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UMA SURPRESINHA BEM GELADA PRA VOCÊS!

Vocês pediram uns capítulos seguidos e trago aqui dois - um hoje e o outro na quarta-feira, como sempre. 

No capítulo de hoje, vocês vão conhecer um pouco da dinâmica na máfia de Ivan Aquino e finalmente conhecer o futuro marido da filha que Vittorio nem teve ainda, o pequeno Leopoldo...

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Os tiros não vão exatamente de dentro do carro onde Vittorio - e sim dos rastreadores que acompanhavam o veículo, incluindo o próprio Joab.

O capo dei capi não tinha se mexido ainda, mas a arma estava empunhada e o dedo no gatilho.

- Como estão as coisas... Santini... Você tá bem?

- Seus amigos já estão fazendo o trabalho deles. – O tom era ríspido.

Enquanto Aquino tentava acompanhar o que ocorria, logo apareceu o subchefe do mafioso com um notebook em mãos, e uma janela aberta com o rastreamento dos soldados que acompanhavam Vittorio.

O subchefe indicou que o carro estava na Via Metropolitana.

- Inteligente... – Ponderou Ivan. – Santini, você tinha notado que estavam te seguindo?

A resposta foram tiros, mas de um ponto mais próximo da linha.

- Depois eu falo, cazzo!

- Tudo bem... – Ivan voltou-se para o subchefe. – Deve ter sido um plano de Vittorio em comum acordo com os soldados. – Observou, calmo, o notebook com o rastreio. – De um lado só tem mato, e do outro idem.

- Provavelmente foi uma estratégia dos soldados e de Don Santini para que a emboscava não fosse pública e ninguém visse nem ele tampouco nossos homens matando os inimigos.

A especulação do subchefe fazia sentido.

A conversa dos dois foi interrompida pela voz de Vittorio – a ligação de Ivan se encontrava no viva-voz.

- Acabou essa merda. Matamos todo mundo aqui, incluindo o figlio di puttana que vivia no meu pé.

- Não deu pra levá-lo vivo para as salas de interrogatório do Complexo?

- O que você queria que eu fizesse, Aquino, parasse o tiroteio e estendesse as mãos?

O grupo não demorou muito até chegar a Praia do Forte; e logo todos se dispersaram: enquanto Vittorio voltava para casa e tomava um longo banho a fim de discutir o novo atentado contra sua vida, Joab seguiu até a propriedade de Ivan Aquilo, uma mansão de dois andares com um imponente hall de entrada – pé direito alto, colunas gregas, tapete vermelho e uma escada que se dividia em dois lados.

A mansão possuía uma estranha excentricidade: as varandas davam para o fundo da casa, que possuía uma vista espetacular para o mar e a vila de Praia do Forte. Os empregados e soldados da máfia moravam em residências nas laterais, conectadas à mansão principal por corredores no subsolo, que serviam também como rotas de fuga caso o Complexo fosse invadido.

Assim que Joab chegou, Aquino o conduziu até o escritório, curioso sobre o que aconteceu.

- Quando saímos, os homens de Don Santini já haviam indicado que o nosso percurso seria pela Via Metropolitana. Nós não costumamos pagar pedágio, então o caminho era bem mais tranquilo do que se fosse no perímetro urbano de Lauro de Freitas. Também tem outro detalhe: os soldados já eram conscientes de que Don Santini era sempre alvo de algum atentado, eles sempre contavam que as emboscadas ocorreriam numa região menos movimentada e menos populosa.

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