Recomeço Imperfeito (Drarry +18)

"Ele, jurado de morte?"

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🌈⃝⃒⃤  Pegaram os lencinhos? Aproveitem, babys.

Always chegou em 31K, e Recomeço Imperfeito em 1K, babys.

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Por Draco Malfoy

A porta se abriu, virei-me para trás vendo ele chegar com uma champanhe e duas sacolas que exalavam um cheiro muito bom. Ele sorriu colocando tudo na mesa. E depois vindo até mim, eram onze horas da noite já.

A virada do ano se anunciava, e junto com ela minhas últimas quinze horas de liberdade. Tudo que eu queria era não ter que me despedir desses olhos, desse momento. Contudo, admitia que foi lindo enquanto durou.

— Demorei muito? — ele passou as mãos na minha nuca arrepiando-me com o carinho, fiz que não com um movimento lento de cabeça — Está com fome?

— Muita. — estreitei os olhos e assisti ele ficar vermelhinho — Você fica tão lindo quando fica vermelho, sabia?

— Você também. — ele depositou um beijinho em minha boca e depois afastou-se — Mas pare de me cantar e vamos comer.

Nós nos sentamos nos banquinhos da ilha da cozinha, ele começou a servir os pratos e eu o champanhe.

— E como quer que eu coma se não te cantar antes? — disparei, fingindo indignação. Ele riu envergonhado e depois apoiou as mãos no mármore assumindo uma pose mais séria.

— Draco, eu queria falar sobre amanhã...

Ergui a mão para silenciá-lo. Tudo que eu menos queria era falar sobre o julgamento. Harry deixou seus ombros caírem. Nós nos encaramos.

— Vai entender se eu disser que não quero falar disso? — perguntei me sentindo derrotado, eu só queria essas últimas dezesseis horas para poder olhar para ele o máximo que podia.

— Vou sim. — resignado, ele cedeu. Lhe ofereci um sorriso de agradecimento e alcancei uma taça para ele.

— Obrigado... — percebi que mais uma vez eu estava agradecendo por alguma coisa — Isso está se tornando um hábito.

— Que bom, quer dizer que você foi bem educado. — rebateu sarcástico, lhe dei o dedo do meio e ele riu, depois disso comemos ouvindo uma longa sinfonia que parecia Mozart. Só então fui perceber que havia um som ligado atrás de nós.

Cinco para meia noite, nós nos encontrávamos quietos com taças nas mãos olhando pela janela e esperando que a chuva de fogos estivesse finalmente sobre toda Paris. Meu corpo se mostrava leve e calmo, extremamente calmo.

Esse era um daqueles momentos.

Aqueles onde o fim inevitável se torna a única coisa que te faz viver.

Em que o mundo parece distante, como uma festa que irá rolar a noite toda e você está bêbado no jardim ao longe sabendo que só pode aproveitar por mais dez minutos.

Harry deitou-se em meu ombros e esperou os fogos pacientemente comigo, como se não quisesse estar em mais lugar algum. E isso me preocupou profundamente...

— Harry? — chamei-o, ele me olhou e disse: "estou ouvindo" — Você por acaso, não está apaixonado por mim, não é?

Ele travou. Perdeu-se na linha dos meus olhos e depois desviou o olhar. Suspirei e pressionei-o contra meu peito. Queria muito que tudo isso tivesse sido um sonho, que ele não gostasse de mim.

Que ainda me odiasse.

Seria mais fácil deixá-lo para trás.

— Nunca estive tão apaixonado por alguém como estou por você agora. — Harry declarou baixinho.