You Broke Me First || Keisuke Baji

☕︎ Arcade

"Um coração partido é tudo o que restou, eu ainda estou consertando todas as rachaduras..."

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✎...BAJI ON

Minha mente rodava sem parar, o álcool em minhas veias fez com que eu falasse tudo para ela, eu já não aguentava mais guardar tudo aquilo e a nossa briga foi o estopim.

Errei com ela, eu não sou alguém que a merece, sou impulsivo e ela representa a calmaria que não existe em mim, a machuquei e mesmo assim, ela foi me parar naquela briga, ela não deveria se importar mas agora ela está aqui ao meu lado.

O silêncio entre nós era confortável, Mahina encarava o mar, ela mudou tanto e continua linda, eu estava a estava olhando quando Mahina começou a falar.

- Eu queria tentar te entender Baji, nem a pior conta matemática seria tão complicada quanto você. - Ela disse se levantando e me deixando ali.

Cheguei na casa de praia já se passava das oito da manhã, ela não estava em canto nenhum da casa, encontrei minha mãe preparando algo na cozinha. Ela já havia reparado minha presença, se virou lentamente e pensou no que falar.

- Ela foi embora filho, encontrei esse bilhete na mesa da cozinha. - Ela me entregou o papel que de forma rápida ela falava que a mãe dela havia ligado e que precisava voltar.

Decidi não incomodar meus pais no dia de folga deles então apenas peguei as chaves do meu carro e voltei pra casa.

Minha casa ficava perto do campus, assim que eu entrei encontrei Chifuyu falando com alguém ao telefone, eu havia deixado a cópia das chaves com ele, quando eu viajava ele vinha pra cá e ficava com os meus gatos. Eram dois,  Haru e Daiki.

- Que cara é essa? Você não dorme há quantos dias? - Chifuyu disse assim que desligou a ligação.

- Só é cansaço. - Falei me jogando no sofá.

- Sei, isso aí tem nome e endereço, o que rolou entre vocês? - Ele disse se sentando na poltrona do outro lado e puxando Daiki para seu colo.

- Contei tudo pra ela e no dia seguinte a Hina foi embora. - Eu disse enquanto mexia com Haru.

- Cara você precisa dar um desconto pra ela, jogou tudo em cima da garota e agora quer que ela te perdoe do nada? - Ele disse enquanto me encarava.

- Tá tudo muito confuso agora, só sei que ela precisa de um tempo agora. 

- É mas você pode ficar se lamentando depois meu caro, Mikey está nos chamando, contei pra ele que está de volta. - Chifuyu disse enquanto olhava para seu celular.

Com o resto do ânimo que sobrou em mim, levantei e peguei as chaves da minha moto.

Já estava escurecendo quando cheguei na sede da Toman.

Estavam todos presentes, era só mais uma reunião e eu sinceramente não estava ouvindo o discurso do Draken ou as brigas.

Fui acordado dos meus devaneios com meu celular tocando, assim que vi o nome, senti que algo muito ruim havia acontecido, todos olharam para mim.

- Say, o que aconteceu? - Perguntei preocupado, Sayuri estava chorando.

- Baji, a Mahina...levaram ela, quando c-cheguei em casa encontrei o chão da sala estava cheio de sangue e a minha irmã não está em lugar nenhum. - Sayuri estava desesperada e se embolava nas palavras.

Levantei rapidamente e peguei a chave da minha moto. 

- Fica calma, eu estou chegando aí. - Falei enquanto desligava o telefone. - A Yanar, levou a Mahina. - Falei simplesmente para todos os membros da toman que estavam ali presentes

Draken, Mitsuya, Smiley e Mikey vieram comigo, chegamos em cinco minutos na casa da Hina, a porta estava aberta.

Assim que adentramos, vimos o piso cheio de sangue e Sayuri chorando abraçando os joelhos.

Corri até ela e a abracei, ela estava tremendo. 

- A mamãe d-disse que está chegando, o que aconteceu com a Hina, Baji? - Ela falava com o rosto contra meu peito.

- Sinais de luta, a Mahina lutou e se fosse pra apostar, eu diria que metade desse sangue nem é dela. - Draken disse enquanto observava o local.

- Já sabemos como conseguiram levar ela. - Mitsuya falou com um frasco de clorofórmio em suas mãos.

- Doparam a Hina por que sabiam que não venceriam na luta. - Mikey falou do canto da sala.

✎...MAHINA ON

Acordei em um lugar escuro e vazio, eu estava amarrada em uma cadeira de ferro gelado, meus braços e pernas estavam cheios de cortes.

Doía muito, eu já não sentia meu rosto de tantos socos que levei, fui fraca, mais uma vez, tentei lutar mas me doparam, então esses covardes de terno pertencem a Yanar.

- Tsuki Mahina, esse é o seu nome não é? foi muito difícil te pegar sabia? - Um homem apareceu por trás de mim e segurou meu rosto.

- O problema de vocês é com meu pai e ele já está morto, eu não tenha nada haver com isso seus idiotas. - Falei jogando minha cabeça contra a dele, o homem cambaleou por um tempo mas logo sorriu com uma expressão assustadora.

- O merdinha do seu pai vacilou com a minha organização, jurou lealdade a nós mas vendeu aquela preciosa fórmula pra outra gente, tivemos muitos problemas por causa disso, perdemos milhões. - Ele dizia enquanto mexia em uma mesa que parecia estar cheia de objetos cortantes, ele planejava mesmo me torturar. - Juramos matar todos os membros da família Tsuki mas aqueles caras da Toman ficaram na nossa cola, principalmente o capitão da primeira divisão, foi muito inteligente você dar pra ele, garantiu a sua proteção. - Ele riu.

- Eu não "dei" pra ninguém e muito menos pra ele, não fale o que você não sabe, agora me solta seu babaca. - Falei tentando me desamarrar mas falhei miseravelmente.

- Precisei fazer alguns acordos pra finalmente te encontrar. - Ele disse enquanto passava a mão em um bastão de madeira com pregos. - Chamem ele. - Ele disse para outro cara que aguardava em frente a porta.

Assim que olhei para a pessoa que passava agora por mim, meu mundo caiu.

- Hanma...