XVII

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Com vocês, o capítulo de hoje. 

Fiz com muito cuidado a primeira parte e espero que realmente tenha ficado bom.

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Mercedes ainda se lembrava, na manhã seguinte, que não dormia em seu quarto – tampouco a janela aberta que aquecia seu rosto era do aposento onde ficava.

Ela se lembrava porque dormiu pouco, as marcas da noite anterior ainda presentes nela, ainda sentidas.

Jamais esqueceria. Como poderia esquecer?

Vittorio a levou, carregando-a no colo, até o quarto, e a depositou na confortável cama, retirando de maneira gentil seus óculos. Gentileza era estranho, não parecia familiar ao capo, mas ele se comportava daquela forma, enquanto Mercedes tomava longas respirações, o corpo a uma temperatura que ela sentia, estava quente – todo o quarto parecia quente, ferver, mas não era o quarto, e sim ela.

- Perfeita... – Vittorio sussurrou em seu ouvido antes de beijá-la mais uma vez, Mercedes não se furtando mais a abraçá-lo, sentir seu corpo perto dela, mas a jovem queria mais.

Aos poucos, sentindo os braços, a camisa na cintura, ousou aproximar-se da barra da roupa e levar alguns dedos para dentro da camisa. Vittorio continuava a beijá-la, e as mãos de Mercedes ficavam em suas costas, reagindo com um aperto mais firme, as unhas tocando as costas, à medida que ele a acariciava com os lábios – beijos em seu queixo, no pescoço, trilhas de beijos até o ombro, descoberto pelo vestido de alças, que ele retirava com a boca.

Ela apenas gemia, o som de sua voz enrouquecida provocava reações rápidas no mafioso. Vittorio queria levar aquela primeira noite lentamente, aos poucos, sentindo cada parte do corpo de Mercedes, mas os arranhões em suas costas, a forma como ela se aninhava, mexendo o corpo dela em sua direção, pedia por mais – mais urgente, mais rápido.

- Você está muito ansiosa, Cedes... – ela riu ao ouvir pela primeira vez seu apelido saindo dos lábios de Vittorio. – Gosta que eu te chame de "Cedes", bella?

- Sim... Eu gosto... – a última palavra saiu como um suspiro, já que o mafioso retirou a outra alça do vestido, expondo os seios livres, os bicos enrijecidos, e ele passou a morder um deles, no começo com leveza, depois intensamente, fazendo a jovem gemer ainda mais alto.

- Você gosta de sentir dor também?

- Eu... – ela engoliu em seco, sentindo o corpo em brasa, o baixo ventre latejando com o efeito das mordidas em seu seio. Não que Mercedes jamais tivesse se tocado, sentido aquelas emoções primitivas do prazer buscado com as próprias mãos; mas aquilo era diferente. Melhor, mais intenso e... Definitivamente muito melhor. – Eu... Faz de novo...

- Con piacere... – e Vittorio beijou, para logo depois morder o bico do outro seio, recebendo gemidos altos em resposta, Mercedes não mais abraçada ao capo e sim as duas mãos agarradas ao lençol, todo o corpo arrepiado ao contato cada vez mais firme, às mordidas em seu seio.

Depois ele chupava, sugava, para o prazer maior de Mercedes, até que Vittorio se afastou, com os joelhos na cama, e retirou a camisa, jogando em algum lugar.

- Quero que me toque, Mercedes...

Ela se ergueu, sentada na cama, sentindo um vento passar à sua frente, em seus seios expostos diante de Vittorio, e levou as duas mãos na direção da voz que comandava as ações. Suas mãos, entre trêmulas e ansiosas, moviam-se pelo peito, tocando as cicatrizes, descendo curiosa pelo peito, até se concentrar nos mamilos.

Mercedes usou os dedos para beliscá-los, devagar, e sentiu a respiração abafada de Vittorio. Em seu rosto, as expressões sempre neutras se materializando em surpresa: os lábios entreabertos eram a prova de que cada toque era o reconhecimento de algo novo, em especial quando ela desceu pelo abdômen até se aproximar da cintura, os dedos curiosos passando pela calça.

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