sete

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Às vezes eu tenho zero paciência de me arrumar para sair. Da vontade de colocar uma roupa qualquer e ir embora! Preciso parar de ser tão preguiçosa.

Marquei de encontrar os meninos as oito no All Night, mas, com meus pais agora em casa, não sei como sair sem receber milhares de perguntas.

Não estou assim tão arrumada, mas da para saber que vou sair. Coloquei a roupa mais básica possível, vou tanto para aquele bar que é como se fosse minha segunda casa. Botei uma saia preta que já não usava a algum tempo e um cropped de manga média todo branco. Decidi usar o mesmo coturno de hoje mais cedo.

– Oi papais, oi tia! – Digo cumprimentando a todos quando desço as escadas. – Estou saindo, beijo e amo vocês.

Tentativa frustada de tentar sair de uma vez. Quando coloco a mão na maçaneta da porta meu pai Andrew me chama.

– Onde vai minha princesinha? – Ele pergunta.

– Sou sair com Maddie, aquela minha amiga da biblioteca. – Minto. Minha tia me encara, sabe que estou mentindo porque contei a ela que sairia denovo com Drew e Gus.

– Você? Saindo? Meu rei, se for sonho não me acorde! – Meu pai Adam diz fazendo drama ao meu outro pai. Acho lindo quando os dois chamam um ao outro de "meu rei".

– Eu não sou tão antissocial assim! – Cruzo os braços fingindo estar brava.

– Sabemos que não filha. Que bom que está saindo! Agora vá, de preferência beba, faça tatuagem escondido, comece a namorar uma hippie e volte pela manhã. – Diz meu pai Andrew de brincadeira e papai Adam lhe da um soquinho o repreendendo.

– Pode deixar! Amo vocês.

– Também te amamos! Se divirta! – Diz minha tia me mandando uma piscadinha.

Entro no meu carro e ajeito o batom no espelho. Me estresso quando o carro demora a ligar porque deixei ele na oficina semana passada. Preciso de um carro novo.

Quando fiz dezoito meus pais me deram o carro que eu tinha fotos na parede: um impala 67. Alô Dean Winchester! Essa é para você!

Era meu sonho um carro desse desde que eu era mais nova, e quando ganhei foi incrível! Mas confesso que hoje adoraria estar com a porshe que meus pais queriam me dar.

Chegando no bar, já logo encontro Drew e Gus virando alguns shots no balcão. Já chego perto deles de braço cruzado e irritada porque Gus sabe que não pode beber no trabalho e deveria estar sóbrio depois de ontem.

– Por que você está bebendo no trabalho? – Já chego perguntando a Gus.

– Oi, boa noite amiga, como vai? Ah que bom, eu e Drew? Estamos ótimos! Obrigada por perguntar. – Ele diz em tom irônico.

– Boa noite – Digo intercalando o olhar entre os dois. – Agora me diz a razão de você estar bebendo no trabalho.

– Foi só uns shots, Emy! Fica tranquila. Já vou parar.

– Pois acho bom! – Exclamo tentando subir no banquinho. Não sou tão baixa assim, esse banco que é quase impossível de subir.

– Quer ajuda? – Drew pergunta rindo.

– Não me estressa que eu acabei de chegar! – Digo finalmente conseguindo subir no banquinho. Drew levanta as mãos como se tivesse se rendendo.

– Só queria ajudar, baixinha.

– Me ajuda passando isso para cá. – Pego um dos copinhos de shot que estava em sua mão e bebo de uma vez.

– Uau! – Exclama Drew. – Você nem fez cara feia!

– Isso é vodka pura, não é? Eu gosto.

– Pura?

– É, pura.

– Uau!

– Mais três shots e ela ta dançando em cima de uma dessas mesas. – Diz Gus limpando o balcão e tirando os copinhos vazios, trazendo mais uma rodada.

– Isso é mentira! – Tento me defender.

– Só acredito vendo. – Implica Drew.

– Pois vamos ver quem aguenta mais shots sem ficar bêbado.

– Aceito o desafio. – Drew aperta minha mão e nos encaramos.

Isso não vai dar certo.

A biblioteca do amor | Drew StarkeyOnde histórias criam vida. Descubra agora