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26 de março de 2020
[Narrando Kurt]
Era hoje o dia que eu ia perder a minha virgindade, o Mateo está sempre a dizer comentários relacionados com a nossa primeira vez, e eu sei que nem é por mal e que ele me ama, e espera que eu esteja pronto mas eu acho que o Mateo é a pessoa perfeita para eu perder a virgindade.
Quando eu penso em sexo, vêm-me várias perguntas à mente, como qual é a sensação? Ou como é a entrega a essa pessoa?
Ao acordar, e ao chegar à cozinha, estava à minha espera umas panquecas, a minha mãe tem o costume de fazer o meu pequeno-almoço favorito quando comete uma recaída...
O Mateo e a Sam vieram me buscar a casa, e íamos a pé para a escola:
- Bom dia, amores da minha vida. - disse eu sorrindo.
- Olá, amor. - respondeu-me o Mateo, dando-me um beijo.
- Bom dia, Kurt. - respondeu a Sammy.
- Que seca. - disse eu. - Alison?
- Sim.
- Estás arrependida por teres dado um fora nela? - perguntou o Mateo.
- Eu não lhe dei um fora, eu apenas achei que seria o melhor para ambas.
- Arrependeste?
- Não...
- Então foi a decisão certa. Hoje vieram os bilhetes para a viagem em Paris. Viram? - perguntei eu.
- Sim. - afirmaram ambos.
- Mateo, Sam tenho uma coisa para vos contar, eu descobri no outro dia que o mensageiro anónimo era o Miles.
- Filho da puta, vou matá-lo... - respondeu o Mateo.
- Amor, calma!
- Kurt, ele foi a causa de tu desconfiares de mim, e achares que eu sou uma puta como toda a gente acha.
- Lindo, eu sei, mas eu conversei com ele, e o Miles disse-me que não iria voltar a falar com nenhum de nós os três, caso eu escondesse o seu segredo. Pode ser?
- Por mim sim, sei que é lixado mas é um bom acordo, Mateo. Não sejas cabeça dura... - disse a Sam, apoiando-me.
- Têm razão, eu acho.
- Temos sempre. - disse-lhe eu.
- Sam podes ir indo entrando, que eu preciso de falar com o meu namorado? - perguntou o Mateo.
- Desculpa se te estou a incomodar.
- Não é isso tola, é coisas de namorados, eu juro, acho que não ias gostar de ouvir... - respondeu-lhe ele.
- Entendi a dica. - disse ela rindo-se e saindo.
- O que se passa, amor?
- Kurt, lembras-te que dia é hoje?
- 26 de março.
- Não é isso, seu parvo. - disse ele rindo-se, e pegando em mim ao colo.
- Então o que é? - disse eu beijando-o.
- Kurt, não me provoques. - disse ele afastando-se do beijo.
- O que foi?
- Tu sabes bem o que é.
- Mateo, eu não sei.
- Não digas o meu nome dessa maneira.
- Queres que eu diga de que maneira?
- Hoje à noite podes dizer-me de todas as maneiras que quiseres!
- O que vai acontecer hoje à noite, Balsano?
- Primeiro não te vou dar o prazer de eu dizer e segundo não gosto que me chames Balsano.
- Porquê?
- Gosto que me chames meu namorado ou amor.
- Amor.
- Mas não de uma maneira forçada.
- Amor...amor...amor.
- Vou-te calar, eu juro.
- Então tenta calar-me, Mateo.
Quando disse isto, ele aproximou-se de mim e começou a beijar-me.
- Agora já podes dizer? - perguntei eu.
- Vamos ter a nossa primeira vez. Se te sentires bem com isso, óbvio.
- Acho que sim...
Neste momento, chegou a Lana:
- Olá bom dia. - disse ela. - Mateo gostava de falar contigo sobre umas aulas que temos um comum, pode ser.
- Lana, eu sou da vossa turma também. - disse eu.
- Mas quem és tu mesmo?
- Sou o Kurt, namorado do Mateo, conheces?
- Ai és tu Kurt, não reparei em ti.
- Lana, eu não me importava de fazer isso, mas agora estou com o meu namorado, por isso até logo.
- Nem digo nada. - respondeu ela.
- Ainda bem, menos um neurónio que eu vou queimar com a tua burrice.
- Kurt, não vou descer ao teu nível. - disse ela saindo perto de nós.
- Para que conste o teu nível é muito superior ao dela, Baby.
- Eu sei, chamo-me Kurt Hummel.
- E é por isso que eu te amo. - disse ele beijando-me.

[Narrando Alison]
Hoje acordei na casa da Marvin, depois de termos fodido ontem à noite. Eu juro que não estou bem...
Tive que entrar em casa sem ninguém me ver, com ajuda da Virgínia mas também ajudei o Scoot a sair sem ninguém reparar, por isso estamos quites.
Decidi que hoje era finalmente o dia de falar com a Brenda:
- Olá Brenda.
- Alison, eu não quero falar contigo.
- Bree podes me ouvir, por favor? Só te peço isso.
- Tu é que vais-me ouvir a mim.
- Diz.
- Tu vias o quanto eu e a Sam éramos felizes, nós eram uma versão de Kurt e Mateo, e tu tiraste-me isso.
- Vou ter que te parar aí, vocês não eram nenhuma versão de Kurt e Mateo, o Kurt e o Mateo amam-se, tu amavas a Sam. Ela não. E desculpa por estar a ser bruta, mas eu prometi a mim mesma que me ia dizer de tretas e ia direta à minha verdade.
- Mas a Sam era feliz comigo como eles são felizes um com o outro.
- Brenda, eu discordo. Eu peço desculpa mas a Sam e eu sempre gostamos uma da outra.
- Que belo pedido de desculpas.
- Eu estou a tentar, mas não consigo quanto te comparar a ti e à Sam ao casal mais iconico da escola.
- Em tempos era Alison e Mateo, mas o amor também não existia.
- Estás a tentar me atingir?
- Amor, a velha Alison sempre estará contigo quer queiras ou não, é só uma questão de tempo a voltares a ser a merda que sempre foste. - disse ela gritando e afastando-se da minha beira.

