vinte e cinco

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Graças ao meu namorado e ao meu melhor amigo, eu acabei me acostumando a ir em lugares com muita gente, mas me incomoda quando percebo olhares em mim. Dessa vez, olhares em excesso.

Como estava me sentindo melhor e Drew prometeu milhares de vezes aos meus pais que cuidaria de mim, acabamos por vir na festa de aniversário de um dos amigos dele.

Quando saímos do carro, Drew observa Gus dar a mão para Tony e faz o mesmo comigo. É como se eles dois servissem de inspiração para a gente, já que nem eu nem ele estivemos em um relacionamento antes.

Não sei se entrar na festa de mãos dadas comigo foi bom ou ruim, porque a quantidade de gente surpresa ao ver Drew Starkey com uma garota, é surreal.

Outras meninas conversam entre si enquanto Drew cumprimenta o aniversariante e mais alguns de seus amigos. Elas me encaram feio quando Drew me apresenta como sua namorada. Meu corpo esquenta de vergonha, mas meu coração transborda de felicidade.

Drew age muito mais marrento que o normal quando está com os amigos, mas agora parece ainda pior por estar comigo. Ele me segura mais forte pela cintura quando um de seus amigos, um moreno alto e dos olhos azuis, me encara de cima a baixo, com um olhar estranho. Me coloco atrás de Drew.

– E quem é a gatinha com vocês? – Ele sussurra para Drew, como se eu não estivesse ali. Gus e Tony fecham a cara, e Drew cerra os punhos.

– É a minha gatinha. – Ele diz com um tom sério, a raiva perceptível na voz. O cara ri.

– Ta falando sério? Starkey com peguete fixa?

– Starkey com namorada. Fale assim denovo ou olhe para ela e eu quebro a sua cara, seu merda.

– Drew... – Eu o chamo apertando sua mão para sairmos dali. Ele me olha e entende o recado, nos levando para pegar bebida.

– Relaxa vida, de verdade, relaxa. – Tento tranquiliza-lo.

– Não me manda relaxar, Emily. Aquele idiota te olha daquele jeito e você me manda relaxar? – A irritação em sua voz apenas aumenta.

– Não precisa falar assim também, só acho que você pode deixar pra lá. Não tem como você lidar com todo cara que da em cima de mim.

– Sim, tem como. Eu não vou deixar pra lá, não se eu puder dar na cara desse desgraçado.

– Drew... – Seguro seu pulso, mas ele se solta.

– Preciso tomar um ar. – Ele diz. Faço menção de ir atrás ele mas Gus coloca a mão na minha frente, não me deixando passar.

– Você melhor do que ninguém sabe que quando ele está assim é melhor deixá-lo sozinho um pouco.

– Eu não vou deixar um Drew raivoso andando por ai sozinho, Gus, me deixa passar!

– Vai em frente, se é isso o que quer. – Ele levanta as mãos em rendição. A casa é enorme, e tem muita gente bêbada dançando e se pegando em todos os cantos. Onde diabos está Drew?

Procuro no quintal dos fundos e da frente. Bato na porta no banheiro e nada. Procuro por todo o andar debaixo, pergunto a seus amigos. Ninguém o viu.

Subo as escadas. Hora de procurá-lo no andar de cima.

A maioria dos quartos estão trancados, e escuto sons estupidamente altos vindo do banheiro que me dizem o suficiente que Drew não está ali.

Um dos quartos está com a porta encostada. Achei Drew. E Bea.

Então ele queria pegar um ar, mas não comigo e sim com ela!? A garota que ele estava xingando de tudo qualquer nome? A mesma que ele pegou ódio?

A biblioteca do amor | Drew StarkeyOnde histórias criam vida. Descubra agora