Pequena Flor

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Pov Emma:

Depois de tudo o que aconteceu comigo e com Regina finalmente as coisas estavam voltando ao normal. Minha rotina voltou a ser o que era, da casa para o trabalho e do trabalho para casa. Agora eu só preciso me acostumar com meu afastamento de Regina, não imaginei que sentiria tanta saudade dela em todos os momentos. O calor do corpo dela me esquentando enquanto durmo, o olhar dela sobre mim a todo momento, os abraços e beijos constantes... Essa saudade toda estava resultando em uma insônia e por isso logo quando deu 06:00 horas em ponto levantei e resolvi sair para correr, meu turno só começaria às 08:00 hoje e até lá eu ficaria louca sem nada pra fazer. 

Menina eu te fiz essa canção
Pois sempre que eu te vejo acelera o coração
Me bate um desejo de pegar na tua mão
E...

Estava voltando para casa cantarolando a música que tocava no fone de ouvido quando paralisei vendo a imagem de Regina tocando insistentemente a campainha.

"Já não basta ter preenchido todo meu pensamento durante a corrida tem que aparecer do nada em minha casa, se continuar assim vou acabar ficando louca"

E.s: Não tem ninguém em casa, melhor parar de tocar antes que quebre a campainha.
—Falei enquanto me aproximava vagarosamente, Regina se virou rapidamente e ao me ver abriu um sorriso de orelha a orelha fazendo meu coração disparar mais ainda—

"Droga de sorriso perfeito"

R.m: Oi... Eu, eu preciso falar com você.

E.s: É sobre o caso da Ella? Eu sinto muito mas não posso dar informação de um caso em aberto pra uma civil, e mesmo se não fosse uma civil o arquivo está no quartel.

R.m: Não é sobre isso, apesar que eu adoraria saber como vão as coisas. Eu quero falar sobre nós.

E.s: Não existe um nós Regina, não mais.

R.m: Por favor Emms, deixa eu falar tudo o que vim falar.
—Fez uma cara pidona fofa e suspirei, ela ainda tinha poder sobre mim e parecia saber disso—

E.s: Okay, vamos entrar.
—Ela sorriu e se afastou da porta para que eu a abrisse, assim que ambas entramos fechei a porta e deixei meu celular e os fones em cima da mesa— Fique a vontade, você aceita alguma coisa? —Negou com a cabeça— Eu tô com sede, vamos conversar na cozinha enquanto pego água.

Caminhamos em silêncio até a cozinha e indiquei a cadeira para ela se sentar enquanto fui até a geladeira e peguei uma garrafa de água me servindo em seguida. Quando terminei de beber me sentei em sua frente e a encarei a esperando começar a falar.

R.m: Eu sei que estamos de lados opostos pela lei e isso influência no que você pensa de mim. Mas eu quero te provar que não somos os vilões da história.

E.s: E quem seriam os vilões? Nós?

R.m: Não foi o que eu quis dizer, nós não somos iguais vocês pensam Emma! Eu quero que você veja isso.

E.s: Ta.. Como quer me mostrar isso?

R.m: Quero te levar a um lugar.

E.s: Que lugar? Não vão me sequestrar né?

Ela revirou os olhos e se levantou me fazendo dar um passo atrás por precaução.

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