Eu fui para a casa de banho, e comecei a chorar. Até que a Marvin disse-me:
- Ali, és tu?
- Não é nada, Mar, eu estou bem.
- Deixa-me entrar.
- Diz?
- O que se passa?
- Foi a Brenda.
- Estou a ver.
- Marvin eu juro que estou a tentar ser uma pessoa melhor, mas as pessoas parece que não facilitam, eu estou tão farta da minha vida.
- Não digas isso, tu és uma pessoa incrível.
- És a única pessoa que achas isso!
- Mais vale uma que ache mesmo do que muitas que finjam que acham.
- Eu sei, mas desde que a Sam veio falar comigo, e disse um monte de coisas sobre a nossa relação, que era tóxica e queria tempo de mim, o Kurt e o Mateo quase nem falam comigo.
- Eu acho que eles também falam mais com a Sammy porque o Mateo vive com ela, porque eles ficam muito ao longo do dia apenas na sua bolha, não achas?
- Tens razão.
- Alison, para tu o que precisares, eu estou aqui e nunca te vou deixar sozinha . - disse a Marvin abraçando-me. - Tu és incrível e ótima na cama, deixa-me dizer-te.
- Obrigada por me tentares animar. - disse eu rindo-me.

[Narrando Mateo]
Não podia esperar para hoje à noite, estava ansioso para fazer sexo com o Kurt.
A professora de literatura, adorava-me humilhar e antes de me entregar o teste disse à frente da turma toda:
- O Mateo, mais uma vez, nem consegue fazer uma frase sem erros ortográficos. E menino, as frases levam ponto final caso não saibas.
- Professora, eu posso ajudar o Mateo a estudar. - disse a Lana.
- Eu posso ajudar o meu namorado, não precisamos de ti. - disse-lhe o Kurt.
Eu adorava ver o Kurt com ciúmes, pois era raro isso acontecer, costumava ser ao contrário. Na verdade, excitava-me vê-lo com ciúmes.
- Kurt, que linguagem inapropriada para uma sala de aula. Namorado, os miúdos de hoje em dia...
- Inapropriado é a sua homofobia. - respondeu o Kurt.
- Homofobia?
- Nem sabe o que quer dizer? Pensava que era professora de literatura...
- Kurt, podes ir o resto da aula para o gabinete do diretor.
- Está bem.
O resto da turma, menos a Lissa, o Archie e a Lana bateram-lhe palmas. Estava orgulhoso dele.
O resto da aula passou a correr, só que não.
Mas no final, fui logo ter com o Kurt, e ele disse que explicou os comentários homofóbicos da professora, e que ele deixou-o passar desta vez.
A seguir, e também por último tínhamos aula de educação física:
- Meninos, eu pedi à Lana como é nova para escolher um parceiro para a realização de ginástica e ela escolheu-te a ti Mateo.
- Professora, eu e o Kurt somos um par.
- Eu sei que querias ficar com o teu namorado, mas a Lana é nova aqui e acho que isto podia ajudar a ambienta-la, importas-te muito, Mateo?
- Está bem, professora.

Eu fui ter com o Kurt, para lhe deixar mais tranquilo, e para não se enervar com a Lana, pois nem valia a pena:
- Teve que ser.
- Podias ter insistido mais mas tudo bem, amor.
- É sexy ver-te com ciúmes.
- O primeiro exercício vai consistir, em um de vocês colocar-se sobre o tronco do outro e tentarem rastejar o mais depressa possível. - disse a professora.
- Mateo, tu não vais fazer isso com ela.
- Amor, a professora está a contar comigo.
- Ok, Tommy ficamos juntos? - perguntou o Kurt, sabendo que aquilo ia-me provocar.
- Kurt, não... ele gosta de ti.
- É sexy ver-te com ciúmes.

Foi tortura ver o Tommy a fazer os exercícios com o Kurt, mas sabia que ele queria fazer-me sentir ciúmes e parabéns, conseguiu.

[Narrando Sam]
Antes de ir para casa, hoje tinha consulta no psicólogo e estava ansioso para puder desabafar sobre tudo o que tem acontecido:
- Eu amo a Ali, eu juro. Mas a nossa relação não me estava a fazer bem, eu não conseguia parar de pensar noutra coisa sem ser nela e acho que isso também não é muito saudável.
- Se me permites, eu acho que fizeste muito bem.
- Mas sempre que a vejo na escola é como tortura, ela agora está sempre com uma Marvin da minha escola.
- Quando as vês juntas o que te faz sentir? - perguntou-me a doutora Tomson de forma a tentar me ajudar.
- Revolta. Raiva. Ciúmes.
- Sam, eu acho que era melhor passar a vires falar comigo duas vezes à semana, ok?

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