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        Os olhares de desprezo e alguns se afastando, não me incomodava. Como Cristina disse... Opinião de gente da rua não importa! Só o que nossa família pensa é relevante.

         _ Então nós somos os promíscuos?

         Yan estava parado na minha frente, de braços cruzados. Ao lado de Cloe.

          _ São. _ eu disse.

          _ Você também, loirinho safado. _ Cloe disse. _ Como conseguiu entrar no vestiário feminino sem ela ver?

          Eles sentaram ao meu lado como sempre. Amigos de verdade. Clary se aproximou. Me olhava com compreensão e não julgamento.

         _ Se está tão curioso assim, venha comigo esse fim de semana. Te mostro tudo o que quer ver. _ ela convidou.

        _ Eita! Falou de nós, mas é igual! _ Cloe disse.

        _ Vampiros são ligados a luxúria. Vamos parar de hipocrisia. Todo vampiro é promíscuo, safado, tarado e sem vergonha. _ admitiu Yan.

           Olhei para Clary, sorrindo.

           _ Então me mostra!

           Ela se inclinou sobre a minha mesa e me deu um selinho. Depois voltou ao seu lugar.

           _ Também quero. _ Cloe disse.

          Ela se inclinou na minha frente e Yan realmente foi na direção dela. Dando um selinho também.

           "Esses originais não tem vergonha na cara. Se envolver com filhotes de ex-escravos."

            _ O rei pediu respeito para todos os vampiros que não tem mistura de raça. Se não estão satisfeitos, reclamem com o rei. _ Clary disse.

           A aula de romeno foi um pouco mais complicada. Notei que Cristina estava mais retraída do que o costume. Tomás a olhava com preocupação. As outras garotas estavam encarando Isabela com repreensão. E os comentários eram os piores. "Do jeito que ele agiu e falou, após a punição... Está acostumado com isso. Vai saber o que rola naquela ilha."... "Aposto que foi ela que o chamou lá. Pensando que ninguém ia descobrir."... "Estão seguindo o exemplo dos pais. Esse clã só rola incesto."... "Ela não é inocente não. Todos naquele clã são promíscuos. Aposto que ela gostou de ser observada por ele."

            Cristina se levantou e fez o que nunca tinha feito antes... Abandonou a aula. Seu irmão foi atrás. Isabela abaixou a cabeça. Enquanto as outras a olhavam culpando pela situação.

             _ Será que podem cuidar da vida de vocês e deixar nosso clã em paz? Não sabia que vampiros são tão fofoqueiros. Eu sou um pervertido mesmo. Espiei mesmo. E ninguém teve culpa além de mim. Ela é inocente sim. Mas vocês com essa língua de trapo, só podem ter um comportamento pior que o meu. A boca fala do que o coração está cheio. Se suas palavras são podres, o coração é pior. 

           A professora entrou na sala, evitando a confusão. Mas eu começava a me sentir mal. Não pensei em como isso iria atingir Cristina. Na verdade, não pensei nos inspetores e punições. Ela era inocente e ficava envergonhada fácil. Eu precisava me desculpar e deixar o foco do ódio em mim. Ela não tinha culpa de nada e não merecia as acusações.

          Quando estávamos nos dirigindo a aula de etiqueta, vi Cristina parada no corredor. Estava encostada na parede. Algumas garotas a cercavam.

           _ Ele mesmo disse que vai fazer isso na ilha da família. Então não se finja de inocente. Você tem que tomar as chibatadas também. Com certeza o convidou para o vestiário. Admita!

Is It Love? Draco - IncontrolávelOnde histórias criam vida. Descubra agora