Eu estava tendo um dia tranquilo e leve, até um enorme ser humano entrar pulando, igual uma criança, no meu local de trabalho.
– Emilyyyy! – Drew grita assim que abre a porta, incomodando as pessoas que estão quietas. Respiro fundo.
– Não. – Falo me agachando para pegar alguns papéis que deixei cair no chão sem querer. Quando me levanto Drew está imóvel com um sorriso no rosto, o peito estufado e as mãos na cintura.
– O que diabos você fez? – Digo apontando para seu cabelo, que não está grande como era, mas sim, raspado.
– Gus raspou meu cabelo!
– Ele fez o que!?
– Raspou meu cabelo! Olha – Ele da uma giradinha e volta a olhar para mim. – Ficou bom? – Estaria mentindo se dissesse que não.
– Ficou, Drew. Até que Gus fez um bom trabalho.
– É, mas agora não pego mais as maria condicionador.
– É maria shampoo que se fala. – Corrijo.
– Da no mesmo! Enfim, vai fazer o que hoje?
– Terapia em uma hora.
– Você faz terapia? – Drew inclina a cabeça ao questionar. Parece surpreso.
– Sim, ué.
– Por quê?
– Para poder te aguentar.
– Faz sentido. Mas enfim, jogo, hóquei, eu, minha faculdade, você vai.
– Gus vai?
– Gus vai.
– Então por que precisa de mim?
– Porque sim, palhaça. Você vai né? Eu não jogo mais hóquei profissionalmente, então vai ser só uma brincadeira na faculdade, é contra nós mesmos.
– Tudo bem, que horas começa?
– Oito da noite.
– Saio da terapeuta às seis e meia hoje, vou passar em casa para trocar de roupa e... – Xingo baixinho quando lembro que meu carro está na oficina. Denovo.
– O que foi?
– Tô sem carro e Gus deve ir direto do trabalho né?
– Relaxa gatinha, eu te busco! Inclusive, quer carona para a terapeuta?
– Você vai me esperar sair? Saio em mais ou menos meia hora.
– Tudo bem. Vou pegar alguma coisa para ler. – Drew sai com um sorriso no rosto em direção as estantes de livros. O vejo passando a mão em seu cabelo, que está basicamente inexistente no momento, e fingindo que nada aconteceu. Ele vai levar muito tempo para se acostumar com isso.
No final do meu expediente, me despeço de meus colegas de trabalho e dou um tapa na nuca de Drew, que está dormindo em cima de uma das mesas da biblioteca, para que acorde.
– Vem gigantão! – O chamo de brincadeira e vou andando para a porta. Drew se levanta e coça os olhinhos igual uma criança quando acaba de acordar. Esse homem consegue ser um neném e um homão ao mesmo tempo.
Ele olha ao redor, até pousar os olhos em mim, esperando sem paciência na porta da biblioteca.
Quando saímos, o tempo está nublado, escuro, como se fosse chover. Sinto um frio percorrer todo o meu corpo, e eu ainda estou usando blusa de manga comprida, e calça! Mesmo assim sinto frio.
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A biblioteca do amor | Drew Starkey
FanfictionEmily Brown é uma mulher amante de livros, de poucos amigos e que sonha em ser escritora. Emy começa a trabalhar em uma biblioteca para ganhar uma renda extra e sair da casa de seus pais, mas certo dia conhece Drew Starkey, um cara totalmente o seu...