𝐂𝐀𝐏Í𝐓𝐔𝐋𝐎 - 7

3.5K 488 237
                                    




🎆


Tetta se mantinha parado no mesmo lugar encarando os próprios pés pensando na merda que acabara de fazer. Se antes Hanma era sigiloso com o que fazia agora seria ainda mais, ele tinha que resolver esse problema o mais rápido possível. Resolveria por partes, tudo em seu devido tempo, o que ele não tinha no momento.

Sempre fazendo as coisas por baixo do tapete e tirando qualquer suspeita que poderia ter sobre ele.

Seu principal objetivo agora era se livrar de você. Teria que pensar em um plano bem elaborado e que obviamente ele não estivesse envolvido diretamente.

- Merda!

Bufou chutando uma pedra no chão. Tirou o celular do bolso digitando sem delongas o número já recente nos históricos de chamadas.

A pessoa que Kisaki havia ligado atendeu logo no segundo toque.

- Preciso de um favor seu.

Era uma manhã de terça-feira e você se encontrava indo em passos preguiçosos até sua faculdade, praticamente estava se arrastando na força do ódio como toda manhã.

Ter ficado até tarde não foi uma escolha muito sábia.

As aulas eram as mesmas de sempre, chatas e tediosas, quando chegava o intervalo você dava um perdido em Mia, depois voltava para sala ficava mais algumas horas sentada em sua carteira, dormia e ia embora.

Mas hoje sentiu que o dia tinha se passado mais rápido que o normal. E agora se encontrava indo embora novamente. Chegando na saída da faculdade ouviu sua amiga a chamar desesperada.

- [Nome] aconteceu uma coisa muito séria. - ela dizia ofegante.

- Deixa eu adivinhar, você foi rejeitada de novo? - brincou recebendo um olhar triste da amiga.

- Você jurou que não iria mais falar das minhas tentativas falhas de ter um relacionamento.

- Desculpa. - riu.

Desde do início da faculdade Mia logo quis fazer amizade com você. No início não tinha entendido bem pois a mesma tinha dito que gostou de você logo que a viu e disse que virariam melhores amigas, e com poucos meses isso realmente aconteceu. Poderia ter simplesmente cortado toda empolgação que a morena tinha mas não o fez. Admirava e gostava do jeito de agir e sua empolgação que ela tinha.

Desde então Mia conta todos seus relacionamentos mal sucedidos. Ela se dizia a "gostosa" que todos desejam, e os homens realmente a desejavam, por apenas uma noite ou parceira de foda. Sem sentimentos ou qualquer outro tipo de coisa fosse mútua, além do tesão.

- Acha engraçado uma moça de família tentar ter um relacionamento sério? - negou com a cabeça segurando o riso. - Hm foi o que eu pensei. - começaram a andar pela rua.

- Então, o que aconteceu?

- Sabe o número que você me deu.

- O que tem ele?

- Está errado.

- Como?

- Não sei. Eu tentei mandar mensagem mas nunca chegava e quando eu ligo fala que o número não existe. - ela disse triste.

- Vou ver o que posso fazer. - entortou os lábios, para o lado esperando o carro passar.

- Vou ficar esperando que me mande o número dele. Vou indo nessa, preciso resolver umas coisas.

A mesma deu as costas para você seguindo a rua da esquina que estava parada.

Tirou o celular do bolso e foi procurar o número, quando achou tentou ligar para testar a sorte.

Apertou o botão para chamar e levou o celular até a orelha. Ficou surpresa quando viu que o número chamou já que Mia tinha dito que o número não existia.

Enquanto atravessava a rua, pôde ver Hanma um pouco distante parando olhando para a tela do celular em mãos. Automaticamente parou de andar ficando parada olhando o mesmo dar um pequeno sorriso sarcástico.

- Alô.

- Como assim "alô"

- Ah é você [Nome]. Como conseguiu meu número?

- Eu sou uma piada pra você, Hanma?

- De forma alguma.

Desligou a chamada e começou a andar em direção ao mesmo com passos apressados.

Quando ele percebeu se aproximando o sorriso sarcástico que antes era pequeno agora era maior.

- Você por aqui. Pensei que ainda estivesse na escola ou em casa. - ele disse colocando as mãos no bolso de seu casaco.

- Eu pedi o número do kazutora, não o seu.

- E eu sou obrigado a dar?

- Você poderia simplesmente ter falado não. - bradou já irritada.

- E eu fiz isso, só que diferente.

O olhou incrédula, se virou de costas seguindo o rumo de sua casa, podia ouvir ele rindo quando deu as costas. Enquanto andava às pressas já tinha ideia que Hanma estava te seguindo.

Ele não ligava se você queria ou não que ele a seguisse. Nem ele mesmo sabia ao certo o porquê de estar te seguindo, a única coisa que ele tinha certeza era que gostava de te irritar.

- Tá agora é sério. Vou te dar o número dele.

Olhou para trás e viu Hanma com o celular em mãos. Andou até ele e pegou o celular da mão dele procurando você mesma o contato do garoto. Hanma não pareceu ligar quando pegou seu celular, e mesmo se ele tivesse se importado você não ligaria. Não iria cometer o mesmo erro duas vezes.

Depois de pegar o número devolveu o celular a ele que o guardou em seguida.

- Feliz?! Enfim não ligo, tá afim de ir a um lugar? - estreitou o olhar.

- O que te faz achar que eu vou aceitar? - cruzou os braços abaixo dos peitos.

- E o te faz achar que não aceitaria?

- Tá vamos por partes. A uns dias atrás você apareceu do nada dizendo que iria me sequestrar e misteriosamente desiste. No dia seguinte você me segue de novo além de mandar outra pessoa me seguir, e agora você está me chamando para um lugar com alguém que nem conheço direito e que pode me matar. Quer que eu continue?

- Para de drama. Quem não iria querer ir a um lugar comigo?

- Hanma, você é muito cheio de si.

- Se eu não me amar, quem vai? - você deu de ombros. - Ou você vai ou eu invado seu quarto a noite e te mato sufocada com aquele seu travesseiro de panda enquanto dorme.

- Isso ... foi bastante específico. - franziu o cenho.

- Vejo que chegamos a um acordo. Te mando o lugar que vou te buscar por mensagem. Até mais tarde [Nome].

- Mas que merda?!

Hanma saiu andando sem se importar com o que falava.

Agora tinha um problema muito grande. Hoje Mikey iria dormir na sua casa, e como iria falar para ele que praticamente foi obrigada a sair com o líder da Valhalla?!

Hanma seria um problema daqui para frente.

Era por volta das nove horas e já tinha alguns minutos que estava esperando Hanma aparecer no lugar que tinha mandado esperar.

Olhava constantemente as horas por estar ansiosa.

- Se ele não aparecer em cinco minutos eu vou embora. - falou sozinha.

Segundos depois sentiu uma presença atrás de si. Já se virou pronta para o encher de xingamentos, porém a pessoa não era ele.
O homem era um pouco mais baixo e seu físico aparentava ser mais forte.

- Você não é o Hanma. - fechou a expressão.

- Não, mas sou pior que ele.

𝐀𝐋𝐋 𝐅𝐎𝐑 𝐔𝐒, Hanma Shuji Onde histórias criam vida. Descubra agora