"Cansei de explicar, como essas estações continuam mudando..."
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Nem sei como aconteceu mas em minutos, eu estava envolvida em uma briga com um monte de caras bêbados e por incrível que pareça, eu estava ganhando mas ainda contando com a ajuda de alguns caras com a jaqueta do anjo sem cabeça não demorou muito pra polícia aparecer e eu ter que correr com os caras que estavam me ajudando. Se eu fosse pra delegacia, a minha mãe ficaria chateada e eu odeio ver ela assim.
No caminho puxei o celular pra ligar pra Emma mas vi uma notificação de duas horas atrás, era ela falando que precisou ir pra casa por que o irmão dela estava preocupado.
Assim que chegamos na esquina, eu e os caras da jaqueta de anjo estávamos por incrível que pareça, rindo.
Eu parecia ser a única garota ali no meio de uns cinco caras e o que parecia o líder deles, o garoto com a tatuagem na mão.
- Qual...é o seu nome garota? - O garoto da tatuagem perguntou.
- Mahina e você? - Perguntei ainda ofegante da corrida.
- Eu me chamo Hanma, como você conseguiu se meter com aqueles caras hein? - Ele perguntava agora com a respiração controlada.
- Eles assediaram uma garota, vi ela correndo da confusão depois, foi melhor assim. - Hanma parecia compreender tudo.
- Você parece ser boa com os socos, pertence a alguma gangue ou algo assim? - Acenei negativamente com a cabeça, enquanto tentava limpar o sangue de minhas mãos. - Qual sua idade? - Ele perguntou de repente.
- O que? Isso é algum tipo de interrogatório? - Olhei sem entender pra ele e resolvi seguir o meu caminho, porém ele segurou meu braço. - Você enlouquec-
- Mahina, você conhece a Valhalla? - Ele perguntou de uma vez e eu neguei com a cabeça. - Sou Hanma Shūji, líder da Valhalla, a gangue do anjo sem cabeça, pode parecer loucura mas você seria uma ótima aquisição para nós e recentemente sofremos baixas e perdemos alguns homens, com a sua rapide, nós-
- Entrar em uma gangue? Claro que não, muito obrigada mas eu passo. - Soltei meu braço dele mas Hanma rapidamente parou na minha frente e me entregou um papel.
- Esse é o meu número, caso mude de ideia. - Peguei o papel de suas mãos e coloquei no bolso da minha calça.
Tentei seguir caminho mas ele me ofereceu uma carona e parecia teimoso demais, então apenas aceitei, a moto dele corria pelas ruas escuras de Tokyo, assim que cheguei em casa, o sangue em minhas vestes já estava seco, corri para meu quarto.
Eu precisava tomar um banho antes que a minha mãe me visse nesse cosplay terrível de "Carrie, a estranha"
Demorou um pouco para o efeito do álcool passar mas depois que pude pensar com clareza, percebi o qual esquisita aquela noite foi.
Fui para uma festa, briguei com um cara e virei algum tipo de Jackie Chan versão garota adolescente de 17 anos, recebi a proposta para entrar em uma gangue de um cara chamado Hanma Shūji e ainda vim pra casa na moto dele.
Essa definitivamente foi a noite mais louca que já tive, mas pela primeira vez, eu me senti bem ao dormir, não pensei em nada.
No dia seguinte, acordei com o despertador tocando, mais um dia de escola.
Pensei mil vezes se ia ou não, ver Hakkai e Mitsuya ainda era complicado de um certo modo, apenas resolvi faltar hoje e não ir, minha mãe ainda estava em casa quando desci as escadas, era meio errado mentir pra minha mãe e falar que ia pra escola, mas eu não queria que ela se preocupasse.
No meio do caminho, fui até uma cafeteria e resolvi ficar por lá, era um lugar incrível e servia uma torta incrível de limão.
Assim que cheguei, fiz meu pedido, sentei em uma mesa um pouco distante e puxei um livro para ler.
Eu já estava no meio da minha torta quando senti alguém sentando na cadeira a frente.
- Ah, oi Hanma. - Falei ainda comendo a torta.
- O que? Você não vai nem parecer surpresa? - Ele perguntou meio irritado.
- Nos vimos ontem e não sei qual é essa sua fixação em mim entrando pra sua gangue mas a resposta ainda é a mesma.
- Ainda bem que eu só vim tomar meu café da manhã. - Ele chamou uma garçonete e fez um pedido, ele também pediu mais uma fatia de torta para mim.
Eu então levantei meu olhar para ele, Hanma estava com a tal jaqueta mas agora ele parecia bem mais calmo a luz do dia.
- Qual é a dessas tatuagens aí? - Perguntei mas ele não parecia apto a responder por que acendeu um cigarro no meio da cafeteria, mesmo com a janela aberta, eu não estava disposta a comer com um cara fumando na minha frente.
- Você endoidou? Me dá isso aqui. - Ele disse quando puxei o cigarro de sua boca e joguei pela janela.
- Se você quiser me seguir por aí, que não seja com um cigarro na boca, odeio essas coisas. - Falei tossindo por causa da fumaça que havia ficado.
Ele revirou os olhos e se esparramou na cadeira, foi quando seu pedido chegou e ele atacou o seu bolo de chocolate.
- Quantos anos você tem Mahina? - Ele perguntou.
- De novo isso? Eu tenho 17 e você? - Falei ainda olhando para meu livro.
- Tenho 18, você parece ser mais nova, não tá mentindo não? - Puxei minha identidade entreguei a ele, eu não queria ter que dar explicações então estava poupando tempo. - Tsuki Mahina hein? 17 anos, faz aniversário dia 20 de dezembro, legal, faço 19 daqui a duas semanas. - Ele se divertia lendo os meus dados mas então puxei a minha identidade de suas mãos e voltei a comer. - Você não deveria estar na escola, senhorita Tsuki? - Ele perguntou com um sorriso.
- Você não deveria estar na faculdade Hanma? - Perguntei no mesmo tom.
- É um saco ter que estudar com aqueles imbecis da Toman, nós a Valhalla temos uma certa rixa com eles, ainda não estou 100% da briga de ontem então resolvi ir amanhã.
- Bom, não sei quem é essa Toman mas eu já vou indo. - Levantei da minha cadeira e fui pagar no balcão, Hanma tentou vir atrás de mim, mas desviei dele.
Ao chegar em casa, vi que nem Sayuri e nem minha mãe estavam em casa, achei estranho mas apenas segui até meu quarto.
Depois de algumas horas, recebi um ligação da minha mãe, ela estava desesperada, haviam tentado sequestrar Sayuri.
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You Broke Me First || Keisuke Baji
RomantiekTudo começou com um segredo, ele se distanciou e agora faz parte de uma das maiores gangues de Tokyo...✍︎ • Um acordo foi feito contra a vontade de ambos e agora terão que viver com isso, um namoro falso entre pessoas totalmente diferentes, o que po...