Talvez vocês estivessem pensando que esse seria o capítulo do nosso casamento, não é mesmo? Kkkkkkkkkk
Me desculpem, mas eu ainda tive outras coisas antes do casamento, eu tive crises de ansiedade e eu me sentia uma péssima mãe, desde que Zola parou no hospital, não foi nada fácil para mim, quer dizer, Zola estava bem, estava saudável, mas graças à Patrick que estava lá por ela, e não por mim, porque eu estava em uma droga de loja segurando um vestido!
Depois disso tudo, 2 meses passaram, eu fiquei com minhas filhas, fiquei com elas porque elas são tudo pra mim e eu precisava sentir que era uma boa mãe para elas, precisava sentir que eu estava fazendo o certo, como eu disse, e depois que vocês se tornarem pais, vocês vão entender do que estou falando e quem já é pai ou mãe, sabe exatamente o que é se sentir imprudente, um péssimo pai, uma péssima mãe, porque seu filho caiu, porque se machucou, porque chorou, é uma sensação ruim, difícil, eu me senti assim por meses, até um dia antes do casamento!
Patrick foi um grande pai, namorado, noivo, ele me ajudou com as meninas, eu tirei férias, fiquei 2 meses de férias, me cuidando, cuidando das minhas filhas, cuidando das coisas que eram mais importantes!~trechos do meu diário~
Você vai perceber que sentir angústia sobre fazer o certo ou o errado sempre vai existir, é sim, e isso é quase uma dúvida ancestral de todas as mães quando pensam sobre os filhos: será que eu agi corretamente? Será que eu realmente fiz o meu melhor? Será que faltou alguma coisa? Mas é aí que reside a beleza de uma profunda relação de amor: importar-se com os sentimentos e com a vida daqueles pequenos seres humanos, que certamente você ama, ser mãe pode ser até aflitivo, por isso o melhor é enxergar com naturalidade essa linda experiência, essa oportunidade para descobrir a sua grandeza de amar, de ensinar e aprender, de sentir, de sorrir, de chorar com cada momento, porque todos os momentos são únicos!
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~Tive que trabalhar muito até me considerar uma boa mãe, deixei o escritório de lado, tirando férias, eu e as meninas ficávamos em casa a maior parte do tempo, as vezes iamos no shopping, as vezes iamos no parque, na praça, Patrick dizia que eu não deveria me sentir assim, "as meninas ainda são bem novas" ele dizia, mas isso não tinha nada a ver com a idade delas, e sim comigo, com a minha responsabilidade de ser mãe, de ser alguém que devia cuidar, proteger e amar!
Isso tudo me lembrou de como eu era criada, como meus pais me criaram, como me tornaram uma pessoa traumatizada, medrosa, sem nenhuma expectativa de vida, isso foi difícil, foi doído, eu não queria ser assim com as minhas filhas, nenhum pai quer ser assim pros filhos, eu sei que eu precisei de muita terapia e muito tempo ao lado delas, Ells sempre foi mais calma, tranquila, ela sempre tomava mais cuidado, mesmo sendo bem pequena e sendo a mais nova, Zola era mais agitada, ela sempre me dava um pouco de trabalho, sempre queria brincar mais, na hora de dormir, adivinhem quem ficava fazendo gracinhas? Isso mesmo, Zola... Isso não foi ruim, de forma alguma, isso me fazia ser mãe de verdade, me fazia viver a maternidade por completo, mas isso é no início, bem no início, depois vai mudando, as coisas mudam, suas filhas mudam, e você é obrigada a mudar também, porque você quer estar ao lado de seus filhos, vendo eles crescerem, evoluírem, e é um bom tempo, é uma delícia!
Depois que trabalhei todas as questões, as minhas questões pessoais, eu finalmente voltei para o meu quarto, porque eu tinha saído de lá para dormir com as meninas, Patrick de fato foi um cara paciente, bondoso e super compreensivo, ele sabia que o que eu estava fazendo era para me ajudar e ela queria que eu me sentisse bem, em muitas vezes ele também dormia no quarto comigo, Patrick é um bom pai, nesse exato momento ele está brincando com Ellis no quintal da nossa casa, Zola está na aula de Balé, ele tirou folga para passar a tarde com Ellis, que pediu a ele!
Todos os dias que passam eu agradeço por essa dádiva, por ter Patrick, todos os dias eu agradeço por ele ser quem ele diz ser, por ele me ajudar tanto e me amar mais ainda, mesmo com as inseguranças, medos, aflições, ele continua do meu lado e isso não o faz querer desistir de mim, isso faz ele me amar mais ainda e isso me faz ser mais apaixonada por ele, na noite em que eu voltei para o meu quarto, nós fizemos amor, 3 vezes seguidas, foi incrível, foi gostoso demais, eu sempre vou lembrar daquela noite, porque ele disse os votos do casamento para mim, enquanto eu estava adormecendo, eu ouvi poucas coisas, mas as que eu ouvi foram as melhores, ele me fez dormir tranquila bem ali no peito dele!
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Eu tenho medo do "Eu Te Amo" (Concluída)
Fanfictiontodo mundo um dia ama alguém... Com a renomada advogada Ellen Pompeo não é diferente, mesmo casada, ela nunca havia chorado ou amado alguém de verdade, até conhecer Patrick Dempsey, um estagiário do seu escritório de advocacia!