou jogando a cabeça para trás.

- Se vai ficar muito ocupado não precisa se preocupar com o vestido. - se deitou novamente. - Só te pedi porque disse que estaria livre. Eu vou em alguma loja e compro ou alugo um. - deu de ombros.

- Definitivamente não. Nada contra os vestidos da loja, mas na sua formatura da faculdade eu exijo que seja a melhor de todas. É questão de honra [Nome].

Mitsuya se levantou e se deitou no lado vago da cama. Você por sua vez, levantou de onde estava e se sentou no colo do mesmo. Colocou uma perna de cada lado do quadril dele, ficou se mexendo até encontrar a posição boa em que suas pernas não doessem.

Mistuya não se importou com o que fazia, tinha intimidade suficiente para que isso se tornasse normal entre vocês, porém, ele já percebeu suas segundas intenções.

Sorriu ladino e colocou ambas as mãos em suas pernas acariciando sua pele.

Quando achou a posição que procurava, se deitou no peito dele fechou os olhos e inspirou inalando o perfume doce, mas não muito, enquanto ouvia as batidas calma do coração dele.

- Eu já disse que amo sentir o cheiro do seu perfume? - levantou deixando as mãos apoiadas no peito dele.

- Várias vezes. Mas é sempre bom ouvir você dizendo isso. - disse calmo com um pequeno sorriso.

- Enfim, pretende demorar não é? - sorriu travessa, umedecendo os lábios.

- Não era o plano, mas pelo visto vou demorar um pouco mais do que planejado.

Mitsuya lhe puxou para um beijo, que logicamente não o negou. Suas bocas se encaixaram perfeitamente uma na outra.

Lento e calmo era o beijo de agora. Particularmente sempre gostou de beijo lento e com Takashi ficava ainda melhor. Tudo com ele era melhor.

Uma das mãos dele estava em seu maxilar e a outra ainda em sua perna deslizando para cima e para baixo lentamente causando leves arrepios.

Pediu passagem com a língua que sem delongas ele cedeu. Suas línguas se mexiam em sincronia e suas respirações sem se alterar. Ambos aproveitavam o contato o máximo possível sem alterar a velocidade. Começou a rebolar devagar no colo dele, sentindo a ereção crescer aos poucos logo abaixo de sua intimidade.

Takashi parou o beijo, e agora estava dando beijos molhados, mordidas e às vezes sugava a pele de seu pescoço, mas nada que deixasse marcas apenas pequenas manchas vermelhas que em duas ou três horas já estaria livre delas.

Quando se cansou de seu pescoço voltou a beijá-la um pouco mais rápido dessa vez. Suas reboladas ficaram mais intensas e rápidas. A falta de ar veio a se fazer presente em seu pulmão, mesmo não querendo tinha para o beijo para assim recuperar o ar perdido por conta do esforço.

E assim o fez deixando suas bocas conectadas por um único fio de saliva.

- Realmente vou demorar aqui, mas não com isso. - ele disse.

- Mas por que? - falou com a voz chorosa.

- Tirar medidas realmente leva tempo, e aliás Keisuke não levaria numa boa saber que transei com você de novo.

- Eu já deixei as coisas bem claras entre nós. Nossa amizade é mais importante que tudo, não é só porque fiquei com ele várias vezes que vou deixar de ficar com outros por causa disso. Eu não pertenço a ele e a ninguém, Taka.

Cruzou os braços abaixo dos seios e virou o rosto emburrado, quebrando o contato visual pela primeira vez, mas Mitsuya a fez olhar para ele novamente.

- Eu entendo o lado dele e o seu perfeitamente, mas [Nome], não posso fazer isso com ele.

Takashi disse baixo, por fim dando um selar em sua testa e um selinho demorado. Ele deu dois tapinhas na lateral de sua perna pedindo para que saísse, e assim o fez.

- Não fique com raiva. Tem várias pessoas diferentes por aí, por exemplo....o Hanma?

- Hanma? Como sabe? Como você...

- As notícias correm, amor. Sei até do ocorrido da noite passada...infelizmente. - seu corpo travou na mesma hora. - Não vou comentar nada com o Mikey.

Sua expressão facial relaxou e a tensão que tinha no corpo diminuiu um pouco.

- Só vou te pedir uma coisa em troca. Por favor tome cuidado, você é esperta o suficiente para saber no que está se metendo. Já corre perigo de mais com nós, e com Hanma vai ser maior ainda.

- Obrigado por não contar ao Mikey, e eu sei no que estou me metendo. - sua voz saiu um pouco receosa, e Mitsuya percebeu isso.

- Será mesmo que sabe?

- Bom...pelo menos parte dela sim. - sorriu sem graça, mas logo o desfez. - Eu não sei como tudo isso aconteceu e tomou essa proporção, não queria depender de vocês para resolver problemas meus. Eu nunca quis que nada disso tivesse acontecido.

Lágrimas se formaram em seus olhos, e as que caíam Mitsuya as limpava.

- E tá tudo bem. Não precisa me explicar nada. Eu só te peço para tomar cuidado nas pessoas em quem você vai confiar. - falou em tom sério. - Não hesite em me pedir ajuda ou quando estiver problemas.

- Eu não quero depender de você nem dos outros.

- Ajudar uma amiga com problemas é tão ruim assim para você?

- Não.

- Fim de papo então. - te puxou para fora da cama. - agora vai vestir uma roupa mais fina, porque só saio daqui quando acabar tudo.

Riu com o último comentário indo até seu banheiro tirando a roupa que estava por outra mais fina.

Foi um erro ter confiado nele?

𝐀𝐋𝐋 𝐅𝐎𝐑 𝐔𝐒, Hanma Shuji Onde histórias criam vida. Descubra agora