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         Quando cheguei na mansão, fui procurar por Clary. Ela estava junto com Anne, Kevin e os gêmeos. Decidindo o horário em que voltaríamos para a faculdade.

         _ Esfriou a cabeça? _ ela me perguntou. 

         _ Sim. 

         _ Então... Estávamos dizendo que podemos voltar amanhã. Já que nossas aulas só começam à noite. _ Kevin disse. 

         _ Mas nós não queremos ser inconvenientes e ficar mais tempo que o necessário. _ Anne disse. _ Prefiro voltar hoje.

         _ Eu também. _ disse Clary. _ A família de vocês é maravilhosa. Nos recebeu muito bem. Essa cidade é fantástica. Gostei muito de ser tratada tão bem pelos humanos. Que curioso que eles não foram envolvidos pela névoa da ignorância. Mas é bom não abusar. Visita sempre muda a nossa rotina e quando se prolonga de mais é chato. 

          _ Tudo bem. Vamos voltar hoje. _ Tomás disse. 

          Ele e Cristina se levantaram e foram de mãos dadas para o quarto. 

          _ Interessante que até aqui eles dormem no mesmo quarto. _ Clary disse. _ Na verdade, na mesma cama. 

          _ Isso porque não viu a família toda de conchinha. _ eu disse. _ Cinco pessoas em uma cama de casal. 

          _ Eu acho legal uma família que é carinhosa. Vemos tanta agressão por aí. _ Anne comentou. 

          _ Bom... Já que vamos voltar, deixa eu tomar um banho e arrumar a mochila. _ eu também subi a escada.

          Estava escolhendo as roupas que ia levar, quando minha mãe entrou. E assumiu a tarefa. Sentei-me na cama, enquanto ela arrumava a mochila para mim. Durante todo o tempo em que estive ali, ela não havia me dirigido a palavra e eu pensei que estava chateada comigo. Então, não ia recusar essa aproximação. 

          _ Fiz alguma coisa errada? _ perguntei. 

          _ Não, meu filho! Você esperou tanto completar vinte anos para poder namorar. Está tudo bem.

         _ Mas não gostou da Clary. É por ela ser original? Eu te juro que ela é diferente. Mais tolerante. _ afirmei.

         _ Não, meu filho. Não há nada de errado com ela. Eu só... Você pediu ao seu pai para perguntar ao seu avô qual era o seu laço vermelho. Eu sei que não quer saber quem é. Te garanto que é uma boa garota e estou muito feliz porque ela pode se tornar a minha nora. Mas eu não tenho certeza se as coisas vão dar certo para vocês. _ minha mãe disse. _ Eu não vejo em você nenhum traço de romantismo. É só... Luxúria seca! E as vezes parece que qualquer garota te serve. Ou quem sabe um harém... Se fosse eu... Não te levaria a sério. Porque não passa segurança nenhuma de que realmente tem um interesse e não só uma curiosidade. Está namorando essa garota e não vejo nenhum sinal de que sente qualquer coisa que seja por ela.

           _ Não é qualquer uma que me serve, só me atraio pela Cristina. E eu não ia montar um harém. Recusei isso várias vezes. Eu não sinto nada pela Clary, como ela não sente nada por mim. Somos apenas dois jovens querendo passar um tempo juntos. Quando eu for me relacionar com o meu laço vermelho, estarei apaixonado com certeza. 

          _ Se você só se sente atraído pela Cristina, por que está namorando essa garota? 

          _ A Cristina me rejeitou veementemente várias vezes e ainda acha incômodo o meu interesse, por eu não aceitar a recusa e ficar forçando meus sentimentos nela. Ficou chateada por eu dar um selinho nela no baile. Tanto que me deixou sozinho lá, sabendo o que ia acontecer em seguida. Eu não posso ficar esperando que em algum momento ela olhe para mim, sendo que é óbvio que ela não gosta do que vê. _ eu disse, chateado.

Is It Love? Draco - IncontrolávelOnde histórias criam vida. Descubra agora