☕︎Still Into You

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"Não é fácil amarmos um ao outro, mas quando nossos dedos se entrelaçam, não posso negar, você vale a pena, porque depois desse tempo todo, eu ainda estou a fim de você, eu já devia ter superado todas as borboletas, até mesmo nas nossas piores noites, estou a fim de você, deixe-os se perguntarem como chegamos tão longe, porque eu realmente não preciso me perguntar nada [...] Algumas coisas apenas fazem sentido e uma delas é você e eu..."

»»-— ❏ —-««

Eu só queria ir pra casa e esquecer tudo aquilo, no dia seguinte seria meu aniversário e eu odeio comemorar ele, durante alguns anos da minha vida, eu me fechei tanto ao ponto de apenas ter eu, Sayuri e minha mãe na minha "festa" de aniversário, eu não havia contado a ninguém sobre isso, Emma e Mitsuya sabiam do dia de amanhã mas eu não iria lembra-los. Nesse ano, fui quase morta, recebi o apelido nada gentil de "Sanguinária", vi Baji quase matar um cara e aquilo não era nem metade, sinceramente, eu não precisava comemorar esse desastre. 

- E-Eu não posso, a minha moto- Tentei argumentar mas fui cortada por Baji

- Hina, depois eu te trago de volta, por favor, vem comigo. - Ele me olhava como se pudesse ver a minha alma, sem ter escapatória, eu apenas concordei.

Baji então me levou até a moto dele e me entregou seu capacete e prendeu o cabelo em um movimento rápido.

Viramos em tantas esquinas que nem sei aonde ele estava me levando, talvez ele estivesse fazendo de propósito e acabou funcionando, de repente ele parou a moto no antigo parque que ficava perto de nossas casas.

- Isso é...

- É sim, vem comigo. - Ele disse me puxando pela mão.

Estava escuro e nublado, se passava das onze horas da noite, nuvens cercavam Tokyo e eu estava ali com o garoto com quem jurei nunca me perder.

Estávamos em frente a árvore que selou nosso juramento, ele olhava diretamente para nossos nomes escritos ali naquele tronco um pouco desgastado por tantos anos.

- Foi aqui que juramos nunca nos perder um do outro. - Ele disse enquanto segurava minha mão, por sorte ele não lembrou que também juramos nos casar, sinceramente, éramos crianças e não tínhamos ideia do quanto aquilo era esquisito, involuntariamente, dei um suspiro de alívio. - O que me faz lembrar...que também juramos nos casar. - Ele disse rindo. 

Até tentei rir com ele mas apenas uma coisa rondava minha mente naquele momento.

- Quebramos uma promessa. - Eu disse encarando os nossos nomes ali.

- Mas eu ainda não te pedi em casamento, vai com calma gatinha que eu sou difícil. - Ele disse se encostando no tronco da árvore e rindo pra mim.

- Nos perdemos Baji, nos perdemos um do outro. - Eu falei em um suspiro, seu sorriso morreu e agora ele me encarava com tristeza.

- E foi minha culpa...- Ele disse olhando pra baixo.

- Fomos os culpados, eu deveria ter ido atrás mas aceitei o fato de você ter se afastado, te odiei por anos e desejei te esquecer. - Falei me sentando naquela grama.

- Somos complicados em níveis extremos, mas eu ainda não entendo como você ainda mexe comigo. - Ele disse se deitando perto de mim e me encarando com aqueles olhos que desejei sempre ter por perto, mesmo depois de tantos anos, Baji ainda faz meu coração sair pela boca quando chega perto.

Somos tão complicados, tão errados mas ainda sim, eu não consigo esquecê-lo, nos machucamos com as besteiras que falamos um para o outro mas ainda me sinto a única garota do mundo quando ele segura minha mão.

Brigamos mais que qualquer coisa mas eu ainda me pego sorrindo quando me lembro dele.

- Eu nunca quis me perder de você. - Ele disse enquanto tocava meu rosto. Baji sempre foi assim, inconsequente, explosivo e briguento, porém quando estou com ele, sinto que Baji guarda uma parte dele pra mim, meu Baji é gentil, engraçado e gosta de olhar as estrelas.

Meu Baji, nem tão meu, mesmo que eu quisesse.

- Gosto desse meu Baji. - Eu disse involuntariamente, assim que notei tampei minha boca o olhando com os olhos arregalados.

- Gosta? - Ele disse sorrindo. - Eu também gosto de ser seu. - Baji se sentou ao meu lado e segurou meu rosto em suas mãos.

Nos encarávamos com uma intensidade inexplicável, ele estava sorrindo pra mim e eu o olhava sem saber o que fazer até que ele colou nossas testas e me olhou como se eu fosse algo incrível.

- Eu te amo tanto que dói. - Ele disse.

- E-Eu também...te amo. - Eu disse sentindo meu rosto corar. Ele então selou nossos lábios misturando nossos sentimentos que estavam tão expostos nesse momento. Estávamos vulneráveis um ao outro e mais uma vez eu estava entregando meu coração a ele e pedindo aos céus para que Baji não o quebrasse novamente.

O beijo foi interrompido por um pingo de água que atingiu nossas mãos. Nos afastamos olhando para o céu e em segundos já estava chovendo, tentei correr para me abrigar mas Baji me puxou pela mão, colando nossos lábios novamente.

- Feliz aniversário meu amor. - Ele me olhava com intensidade, foi então que olhei o relógio e vi que já se passava da meia noite, eu estava oficialmente com dezoito anos, mas dessa vez, eu estava feliz, ele sorriu e me abraçou. Já estávamos ensopados e mesmo assim estávamos bem um com o outro. - Hina? - Ele disse ainda me abraçando.

- Sim? - Falei agora olhando para ele.

- Repete? Eu preciso ouvir isso aquilo mais uma vez. - Baji me encarava em expectativa, eu sabia o que ele queria, Baji estava pedindo pra eu falar mais uma vez que eu o amo, mas naquele momento, eu precisava urgentemente de um casaco quentinho e uma xícara de chá, estávamos tremendo de frio.

- Tente me pegar então. - Saí correndo em direção a minha casa que ficava a alguns quarteirões dali.

Eu estava com tanto frio que nem sentia minhas pernas, Baji corria atrás de mim e eu tentava escapar dele.

Estávamos rindo que nem idiotas, mesmo sendo tarde, algumas pessoas que ainda andavam pela rua, nos encarava como se fossemos malucos.

Eu já estava alguns metros da minha casa quando braços envolveram minha cintura e me ergueram no ar. 

- Baji! Me solta. - Falei enquanto ele me jogava sobre os ombros.

- Não não mocinha, você correu e acabamos deixando minha moto lá, por sorte eu a deixei em um estacionamento coberto. - Ele reclamava enquanto andava naturalmente comigo sobre seu ombro direito.

Assim que chegamos na minha casa, abri a porta o mais devagar possível.

Baji me puxou para um beijo enquanto eu tentava ligar as luzes, ele havia me levantado e me encostado contra a parede fazendo com que eu entrelaçasse minha perna em sua cintura, assim que encontrei o interruptor quase tive um infarto.

- SURPRES... MAS O QUE É ISSO. - Várias pessoas gritaram, vi confetes sendo jogados em minha direção.

Minha família e meus amigos estavam ali me encarando boquiabertos. Eu estava no colo de Baji com todos ali nos encarando. Minha mãe, minha irmã, membros da Toman, membros da Valhalla e fora Emma que estava filmando tudo.








You Broke Me First || Keisuke BajiOnde histórias criam vida. Descubra agora